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Oito vão a julgamento por decapitação do professor Samuel Paty em Paris | França

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8 meses atrásem
Angelique Chrisafis in Paris
Oito pessoas foram a julgamento em Paris pelo seu suposto papel nos acontecimentos que levaram à decapitação do professor de história Samuel Patty em 2020, um caso que horrorizou a França e aumentou os receios de ataques terroristas às escolas.
Paty, 47 anos, foi esfaqueado e depois decapitado perto da sua escola secundária, no subúrbio parisiense de Conflans-Sainte-Honorine, por Abdoullakh Anzorov, um jovem radicalizado de 18 anos que chegou a França aos seis anos de idade com os seus pais chechenos e obteve asilo.
Anzorov, que foi morto a tiros no local pela polícia, matou Paty depois de se espalharem nas redes sociais mensagens de que o professor tinha mostrado à sua turma caricaturas do profeta Maomé, da revista satírica Charlie Hebdo.
Sete homens e uma mulher compareceram ao tribunal criminal especial de Paris na segunda-feira. Entre eles estavam amigos de Anzorov, acusados de ajudar na compra de armas para o ataque, bem como pessoas acusadas de espalhar informações falsas online sobre o professor e sua turma, contribuindo para um clima de ódio antes do ataque.
Brahim Chnina, um marroquino de 52 anos que trabalhava no transporte para pessoas com deficiência, compareceu ao tribunal depois de passar quatro anos em prisão preventiva. Ele é pai de uma estudante da turma de Paty que tinha 13 anos na época do ataque e é central no caso. Ela alegou que Paty pediu aos estudantes muçulmanos que se identificassem e saíssem da sala de aula antes de mostrar caricaturas do profeta Maomé. A alegação era falsa e mais tarde ela disse aos investigadores que não estava na sala de aula naquele dia.
A filha de Chnina foi no ano passado condenado por fazer falsas alegações e condenado a 18 meses de prisão suspensa num julgamento realizado à porta fechada no tribunal de menores, sem a presença da comunicação social.
Chnina e outro réu, Abdelhakim Sefrioui, são acusados de lançar uma campanha online contra Paty. Segundo a acusação, os dois homens difundiram as mentiras da filha nas redes sociais com o objetivo de “designar um alvo”, “provocar sentimento de ódio” e “preparar assim vários crimes”. Eles estão sendo julgados por participação em ato terrorista criminoso, crime punível com 30 anos de prisão.
Paty é agora considerado um herói da liberdade de expressão pelas autoridades francesas e a sua escola está a ser renomeada em sua homenagem. Ele fez referências à revista Charlie Hebdo e às caricaturas do profeta como parte de uma aula de ética para discutir as leis de liberdade de expressão na França, que incluiu um debate em classe. Paty disse antecipadamente aos alunos que eles não eram obrigados a ver os desenhos se não quisessem.
Semanas antes da aula, o Charlie Hebdo republicou os cartoons, tendo-os publicado pela primeira vez em 2012. Em 2015, pistoleiros radicalizados invadiu seu escritório em Paris, matando 11 pessoas lá dentro e um policial do lado de fora, em ataques terroristas coordenados que também resultaram na morte de um segundo policial e no assassinato de quatro reféns em um supermercado kosher.
Dois jovens amigos de Anzorov compareceram em tribunal sob a acusação de “cumplicidade em homicídio terrorista”, crime punível com prisão perpétua. Naim Boudaoud, 22, e Azim Epsirkhanov, 23, um russo de origem chechena, são acusados de terem acompanhado Anzorov a uma loja de facas na cidade de Rouen, no norte, um dia antes do ataque. Seus advogados negaram qualquer “cumplicidade” no crime.
após a promoção do boletim informativo
Outros cinco adolescentes, com idades entre 14 e 15 anos na época, foram considerados culpados de conspiração criminosa com intenção de causar violência em um julgamento no tribunal de menores no ano passado.
Eles foram considerados culpados de terem ajudado a apontar Paty para Anzorov quando ele perguntou quem era o professor. Eles disseram que nunca pensaram que isso levaria ao seu assassinato. Quatro receberam penas suspensas.
O julgamento, ouvido por um colectivo de juízes, decorre até 20 de Dezembro.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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