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O que vem a seguir após a prisão de Yoon? – DW – 15/01/2025

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Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol foi preso em sua residência oficial em Seul na manhã de quarta-feira e estava sendo interrogado à tarde em conexão com acusações de ter fomentado uma insurreição quando declarou brevemente a lei marcial em 3 de dezembro.

Mais de 3.000 policiais e membros do Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Nível (CIO) tiveram acesso à residência oficial de Yoon, onde o presidente está escondido há semanas atrás de arame farpado e barricadas, protegido por uma equipe de segurança.

A operação foi a segunda tentativa do CIO de deter Yoon, cuja equipa jurídica emitiu uma declaração do presidente anunciando que ele se entregaria às autoridades “para evitar o lamentável derramamento de sangue”.

Yoon rejeitou as acusações contra ele e afirmou, após ser detido, que “o estado de direito entrou em colapso total”.

Analistas políticos dizem que a turbulência que abalou a política sul-coreana durante mais de cinco semanas certamente ainda não acabou.

Agentes uniformizados vistos de cima em uma estrada
Um grupo de investigadores do CIO entrando no complexo presidencial em Seul Imagem: Chris Jung/NurPhoto/aliança de imagens

A atual turbulência política na Coreia do Sul

“Temos andado nesta montanha-russa todos os dias desde 3 de dezembro e, embora a maioria dos coreanos vivam as suas vidas como se nada estivesse a acontecer, eles sentem que ambos os lados da disputa política são tão maus quanto um ao outro”, disse Kim Sang- woo, um ex-político do Congresso Sul-Coreano para Novas Políticas, de tendência esquerdista.

O Tribunal Constitucional do país está actualmente a debater-se com a questão de saber se Yoon pode sofrer impeachment pelas suas acções, uma afirmação que o presidente refutou veementemente e prometeu lutar em tribunal. O tribunal convocou sua primeira audiência sobre o caso na terça-feira, mas Yoon não compareceu.

Ele também enfrenta acusações de promulgar conflitos civis ao declarar a lei marcial, uma acusação que o Partido Democrata, da oposição, exige que os procuradores apliquem vigorosamente.

Yoon Suk Yeol fotografado atrás de carros
Yoon é visto entrando no complexo do CIO em SeulImagem: AFP/Getty Images

“Há muita confusão em torno de todo o processo”, disse Kim à DW. “Os advogados de Yoon insistem que o CIO não tem autoridade legal para investigar o presidente, o que é um legado do Partido Democrata que reescreveu as leis quando esteve no poder pela última vez para transferir a responsabilidade pelas investigações para a polícia, mas deixando brechas”.

Yoon ainda poderia liderar a Coreia do Sul?

Kim antecipa que se o Tribunal Constitucional decidir que Yoon não pode sofrer impeachment, ele será livre para retomar o seu papel como presidente – embora isso fosse altamente impopular junto de um público que as sondagens de opinião indicam ser mais de 60% a favor do impeachment.

Contudo, se o tribunal decidir que o impeachment é apropriado, ele terá de renunciar e haverá eleições gerais dentro de dois meses.

E embora o Partido Democrata, da oposição, esteja ansioso para que o país vá às urnas, porque está convencido de que vencerá, Kim não tem tanta certeza.

Ele salienta que o líder do Partido Democrata, Lee Jae-myung, tem apenas uma taxa de apoio público de cerca de 32%, um legado de quatro processos judiciais contra ele, bem como um caso de corrupção que perdeu e está atualmente apelando.

A taxa de apoio de Yoon é surpreendentemente elevada, oscilando em torno da marca dos 30%, apesar dos seus problemas políticos e jurídicos, o que significa que um terço do eleitorado está indeciso.

Apoiadores de Yoon Suk Yeol seguram bandeiras em comício em Seul
Milhares de apoiadores de Yoon se reuniram em Seul na quarta-feira Imagem: Daniel Ceng/Andalou/aliança fotográfica

Se Yoon for substituído por um conservador carismático “que seja objetivo e abrace ideias para o futuro da nação, então vencer uma eleição pode não ser tão fácil como Lee e o Partido Democrata supõem”, disse Kim.

Mason Richey, professor de política e relações internacionais na Universidade Hankuk de Estudos Estrangeiros, em Seul, disse que “a perspectiva de um leigo pode ser que Yoon está tentando vencer sua batalha legal por meios políticos” e com uma estratégia que se parece muito com Donald Trump nos EUA.

“Ele está tentando deslegitimar o processo em vez de travar batalhas legais, embora pareça que as evidências contra ele sejam fortes e eu não acho que isso funcionará”, disse ele à DW.

Sul-coreanos querem que o drama acabe

Richey acrescentou que há um amplo desdém entre Sul-coreanos para sua classe política.

“Eu diria que o coreano médio gostaria de poder amarrar Yoon e Lee a um foguete e atirar os dois para o sol”, disse Richey. “Eles só querem que seus líderes façam um trabalho de governo muito melhor e sejam mais honestos.”

“As pessoas estão aliviadas por não ter havido confrontos violentos entre a unidade de protecção presidencial e o CIO, pela reputação internacional da nação, mas também porque isto nos leva um passo mais perto de todo o drama chegar ao fim”, disse ele.

As pessoas querem seguir em frente rumo ao futuro, em vez de ficarmos envolvidos em ainda mais incerteza política.”

Presidente sul-coreano acusado de impeachment é preso

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Editado por: Wesley Rahn



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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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