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Oposição exige eleições já na Alemanha – 07/11/2024 – Mundo

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José Henrique Mariante

Um dia depois de demitir o ministro das Finanças e implodir a coalizão que sustentava seu governo, Olaf Scholz passou a ser pressionado pela oposição a acelerar a convocação de novas eleições na Alemanha. O chanceler não é obrigado a fazer isso, e o impasse promete acirrar ainda mais a crise política na maior economia da Europa.

Na noite de quarta-feira (6), após uma série de reuniões infrutíferas, Scholz anunciou a dispensa de Christian Lindner, maior patente do FDP, o partido liberal que compunha o semáforo —apelido da coalizão, que ainda tinha os Verdes e os sociais-democratas do SPD, a sigla do primeiro-ministro.

A ruptura se desenhava há dias, desde que Lindner e o ministro da Economia e vice-chanceler, Robert Habeck, entraram em rota de colisão pela condução econômica do país. Os dois lançaram planos unilaterais de recuperação, absolutamente antagônicos.

Em discurso, Scholz fez duras críticas a Lindner, surpreendeu com uma referência explícita à eleição de Donald Trump nos EUA e afirmou que se submeteria a um voto de confiança do Parlamento em janeiro. Derrotado nessa votação, o que é provável, o chanceler abriria caminho para antecipar as eleições de setembro para março de 2025.

Pouco antes de se encontrar com Scholz, nesta quinta-feira (7), o líder da oposição, Friedrich Merz, da CDU, afirmou a jornalistas que o cronograma proposto não fazia sentido e que o voto de confiança deveria ser submetido ao Parlamento em no máximo duas semanas. “Não há motivos para adiarmos isso. O governo acabou”, declarou o conservador.

De acordo com a imprensa alemã, o encontro, como esperado, não produziu resultados,

Scholz alega que o país precisa debater e aprovar primeiro projetos importantes, como o Orçamento de 2025, medidas de fortalecimento para a economia, que patina há dois anos e agora terá as prometidas tarifas de Trump pela frente, assim como o pacote de suporte à Ucrânia.

Merz e a CDU aparecem à frente nas pesquisas de intenção de voto, o que confere à sua exigência um certo aspecto eleitoreiro. A legislação alemã, porém, deixa o rito nas mãos do chanceler, justamente para desestimular investidas oportunistas de tomada de poder, uma herança dos tempos de guerra. Seria necessário que a oposição agregasse uma maioria em favor de um candidato a primeiro-ministro, algo que parece improvável no Parlamento atual.

Agora ou em janeiro, após o voto de confiança, cabe ao presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, convocar as novas eleições, medida protocolar, mas que ele toma a partir de sua percepção de governabilidade do país. “O fim de uma coligação não é o fim do mundo”, disse o mandatário, em apoio a Scholz. “É hora de razão e responsabilidade.”

A AfD, a ascendente sigla de extrema direita da Alemanha, também pediu a aceleração do processo. Seu desempenho nas pesquisas é superior ao dos partidos da coalizão. Confia também no propalado efeito que o sucesso de Trump nos EUA possa ter sobre o humor dos eleitores alemães, ávidos por mudanças.

A maior economia da Europa, estagnada há dois anos e com infraestrutura defasada, enfrenta uma guerra tarifária com a China e deve ser uma das mais penalizadas pela segunda administração Trump, que promete sobretaxar produtos, principalmente carros, produto de exportação por excelência da Alemanha.

A intransigência de Lindner, que provocou os integrantes da coalizão no fim de semana com uma proposta de choque neoliberal, com corte de gastos e fim de subsídios, foi entendida como temerária por alguns analistas políticos. Das três siglas, o FDP tem a situação mais frágil do ponto de vista eleitoral.

Um dos ministros da cota do partido no governo inclusive pediu para continuar no gabinete e anunciou sua saída da legenda. Além de continuar na pasta de Transportes, Volker Wissing vai acumular a Justiça, que também estava com o SPD.



Leia Mais: Folha

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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.

A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.


Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”

A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”

Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”


Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.



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Enanpoll — Universidade Federal do Acre

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publicado:
26/09/2025 14h57,


última modificação:
26/09/2025 14h58

1 a 3 de outubro de 2025



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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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