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O que a morte de Sinwar significa para o Hamas, Gaza, Líbano? – DW – 18/10/2024

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8 meses atrásem
Nas palavras do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na quarta-feira assassinato do chefe político do Hamas, Yahya Sinwar significa que “o Hamas não governará mais Gaza.”
Na sua opinião, a morte de Sinwar, confirmada na quinta-feira, marca o início do “dia seguinte ao Hamas”.
Os observadores, no entanto, vêem um futuro diferente para a milícia Hamas, apoiada pelo Irão, que é categorizada como organização terrorista pelos EUA, pela UE e por numerosos países.
“A morte de Sinwar é certamente um golpe para o Hamas, dado o importante papel que desempenhou dentro da organização”, disse à DW Neil Quilliam, membro associado do Programa para o Médio Oriente e Norte de África do think tank Chatham House, com sede em Londres.
No entanto, Quilliam sublinha que, no passado, a política de decapitação pouco fez para minar a vontade e a capacidade do Hamas de combater Israel, como quando Sinwar, de 62 anos, assumiu o poder depois de o assassinato do anterior líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã em julho deste ano.
“O Hamas irá recuperar recorrendo a uma nova geração de líderes, redesenvolvendo a sua capacidade militar e tecnológica e apelando aos jovens palestinianos em Gaza e na Cisjordânia que foram brutalizados pelo conflito com Israel”, disse Quilliam.
Esta opinião é partilhada por Peter Lintl, investigador do Instituto Alemão para Assuntos Internacionais e de Segurança (SWP). “O Hamas está certamente enfraquecido, mas a morte de Sinwar não é um golpe mortal para a milícia”, disse ele à DW.
‘Oportunidade perdida’
Enquanto isso, alemães, franceses e Autoridades dos EUA expressaram esperança de que a morte de Sinwar possa representar uma oportunidade para chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza.
A remoção de Sinwar do campo de batalha “apresenta uma oportunidade para encontrar um caminho a seguir que leve os reféns para casa, ponha fim à guerra e nos leve a um dia seguinte“, disse o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, na quinta-feira.
Mas na sexta-feira, apenas um dia depois de confirmar a morte de Sinwar, o Hamas prometeu manter os reféns até ao fim da guerra em Gaza.
Nos últimos 13 meses de guerra em Gaza, que foi desencadeada por um ataque mortal do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023cerca de 42 mil pessoas foram mortas, de acordo com as autoridades de saúde dirigidas pelo Hamas.
E dos cerca de 250 reféns que foram levados para Gaza por combatentes do Hamas em 7 de Outubro, acredita-se que cerca de 100 ainda estejam em cativeiro.
Ainda assim, Mohammed al-Qawas, do think tank dos Emirados Emirates Policy Center (EPC), considera a morte de Sinwar como o potencial início de “um novo capítulo” da guerra em Gaza.
“Uma vez transferida a responsabilidade pelas negociações de trégua para os líderes do Hamas no estrangeiro, estas negociações estarão sujeitas a cálculos externos também, porque todos estes líderes no estrangeiro são influenciados pelas capitais onde estão localizados, e é talvez através destas capitais que o Hamas podemos fazer concessões e iniciar uma nova política”, disse à DW.
A liderança política do Hamas está baseada no Qatar, mas a linha dura baseada em Gaza Sinwar tinha sido a pessoa de referência para as negociações de cessar-fogo lideradas pelos EUA, Catar e Egito com Israel desde o assassinato de Haniyeh.
Yahya Sinwar: linha dura que empurrou o Hamas para mais violência
Lintl, do SWP, disse à DW que, apesar da morte de Sinwar, ele vê poucos motivos para esperar que Israel esteja disposto a fazê-lo agora. acabar com a guerra.
Apesar de saudar a morte de Sinwar como o fim do Hamas na quinta-feira, o primeiro-ministro israelense Netanyahu também deixou claro que a guerra não terminaria antes que os líderes restantes do Hamas – como Mohammed Sinwar, irmão de Yahya Sinwar e seu sucessor como chefe militar do Hamas – fossem eliminados e todos reféns ainda detidos pelo Hamas em Gaza regressaram.
Para James M. Dorsey, especialista na região e membro sénior da Escola de Estudos Internacionais S. Rajaratnam e do Instituto do Médio Oriente em Singapura, esta abordagem representa uma oportunidade perdida.
“Em vez de capitalizar o sucesso táctico de Israel para declarar vitória em Gaza, pressionar por um cessar-fogo que também poderia pôr fim às hostilidades no Líbano e negociar uma troca de prisioneiros que garantiria a libertação dos 101 reféns restantes detidos pelo Hamas”, disse o Primeiro-Ministro Benyamin. Netanyahu insistiu que a guerra continuaria até que os militares israelenses libertassem os cativos”, disse ele. escreveu em sua última postagem em seu blog político, “The Turbulent World”.
Além de Gaza – a retaliação do Hezbollah
Além de Gaza, Israel também escalado o seu conflito com o Hezbollah no Líbano, após um ano de escaramuças limitadas.
O grupo apoiado pelo Irão – que os EUA e a Alemanha designaram como uma organização totalmente terrorista, e cujo braço armado a União Europeia rotula como tal – afirma agir em apoio ao Hamas.
Em Setembro, Israel assassinou o seu líder, Hassan Nasrallah.
Os observadores salientam que tais assassinatos não ajudaram a pôr fim às hostilidades.
Quando a morte de Sinwar foi tornada pública na quinta-feira, o Hezbollah anunciou uma “nova e crescente fase” na sua guerra com Israel, alegando que tinha usado pela primeira vez mísseis guiados de precisão para atingir Israel numa tentativa de “escalar dia após dia”. dia.”
Netanyahu: A morte de Sinwar marca o início do fim da guerra
Mohamed Farhan da DW contribuiu para este artigo.
Editado por: Jon Shelton
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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