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POLÍTICA

O que Gustavo Petro tem a ensinar a Lula

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Matheus Leitão

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, de esquerda como o presidente Lula, decidiu não ir, nem mandar representantes à nova posse de Nicolás Maduro, nesta sexta, 10. E explicou que o motivo, entre outras coisas, é porque Maduro ordenou a prisão de um ex-candidato à presidência Enrique Marquez e de um defensor dos direitos humanos, Carlos Correa.

“Este e outros fatos impedem a minha presença na posse de Nicolás Maduro”, afirmou Petro, antes de pedir a liberdade de “todas as pessoas detidas por motivações políticas”.

Os governos da Colômbia e da Espanha não enviarão representantes. O Brasil, por sua vez, está estudando uma solução no meio do caminho. O presidente Lula não vai, mas está pensando em enviar a embaixadora Gilvânia Oliveira para a posse.

Será um erro se fizer isso. O Brasil não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro. Está claro a essa altura que houve fraude e que muito provavelmente quem teve o maior volume de votos foi o candidato de oposição Edmundo González Urrutia, que teve que se exilar para fugir da prisão.

O Brasil pediu as atas das urnas e nunca as recebeu. Foi o país garantidor do Acordo de Barbados, no qual Maduro e a oposição se comprometeram com transparência e supervisão internacional das eleições, acordo negociado pela Noruega. No dia 21 de outubro de 2023 o Itamaraty soltou nota congratulando o governo e a oposição pelo acordo que garantiria o processo eleitoral de 2024.

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Maduro não cumpriu o acordo, nenhuma parte dele. O Brasil não reconheceu sua vitória. Portanto, não pode e não deve mandar nenhum representante para a posse. Se a “eleição” foi farsa, a posse também é. Se Maduro ignorou todos os pedidos do Brasil, o Brasil só pode ignorar esse novo “mandato”.

E tem mais: o presidente Lula, nesta quarta-feira, 8, defendeu todos os compromissos com a democracia na lembrança do 8 de janeiro. Não pode, dois dias depois, enviar representante do governo brasileiro à posse de Maduro. O único caminho é o boicote. Como está fazendo Gustavo Petro.



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POLÍTICA

CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

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CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go...

Marcela Rahal

Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.

Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.

Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.

O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.



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POLÍTICA

Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

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Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg...

Ludmilla de Lima

Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.

Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano. 

A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.

A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.



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POLÍTICA

Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

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Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu...

Matheus Leitão

A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.

Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.

Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.

“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.

A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.

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“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana. 

A seguir as cenas dos próximos capítulos…



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