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O pior acidente de avião de todos os tempos na Coreia do Sul destaca os perigos de colisões com pássaros | Notícias da Aviação

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Taipé, Taiwan – O acidente fatal do voo 2216 da Jeju Air na Coreia do Sul destacou os riscos que as colisões com pássaros representam para os aviões comerciais.

Os pilotos disseram ao controle de tráfego aéreo que sua aeronave colidiu com um bando de pássaros pouco antes de declarar socorro e fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Muan, de acordo com o Ministério dos Transportes da Coreia do Sul.

Imagens do acidente no domingo mostraram o Boeing 787-800 bimotor fazendo um pouso de barriga na pista sem o trem de pouso acionado.

A aeronave então derrapou na pista antes de atingir uma parede de concreto e explodir em chamas, matando 179 das 181 pessoas a bordo.

Geoffrey Thomas, editor-chefe da Airline Ratings com sede na Austrália, disse que a colisão com pássaros provavelmente foi apenas uma causa parcial do acidente mortal.

As evidências apontam para que a aeronave tenha sofrido uma falha elétrica porque parou de transmitir dados de localização – conhecidos como “dados ADS-B” – para o controle de tráfego aéreo logo após declarar socorro, disse Thomas.

“Parece que estes pilotos estavam a lidar com falhas em cascata, cuja natureza exacta desconhecemos. O que sabemos é que os dados do ADS-B pararam, eles não acionaram os flaps para pouso e não acionaram o trem de pouso”, disse Thomas à Al Jazeera.

“Agora, não sabemos por que essas coisas acontecem, mas tudo aconteceu depois que o controle de tráfego aéreo alertou sobre um bando de pássaros”, acrescentou Thomas.

Provavelmente levará meses até que os investigadores determinem a causa exata do acidente, que é o desastre aéreo mais mortal já ocorrido em solo sul-coreano.

As autoridades sul-coreanas estão investigando o acidente junto com o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos, de acordo com os regulamentos globais da aviação, porque a aeronave Boeing envolvida foi fabricada nos EUA.

As colisões com pássaros são um perigo relativamente comum para a aviação comercial, mas raramente resultam em acidentes graves.

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) relatou 19.400 ataques a animais selvagens – incluindo aves – em aeroportos dos EUA só em 2023. As companhias aéreas dos EUA relataram outros 236 ataques em 55 países no mesmo ano, segundo dados da FAA.

Na grande maioria dos casos, o resultado mais grave são pequenos danos à aeronave, com tais incidentes custando à indústria cerca de 1,5 mil milhões de dólares por ano, segundo Thomas.

Thomas disse que os ataques com pássaros se tornaram mais comuns devido ao crescimento das viagens aéreas, com mais de 120 mil voos comerciais diários em todo o mundo, e ao desenvolvimento de aviões mais silenciosos.

Na maioria das vezes, porém, as aeronaves que atacam pássaros não são afetadas, de acordo com dados regulatórios.

Dos quase 1.400 colisões com pássaros no Reino Unido em 2022, menos de 100 causaram danos à aeronave ou interromperam o voo, de acordo com a Autoridade de Aviação Civil.

Embora as colisões com aves raramente causem problemas, têm sido implicadas em vários acidentes graves ao longo dos anos.

Os investigadores que investigavam a queda do voo 302 da Ethiopian Airlines em 2019 descobriram que um objeto – provavelmente um pássaro – ativou um sistema de controle de voo defeituoso que fez com que o nariz do avião se inclinasse para baixo.

Em 2009, o voo 1549 da US Airways pousou no rio Hudson, em Nova York, após colidir com um bando de pássaros logo após a decolagem do aeroporto LaGuardia. O Airbus A320-214 conseguiu fazer um pouso de emergência na água sem mortes.

Em 1995, 24 aviadores canadenses e americanos morreram depois que sua aeronave caiu em uma base da Força Aérea no Alasca, após uma colisão com gansos.

água congelada
Pessoas assistem à notícia da queda mortal do voo 2216 da Jeju Air em 29 de dezembro de 2024 (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Doug Drury, especialista em aviação da CQUniversity da Austrália, disse que uma colisão com pássaros por si só não deveria ter levado a um acidente fatal.

Os pilotos foram avisados ​​pelo controle de tráfego aéreo de que havia pássaros na área, disse Drury, enquanto um avião Boeing 737 deveria ser capaz de fazer um pouso de emergência mesmo depois de perder potência no motor.

“Há mais perguntas do que respostas, infelizmente”, disse Drury à Al Jazeera.

Ele questionou por que os pilotos não conseguiram desacelerar a aeronave durante o pouso, por que supostamente pousaram na direção oposta da pista e por que pousaram além da posição normal da “zona de pouso”.

“Os pilotos são treinados para desacelerar a aeronave até um pouco acima da velocidade de estol para minimizar a distância percorrida no solo. Por que a pista não foi revestida com material retardador de chamas?” Drury disse.

O Aeroporto Internacional de Muan também deveria ter precauções de segurança para assustar bandos de pássaros, como alto-falantes que imitam os sons de espingardas, disse ele, que são comumente usados ​​em aeroportos de todo o mundo.

O jornal Chosun Daily da Coreia do Sul informou que as avaliações de impacto ambiental no aeroporto recomendaram a implantação de canhões sonoros, lasers e luzes de alerta, mas a implementação de tais medidas foi adiada devido aos trabalhos de extensão da pista.

A Coreia do Sul iniciou na segunda-feira sete dias de luto nacional, com bandeiras hasteadas a meio mastro e o presidente em exercício Choi Sang-mok viajando até o local do acidente para prestar suas homenagens.

As autoridades disseram que identificaram provisoriamente os restos mortais de 141 vítimas até agora.

Enquanto os investigadores trabalhavam para determinar a causa do desastre, as autoridades disseram que estavam a considerar realizar uma inspecção especial a todos os Boeing 737-800 em operação no país.

Choi, que assumiu as suas funções há apenas três dias após os impeachments do presidente e do primeiro-ministro, disse que também instruiu as autoridades a realizarem uma inspeção abrangente de todo o setor da aviação do país.

“Assim que a recuperação do acidente for realizada, o Ministério dos Transportes é solicitado a realizar uma inspeção de segurança de emergência de todo o sistema operacional da aeronave para evitar a recorrência de acidentes aéreos”, disse Choi.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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