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O preço certo, uma obsessão vitalícia dos economistas

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A homenagem foi unânime, realizada em as colunas de Mundo da plataforma de grandes economistas franceses, incluindo o ganhador do Prêmio Nobel de 2014, Jean Tirole. Marcel Boiteux, falecido em setembro de 2023 aos 101 anos, deixou a sua marca na indústria francesa como diretor-geral e presidente da EDF, grupo dentro do qual criou o programa nuclear francês.
Este economista de renome mundial também deixou um extenso trabalho académico que mudou a gestão da indústria eléctrica e, de forma mais geral, de todas as indústrias de rede. Sua contribuição para as regras de precificação da energia elétrica, e dos serviços públicos em geral, levará a fórmulas chamadas “preços Ramsey-Boiteux”, ainda ensinadas nos cursos de economia. O seu trabalho permitirá a este discípulo de Maurice Allais (Prémio Nobel de 1988) suceder a John Maynard Keynes, Joseph Schumpeter, Irving Fisher, Wassily Leontief, Paul Samuelson e Kenneth Arrow como presidente da prestigiada Sociedade Econométrica.
A questão da fixação de preços face a uma situação de “mercado imperfeito”, para alcançar um “equilíbrio impossível”, é um dos temas preferidos dos investigadores económicos desde as origens da disciplina, com as reflexões de Adam Smith sobre o assunto a partir de dia 18e século. Gerações de economistas, especialmente franceses, trabalharam nesta questão: Maurice Allais, Roger Guesnerie, Bernard Cornet, Jean Tirole, Olivier Blanchard… “Na década de 1990, face ao grande movimento de libertação nas economias industrializadas, esta investigação tomou toda a sua medidaexplica Claude Crampes, professor emérito da Escola de Economia de Toulouse. É então necessário reorganizar os mercados das telecomunicações, dos transportes, das infra-estruturas e, claro, da energia, e definir novos preços. »
Desconfiança do cliente
O trabalho de Marcel Boiteux será decisivo: lança as bases do que deve ser um sistema eficiente para um serviço público baseado num recurso cujo armazenamento é impossível. Os defensores de uma autoridade central de tomada de decisões opor-se-ão aos defensores da lei do mercado, liberais que consideram que a oferta e a procura podem unir-se.
Esta questão do preço certo oferecerá outro fantástico campo de jogos para economistas e sociólogos. Há décadas que os investigadores tentam atenuar o sentimento de injustiça na fixação dos preços, de desconfiança dos clientes em relação a quem define os rótulos. A teoria de George Homans em torno da escolha racional e a de Kent Monroe sobre a percepção de preços lembram-nos a dificuldade do exercício. Em 2008, um inquérito do Centro de Estudos e Observação das Condições de Vida revelou que menos de 5% dos inquiridos declararam que o preço justo é o preço geralmente observado. Este distinguiu, já na altura, a precificação dinâmica como uma das causas da perda de rumo do consumidor e preocupou-se com a sua generalização.
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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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24 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.
“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”
Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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24 de setembro de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.
Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.
“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.
Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
CT
Tomaz Silva / Agência Brasil
Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.
Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.
Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.
De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.
Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.
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