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Palmeiras precisa de democracia, diz Savério Orlandi – 09/11/2024 – Esporte

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Marcos Guedes

Aclamada presidente do Palmeiras em 2021, sem nenhum adversário no pleito, Leila Pereira terá um opositor na eleição marcada para o próximo dia 24. Savério Orlandi, 53, foi o nome escolhido em uma união de diversos grupos descontentes com a gestão da empresária de 59 anos.

Ela é considerada amplamente favorita –no filtro do Conselho Deliberativo, que aprovou as candidaturas para a assembleia geral de sócios, teve 168 votos, contra 85 do rival. Mas o antagonista procura demonstrar confiança de que será vitorioso e assegura que sua investida não é uma mera demarcação de posição com os olhos na disputa de 2027.

“Nós entramos desde o início para ganhar a eleição, e a gente acredita que possa ganhar a eleição. A gente vê uma receptividade muito grande, é um movimento que está ganhando um corpo muito grande. Claro que existe uma dificuldade em relação à parcela que está sob hipnose. É um contingente enorme”, disse Savério.

Essa hipnose, segundo ele, tem a ver com os shows gratuitos promovidos no clube. Só o aluguel do ginásio, no período eleitoral, em regra bastante contestada pela oposição, custa R$ 100 mil. Haverá na próxima segunda-feira (11), sob o pretexto de celebrar o aniversário de Leila, uma apresentação da banda Jota Quest. Esteve recentemente na sede social a cantora Ivete Sangalo, e foram promovidas festas com chope à vontade.

“Qualquer cidadão comum tem que ter a condição de disputar uma eleição dentro do Palmeiras. Não pode ser só o poder econômico. O que aconteceu, na nossa visão, foi que, com o mote de dar uma aparente legalidade, uma aparente legitimidade, não foi atendido o conceito da razoabilidade. Legal, ela pode dar um show; nós, também. Mas custa R$ 100 mil o ginásio. Pô, é razoável gastar R$ 300 mil e dar um show de uma banda de rock?”, questionou Orlandi.

Sua chapa, a “Palmeiras Minha Vida É Você”, decidiu não alugar nem o ginásio nem o estande padronizado da campanha, com o valor de R$ 50 mil. Segundo o candidato, a cobrança foi mais uma demonstração do perfil da atual presidente.

“O Palmeiras precisa voltar a respirar ares democráticos. O clube foi, nos últimos anos, entrando em uma noite sombria novamente, voltando a imperar o clientelismo. Basta ver que a diretoria hoje tem mais de 140 nomes. São 44 assessores especiais da presidência! Não há nem tempo para se despachar com essas pessoas, não há matéria para despachar com 44 assessores”, disse Savério.

Nesta entrevista à Folha, o advogado condenou a gestão “personalíssima” de Leila, criticou a condução das finanças do clube e prometeu um time forte para a Copa do Mundo de Clubes, no próximo ano, no caso de ser eleito. Prometeu também que sua administração terá mais mulheres do que a atual, conduzida por uma mulher.

Por que, desta vez, a Leila terá um opositor? A oposição é composta por vários grupos, várias lideranças, e não houve uma aglutinação naquela ocasião. Desta vez, sobretudo a partir daquela entrevista dela no ano passado, quando o Palmeiras foi eliminado pelo Boca Juniors, o pessoal da oposição começou a despertar. Ela foi muito desrespeitosa.

Você se refere à ocasião em que ela disse que, quando saísse, o Palmeiras voltaria à segunda divisão? É até um contrassenso. Então, eu estaria autorizado a concluir o seguinte: “Se a senhora ficou três anos, e o seu sucessor, seja quem for, não vai conseguir dar continuidade, a senhora não preparou”. Em qualquer organização, em qualquer empresa listada na B3, que tem o CEO dela, o conselho de administração vai estar permanentemente cuidando da sucessão. Na nossa gestão, a gente pensa o Palmeiras para 5, 10, 15 anos. Quando a gente fala dessa característica personalíssima da atual gestão, é porque não está nada sendo visto para além da saída dela.

Mas a Leila não entrou no Palmeiras chutando a porta. O próprio clube e seu Conselho Deliberativo não foram abrindo as portas até entregar a ela a chave? Isso aconteceu. É uma leitura interessante. Eu, pessoalmente, sempre fui contra, mas foi estabelecida desde o começo uma relação de dependência, quase de mendicância, pelo fato de na época ser uma contratação em um valor vultoso [o patrocínio da Crefisa, à época acima do valor de mercado].

