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O marinheiro solo de volta ao mundo Cole Brauer: ‘Nas primeiras duas semanas chorei todos os dias’ | Navegação

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7 meses atrásem
Milli Legrain
UMCom apenas 30 anos ela já conquistou o mundo. Pequena, otimista e franca, Cole Brauer navegou recentemente sozinha e sem escalas ao redor do mundo em apenas 130 dias, documentando de perto sua viagem nas redes sociais. Única mulher a participar do Global Solo Challenge e a participante mais jovem, ela ficou em segundo lugar entre 16, atrás do francês Philippe Delamare.
Depois de muita perseguição, o Guardian a alcançou para uma entrevista exclusiva no Annapolis Sailboat Show, na Costa Leste.
“Infelizmente, o molde de um marinheiro é algo tão rebuscado que (…) a maioria das pessoas nunca começa a velejar”, diz ela.
Mas Cole Brauer queria fazer algo diferente. E ela está confiante de que venceu em mais de uma maneira. O estereótipo do “homem branco, maior, rico, sabe. Quebrar esse molde em pedaços era o objetivo”, diz ela com um sorriso.
Se o meio milhão de seguidores que ela reuniu no Instagram servir de referência, ela certamente teve sucesso. E como Lydia Mullan, sua gerente de mídia, sugere em um artigo de sua autoria, os maiores fãs de Brauer são mulheres de 55 a 65 anos que sem dúvida a admiram por aproveitar uma oportunidade que as gerações anteriores perderam.
Cole Brauer, a rapariga que “não cresceu num iate clube”, teve a sorte de obter apoio financeiro de um patrocinador que é mais um filantropo, apoiando-a o tempo todo e exigindo pouco em troca. Nem mesmo publicidade. Mas nem sempre foi assim. Apesar de seus pais atletas terem lhe dado deliberadamente um nome de gênero neutro ao nascer, Brauer enfrentou discriminação por ser mulher e, com 1,70 metro e apenas 45 quilos, por seu tamanho.
“Você simplesmente não pode ter medo da rejeição”, diz ela. “Fui rejeitado milhares e milhares de vezes. Disseram-me coisas horríveis. E toda vez que eu parava no final de cada teste (…) eu sorria e dizia: ‘Obrigado pelo seu tempo’ e ia embora.”
Felizmente ela encontra resiliência em seu senso de humor: “E então eu simplesmente falava merda sobre eles, o que ainda faço, na verdade”, acrescenta ela rindo.
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Mas Brauer é mais do que uma feminista. Ela está ciente do status de elite da vela e quer levar sua missão um passo adiante, tornando seu amado esporte acessível a todos. E no verdadeiro estilo millennial, ela conseguiu isso postando vídeos diários no Instagram durante sua viagem de quatro meses ou mais, seja lavando roupa, dançando no deck, aparecendo de pijama no dia de Natal ou contendo as lágrimas depois de 20 anos. uma onda de pés no Oceano Antártico a jogou para o outro lado do barco e machucou suas costelas.
“Eu queria mostrar que sim, se você é mulher, sim, se, mesmo sendo homem, se você é jovem, se você é pequeno, se você faz parte dessas minorias demográficas, se você não tem dinheiro, ou se você tem muito dinheiro, mas não sabe o que está fazendo da vida, tudo foi para tentar ser identificável.
Ela consegue isso nas redes sociais e na vida real por não se levar muito a sério e até nos fazer rir. Em um evento organizado pela Sail Magazine na Academia Naval dos EUA, um dia antes de nossa entrevista, ela cortejou seu público formado por entusiastas da vela com piadas autodepreciativas e insights sobre seu relacionamento com sua família. Brauer mencionou como o acesso à internet através do satélite Starlink de Elon Musk deu alguma normalidade à sua vida no barco, já que ela podia se acomodar para assistir Netflix e tomar café todas as manhãs com a mãe pelo FaceTime.
Enquanto subia em um enorme palco com suas Uggs e leggings, a campeã de vela descreve como, no início de sua viagem solo, ligou para a mãe às 4 da manhã: “Nas primeiras duas semanas, chorei todos os dias, histericamente, como um bagunça chorosa de um humano. E finalmente, surpreendentemente, minha mãe, que não queria que eu fizesse isso (…) minha mãe apenas disse: ‘Bem, você sabe, tipo, cresça. Isso é o que você queria fazer.
Brincadeiras à parte, Brauer tem opiniões fortes sobre os patrocinadores corporativos e a pressão que eles exercem sobre os atletas. Ela quer que a vela seja um esporte inclusivo, onde os velejadores competitivos possam vencer sem colocar em risco sua sanidade e saúde física.
Formada em Ciência Alimentar e Nutrição Humana pela Universidade do Havaí, Brauer enfatiza a importância de se alimentar bem, manter-se hidratado e dormir bem durante a corrida, algo que ela sente que muitos de seus colegas do sexo masculino renunciam.
Para poder descansar, seu veleiro de 40 pés fica no piloto automático 100% do tempo e ela usa um controle remoto pendurado no pescoço para quando o barco precisar mudar de direção. Mas os riscos de navegar pelo mundo ainda são extremamente elevados e ela alerta que navegar sozinho significa que não se pode dar ao luxo de cometer erros. “Se algo dá errado, você ouve um estrondo e ou bate em alguma coisa, ou o que quer que seja, você precisa ter energia para reagir (…)” É aí que entra estar saudável e descansado. como planejamento adequado, ela insiste.
Mas embora queira tornar a navegação mais inclusiva, ela atribui muito do seu sucesso ao tipo único de apoio que recebeu. “Não houve absolutamente nenhuma pressão sobre mim para competir. E com essa pequena pressão, me saí muito melhor que meus antecessores”, diz ela.
“Meus patrocinadores não se importaram com o que eu fiz. Eles só se importavam que eu estivesse seguro, que o barco estivesse seguro.”
No minuto em que Brauer pisou em terra firme na Corunha, Espanha, no dia 7 de Março, foi saudada por 30 horas de entrevistas consecutivas à comunicação social. Sete meses depois de completar sua jornada de 30.000 milhas, parece que ela ainda tem pouco tempo para amigos e familiares.
Quanto ao futuro, tal como os atletas de outros desportos, ela está apreensiva com o impacto que os desportos competitivos podem ter na saúde mental. “Não sei se quero fazer do jeito que muitos desses marinheiros franceses fazem. Porque eles odeiam. Eles apenas fazem isso porque os patrocinadores os fazem. Porque eles precisam do dinheiro. Porque eles são, você sabe, atletas profissionais.”
“E eu não faria isso. Prefiro morar na minha van, longe de todo mundo.”
Ainda assim, há rumores de que ela está de olho em outra corrida solo ao redor do mundo como seu próximo desafio: o Vendée Globe. Mas por enquanto ela só quer se concentrar em ser uma “pessoa real”.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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