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o Senado se recusa a aumentar os cortes de gastos e esgota as dotações do SNU

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A Ministra do Esporte, da Juventude e da Vida Comunitária, Marie Barsacq, em Paris, em 24 de dezembro de 2024.

Não. Os senadores rejeitaram, quinta-feira, 16 de janeiro, uma alteração que tinha sido sub-repticiamente apresentada poucas horas antes pelo governo para aumentar os cortes nas despesas que o Estado pretende dedicar à missão desportiva, juvenil e de vida comunitária em 2025.

“É um golpe muito grande”declarou Laurent Lafon, presidente (União Centrista) da Comissão de Cultura, Educação, Comunicação e Desporto, resumindo a opinião quase geral dos senadores.

Esta perspectiva de cortes adicionais, no total de 123,5 milhões de euros, incluindo 34,3 milhões no orçamento destinado ao desporto, desencadeou, em poucas horas, reacções de incompreensão muito fortes em todo o mundo.

Este último já estava marcado pela perspetiva, no final de um ano de 2024 marcado pelo sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos (JOP), de uma queda acentuada das dotações públicas no projeto de orçamento inicial: −273 milhões de euros, incluindo − 85 milhões devido ao fim das medidas excepcionais ligadas aos Jogos.

Novo editorial na tarde desta quinta-feira

Onde, no outono, o governo de Michel Barnier tinha planeado a adoção de uma alteração a fim de realizar poupanças adicionais de 55,5 milhões de euros no orçamento do Ministério do Desporto, da Juventude e da Vida Comunitária, o governo de François Bayrou redigiu, em na tarde desta quinta-feira, uma nova alteração, que eleva estas anulações de créditos para 123,5 milhões de euros.

O executivo justifica estes cortes adicionais pelo seu desejo de reduzir o défice público este ano, para “atingir a meta de 5,4% do PIB”, em comparação com 6,1% esperados em 2024.

Para o Ministério dos Desportos, Juventude e Vida Comunitária, as poupanças adicionais previstas pelo governo do Sr. Barnier deveriam relacionar-se principalmente com o aspecto da juventude e da vida comunitária, nomeadamente nos créditos atribuídos ao serviço nacional universal (no valor de 49 milhões de euros).

Na versão do governo do Sr. Bayrou, os cancelamentos de créditos estarão ainda mais fortemente relacionados com esta mesma missão juvenil e de vida comunitária: − 89,2 milhões de euros, tanto em autorizações de pagamento como em créditos de pagamento.

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Mas a missão desportiva também já não é poupada: onde havia apenas 0,47 milhões de euros em cancelamentos de créditos, estão agora previstos 34,3 milhões de euros, tanto em autorizações para pagamento apenas em créditos de pagamento.

“Não podemos sacrificar o desporto”, assegurou o ministro

A emenda do governo não detalha o que os cortes cobrirão. A ministra do Desporto, Juventude e Vida Comunitária, Marie Barsacq, também não o fez perante os senadores, apesar dos seus pedidos.

No que diz respeito ao desporto, estas medidas são, de qualquer forma, contrárias às declarações do Ministro. Este último de fato exibiu, nos últimos dias, sua convicção de que“não podemos sacrificar o desporto” após os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Paris 2024.

Os senadores não deixaram de notar a «dissonância»para usar o termo usado por Adel Zian (Partido Socialista). “Temos a sensação de que estamos virando a página e passando para outra coisa”, lamentou a ecologista Mathilde Ollivier. Michel Savin (Les Républicains) acrescentando que “as perspectivas são críticas para os envolvidos no esporte francês”, em particular as autoridades locais, que são os principais apoiantes da actividade desportiva.

“Urgente corrigir a situação”, segundo CNOSF

“Se Paris 2024 permanecesse um parêntese encantado, este é o caminho a seguir”reagiu, a propósito dos cortes adicionais previstos pelo governo, o Comité Olímpico e Desporto Nacional Francês (CNOSF), num comunicado de imprensa publicado quinta-feira ao final do dia.

“Se queremos que este património se torne um pilar da nossa sociedade, e a nomeação de Marie Barsacq é um grande sinal nesta área, é urgente corrigir a situação”adicionou a instância, observando que“com este orçamento desportivo para 2025, não haverá clubes adicionais, nem equipamentos acessíveis, nem reforço dos supervisores desportivos. Não seremos capazes de manter o impulso gerado por Paris 2024”..

“O movimento esportivo se levantará contra esse desprezo pelo esporte depois dos Jogos”também reagiu Philippe Bana, presidente da Federação Francesa de Handebol, quando a Federação Francesa de Futebol declarou que “o esporte deve ser ajudado e seus créditos apoiados” por causa de “o seu papel educativo e social essencial no combate às tensões vividas pela nossa sociedade”.

A Union Sport & Cycle também manifestou “sua incompreensão e sua rejeição a tal medida”. A organização profissional do sector desportivo e de lazer denunciou uma “inconsistência política”considerando que no dia seguinte aos Jogos o governo “envia uma mensagem desastrosa a milhões de atletas franceses”.

Inscreva-se para impostos sobre apostas esportivas

Os senadores buscaram conter a queda de recursos votando uma emenda transferindo para os programas do «esporte missionário» 80 milhões das dotações previstas para o serviço nacional universal (SNU). “Não é apropriado sem mais perspectiva sacrificar o SNU em benefício do desporto”implorou Mmeu Barascq. Sem sucesso.

Em vez de retirar financiamento do SNU, a ministra defendeu que é a favor de um excedente de financiamento de 113 milhões de euros provenientes dos impostos que incidem sobre as apostas desportivas.

É também por isso que os senadores estão a fazer campanha: adoptaram, no final de Novembro, como parte da análise da secção de receitas do projecto de lei das finanças, uma alteração que traz de 100,4 milhões para 213,8 ​​milhões de euros os recursos resultantes desta tributação aplicados às apostas desportivas online que são atribuídos à Agência Nacional do Desporto, “braço armado” do Estado em matéria de política pública desportiva.

A votação foi contra o conselho do governo anterior. Mmeu Barsacq, por sua vez, garantiu que seu “assunto prioritário é apoiar” esta alteração. Mas, na noite de quinta-feira, não era este o local para adoptar tal disposição, uma vez que se enquadra no lado das receitas do orçamento. “Isso deve repercutir na vaivém parlamentar”disse M.meu Barsacq, ou seja, durante os ajustes do projeto de orçamento que serão feitos em comissão mista, entre deputados e senadores.

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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