POLÍTICA
O improvável conselho de José Dirceu ao governo Lula
PUBLICADO
8 meses atrásem
Laryssa Borges
Ex-ministro da Casa Civil e uma das figuras mais influentes do PT, José Dirceu fez chegar recentemente ao presidente Lula o que avalia ser a saída ideal para fidelizar partidos aliados que hoje ocupam postos de primeiro escalão e pressionar ministros para que trabalhem para tirar o governo das cordas.
Com a desaprovação do Executivo em patamares alarmantes – segundo pesquisa Genial/Quaest, a rejeição ao mandatário ultrapassou a casa dos 60% nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e acendeu o alerta em regiões historicamente afáveis ao político, como a Bahia –, Dirceu sugeriu a Lula que imponha aos subordinados a seguinte regra: quem é ou pretende ser ministro na reforma ministerial que se iniciou com a demissão da chefe da pasta da Saúde Nísia Trindade deveria firmar o compromisso de ficar no cargo até o último dia do atual mandato, em 31 de dezembro de 2026.
De acordo com interlocutores de Dirceu, Lula não teceu comentários após a apresentação da ideia, mas sabe que, ainda que não tivesse um arco de alianças tão volátil como o que o fez vencer as eleições de 2022, o conselho é simplesmente inexequível.
Dentro do próprio governo, partidos como o União Brasil, o Republicanos e Progressistas pretendem alçar voos próprios e dificilmente marcharão com Lula em um eventual projeto de reeleição. O primeiro pretende lançar a pré-candidatura do governador de Goiás Ronaldo Caiado à Presidência em abril; o segundo flerta com a possibilidade de convencer o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas a se lançar ao Planalto em 2026; enquanto o terceiro tem discutido internamente a construção de um nome de direita em alternativa a Jair Bolsonaro, declarado inelegível pela Justiça Eleitoral até 2030.
Mesmo no espectro de ministros de partidos historicamente alinhados ao PT, diversos deles pretendem concorrer nas eleições de outubro do ano que vem, incluindo auxiliares da cozinha do Palácio do Planalto, como o chefe da Casa Civil Rui Costa, que deve se apresentar como candidato ao Senado. Também são contabilizados como aqueles que devem voltar a se submeter às urnas Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Juscelino Filho (Comunicações), Márcio França (Micro e Pequenas Empresas), Renan Filho (Transportes) e a própria Gleisi Hoffmann, anunciada na sexta-feira, 28, como nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais.
Ao apresentar a sugestão a Lula, Dirceu tinha em mente que, em um governo em xeque, colocar secretários-executivos para tapar o buraco dos titulares que concorrerão nas eleições enfraqueceria ainda mais a imagem do terceiro mandato e abriria caminho para avaliações de que nem petistas fiéis ao presidente estariam dispostos a ir até o fim com o chefe do Executivo.
Relacionado
Matheus Leitão
Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social)
Digital Completo
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES
Revista em Casa + Digital Completo
Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Relacionado
Felipe Barbosa
Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Digital Completo
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES
Revista em Casa + Digital Completo
Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Relacionado
POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…
PUBLICADO
6 meses atrásem
5 de maio de 2025Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
Economia e Negócios6 dias agoBIFF encerra apresentação em São Paulo com sucesso, intercâmbio cinematográfico entre China e Brasil inaugura novo capítulo
ACRE5 dias agoAtlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre
ACRE2 dias agoPropeg — Universidade Federal do Acre
ACRE21 horas agoCurso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre


Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login