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Orbán a caminho da Geórgia depois de saudar o partido no poder pela “vitória esmagadora” | Geórgia

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Jennifer Rankin in Brussels

Viktor Orbán dirige-se à Geórgia depois de felicitar o partido governante Georgian Dream pela sua “vitória esmagadora” nas eleições parlamentares, apesar das preocupações generalizadas sobre a intimidação e coerção dos eleitores.

O primeiro-ministro da Hungria liderará uma delegação dos seus ministros seniores para se encontrar com o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, numa visita de dois dias que deverá irritar outros líderes da UE numa altura em que a Hungria detém o poder presidência rotativa da UE.

Orbán “não representa a União Europeia” na sua visita, disse o principal diplomata do bloco, Josep Borrell, à rádio pública espanhola na segunda-feira. “O presidente rotativo do sindicato não tem autoridade em política externa”, acrescentou.

Num comunicado divulgado no domingo, assinado em conjunto com a Comissão Europeia, Borrell sinalizou preocupações sobre a alegada pressão e intimidação dos eleitores durante Eleições de sábado. “Apelamos à Comissão Eleitoral Central da Geórgia e a outras autoridades relevantes para que cumpram o seu dever de investigar e julgar de forma rápida, transparente e independente as irregularidades eleitorais e as suas alegações.”

O líder húngaro chega a Tbilisi enquanto a oposição convoca protestos sobre os resultados eleitorais que desferiram um golpe nas esperanças de adesão da Geórgia à UE. A presidente pró-UE da Geórgia, Salome Zourabichvili, disse que não reconhece os resultados e que o seu país foi vítima de uma “operação especial russa”.

O primeiro-ministro húngaro felicitou Kobakhidze e o partido Georgian Dream pela “sua vitória esmagadora” no sábado, antes mesmo de os resultados eleitorais terem sido publicados.

Uma equipa do Parlamento Europeu enviada para observar as eleições disse ter encontrado um caso de enchimento de urnas, bem como “agressão física a observadores que tentavam reportar violações, remoção de observadores e meios de comunicação das assembleias de voto, rasgamento de queixas de observadores, intimidação de eleitores dentro e fora das assembleias de voto, presença de múltiplos observadores afiliados a partidos fazendo-se passar por observadores cidadãos”.

O eurodeputado espanhol de centro-direita Antonio López-Istúriz White, que liderou a delegação, também disse que houve esforços “para minar e manipular o voto”, tais como pressão sobre funcionários públicos para participarem em eventos de campanha e votarem, bem como utilização indevida de recursos estatais em benefício do partido no poder. “Expressamos profunda preocupação com o retrocesso democrático na Geórgia”, disse ele.

O eurodeputado holandês Thijs Reuten, que não fazia parte da delegação, apelou aos outros 26 estados-membros da UE e à comissão para reagirem contra o líder húngaro. “A legitimação destas eleições por Orbán mina a própria UE”, escreveu ele no X.

O antigo primeiro-ministro belga Guy Verhofstadt tuitou: “Enquanto a Geórgia é canalizada para Moscovo com a interferência do Kremlin, Viktor Orbán voa para Tbilisi para apoiar uma eleição corrompida. Um líder da UE que agora trabalha abertamente para Moscovo e os democratas da Europa fica parado! Primeiro passo… finalmente remover os direitos de voto de Orbán na UE.”

O Parlamento Europeu lançou um procedimento de sanções contra o governo de Orbán em 2018 isso poderia, em última análise, privar a Hungria dos direitos de voto na UE, mas o processo estagnou.

O porta-voz de Orbán disse que foi convidado por Kobakhidze e que estaria acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, pelo ministro da economia, Márton Nagy, e pelo ministro das finanças, Mihály Varga.

Isso ecoa o furor causado pela diplomacia independente do líder húngaro no verão, quando ele visitou Kiev, Moscou, Pequim e a casa de Donald Trump em Mar-a-Lago, em um chamado missão de paz.

Também prepara o terreno para uma cimeira difícil da UE na próxima semana, quando os líderes se reunirão em Budapeste, formalmente para discutir o mercado único do bloco. Charles Michel, o presidente do Conselho Europeu, anunciou no domingo que a Geórgia seria adicionada à agenda.

“As alegadas irregularidades devem ser seriamente esclarecidas e abordadas”, escreveu ele no X. “Reiteramos o apelo da UE à liderança georgiana para demonstrar o seu firme compromisso com o caminho do país para a UE.”



Leia Mais: The Guardian

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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