O Palmeiras aceitou essa relação de dependência e abriu o clube inteiramente para ela. Aos poucos, houve esse processo, que é um processo de cooptação. No fim do dia, não é nada mais do que isso, uma cooptação econômica. E aí você vai ampliando seu poder até chegar aonde nós chegamos hoje.

Além do patrocinador, ela é dona do avião usado pelo clube e da empresa que controla a Arena Barueri, onde o time também joga. Há conflito de interesses? O conflito de interesses, na nossa visão, é inegável. A presidente nega peremptoriamente a existência desse conflito. Eu até entendo que seria mais salutar que ela reconhecesse a existência do conflito e, a partir desse reconhecimento, criasse estratégias e mecanismos pra mitigar o conflito de interesses. Existe um instrumento primordial nesse tipo situação, em qualquer organização corporativa, que é a política de transação com partes relacionadas: o que pode e o que não pode.

Você disse que entrou na eleição para ganhar, mas, fora a questão dos shows na sede social, o Palmeiras vive fase vitoriosa no futebol e tem, na comparação com os rivais, as finanças relativamente estáveis. Dá para competir? Acho que sim. Mas, falando na questão econômica, vamos lembrar que, quando a nossa concorrente assumiu, havia uma promessa de melhora da condição econômica, e isso não aconteceu. A começar pelas receitas do clube, que ficaram estagnadas. O contrato de patrocínio não tem reajuste há três anos. E você tem questões de fluxo de caixa.

O Palmeiras tem uma dificuldade muito grande no seu dia a dia nas obrigações de curto prazo. No início do ano, ela fez uma antecipação do dinheiro do patrocínio até setembro. Com ela mesma, por coincidência… Nós não podemos concordar que um clube com a pujança de receitas como o nosso –no ano passado, faturamos R$ 840 milhões, neste ano vamos bater R$ 1 bi– tenha que se socorrer com frequência em operações bancárias de tiro curto, empréstimo de 60, 90 dias. Isso não é invenção, estão aí os balancetes.

Certo, tudo isso o incomoda. Mas o que você propõe, quais seriam os pilares da sua gestão? Em relação ao futebol, a gente entende que hoje o Palmeiras alcançou uma condição em termos de qualidade, que é uma construção. Isso não aconteceu ontem, anteontem ou no início da gestão da atual mandatária, três anos atrás. Isso é uma construção que vem de uma década praticamente, desde a inauguração do Allianz Parque, que agora completa dez anos, que nós entendemos que de fato é o elemento transformador da história recente do Palmeiras. Essa construção alcançou um lugar de excelência. A gente precisa pegar, aperfeiçoar e aprimorar.

Sobre a questão financeira, consta no nosso plano o, entre aspas, fair play financeiro interno. Temos fundamentos econômicos para eliminar ou diminuir a dificuldade de caixa e recuperar a capacidade de investimento. Isso nós temos como fazer, por meio do aumento de receita, receita que ficou represada.

E, na parte de gestão, governança. Como falei, o Palmeiras precisa voltar a respirar ares democráticos, isso é um ponto fundamental. A gente falou sobre o clientelismo, os 44 assessores especiais da presidência, e chama a atenção que não tem uma mulher. É uma questão que a gente precisa enfrentar, com metas de percentual, 20% em um primeiro momento, depois 30%, e vamos ampliando a participação das mulheres.

Então, acho que são estes pontos: governança, melhoria na condição de sustentabilidade financeira e democracia.

Falando mais especificamente sobre o elenco, apesar dos bons resultados, o time parece viver um momento de transição, há uma cobrança por ajustes no grupo. Como você vê o plantel? O Palmeiras tomou uma decisão estratégica, que já começa na gestão anterior e passa diretamente por esta gestão e pelo trabalho do nosso treinador, que é um trabalho excepcional, de esticar o elenco. O clube foi enfileirando conquistas e viu um caminho na manutenção do elenco até segunda ordem. Há jogadores que estão sob contrato no Palmeiras há muitos anos, há mais de cinco anos.

O próximo mandatário, seja eu, seja a minha adversária, vai enfrentar a questão da transição desse elenco, você não tenha dúvida. Você não vai conseguir esticar mais contratos já esticados de seis, sete, oito anos. Existem atletas que já manifestam a intenção de sair. Mas eu vejo isso mais como médio e longo prazo, para a metade, para a terceira parte da gestão.

Eu vejo um elenco vencedor, que nos trouxe alegria para burro nos últimos anos. Acho que ele pode passar por ajuste, por aprimoramento, mas, em primeiro lugar, a gente precisa entender o que o treinador acha. E sempre em decisões colegiadas, eu acredito muito nisso.

Acho que podemos aperfeiçoar um pouco. Eu, pessoalmente, acho que o elenco poderia ser ajustado com contratações para o ano que vem, com reforço, tendo em vista o campeonato que nós vamos disputar [a ampliada Copa do Mundo de Clubes]. E, depois da metade da gestão, cuidar de fazer bem a transição e concluí-la bem.

Você esteve recentemente na Mancha Verde, que se envolveu em mais um episódio violento. Como viu essa situação e como seria sua relação com a organizada? Quero esclarecer que não construí relacionamento nenhum com a Mancha Verde. Fui convidado para ir lá, antes desse episódio, e sobre o episódio tenho pouco a falar, porque é reprovável por si só, é condenável, não tem mais lugar dentro do futebol e da sociedade. Felizmente, o assunto está sendo tratado como tem que ser tratado: pela polícia, pela Justiça.

Agora, com relação à questão do relacionamento, nada foi construído. Eu recebi um convite para estar lá e para conversar sobre determinadas demandas. Estive lá, não estive sozinho, estive com um dos meus candidatos a vice, com o pessoal de apoio da campanha. Não é um papo fácil, não é um papo fácil, porque é um papo com alguma hostilidade, é um papo com um tom de cobrança, mas é uma conversa que eu entendi. Estive lá porque entendi que eu jamais poderia me furtar.

Vamos lembrar que a torcida disse expressamente na reunião: “Nós não apoiamos ninguém. Fizemos uma exceção, que foi com sua concorrente, e nos arrependemos profundamente, porque a gente quebrou a cara”. Eu inclusive falei no dia: “Sempre soube que era a crônica de uma morte anunciada [o rompimento entre Mancha e Leila]”. Porque eu tinha convicção de que acabaria mal, só não sabia quando. Até me surpreendeu a velocidade.

As premissas nunca dariam certo, eram inadequadas, primeiro com promessas que jamais se concretizariam, camisa popular, ingresso popular. E houve um exagero, uma inadequação. O dirigente ir à sede da escola de samba e dar nome para a quadra de futebol da escola de samba não está certo. O dirigente dar o nome para o animal de estimação…

A relação, para responder a sua pergunta, é institucional. “Pô, Savério, é isso o que todo o mundo fala, puta lugar-comum. O que é isso?” Cara, é o seguinte: nós entendemos que você é um ator dentro do cenário. Eu fui diretor de futebol quatro anos, e nunca teve ingresso de graça para ninguém, nunca teve dinheiro para ônibus de ninguém. Agora, sempre teve diálogo, sempre teve conversa. Nas condições que nós podíamos conversar. Então, por exemplo: “Ah, quero falar com o jogador”. Não vai falar. O que você quer falar você fala conosco.



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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.

A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”

A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”

Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”

A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)



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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.

A ação marca a primeira iniciativa formalizada voltada à proteção do maior fragmento urbano de floresta em Rio Branco. As propostas foram desenvolvidas com o apoio de servidores do PZ e utilizaram ferramentas como o QGIS, mapas mentais e dados de campo.

Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.

Os estudos sugerem a criação de um Plano Permanente com ações como: Parcerias com o Corpo de Bombeiros; Definição de rotas de fuga e acessos de emergência; Manutenção de aceiros e sinalização; Instalação de hidrantes ou reservatórios móveis; Monitoramento por drones; Formação de brigada voluntária e contratação de brigadistas em período de estiagem.

O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.

“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.

Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.

 



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Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre

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Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre

A Rede Educanorte é composta por universidades da região amazônica que ofertam doutorado em Educação de forma consorciada. A proposta é formar pesquisadores capazes de compreender e enfrentar os desafios educacionais da Amazônia, fortalecendo a pós-graduação na região.

Coordenadora geral da Rede Educanorte, a professora Fátima Matos, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacou que o seminário tem como objetivo avaliar as atividades realizadas no semestre e planejar os próximos passos. “A cada semestre, realizamos o seminário em um dos polos do programa. Aqui em Rio Branco, estamos conhecendo de perto a dinâmica do polo da Ufac, aproximando a gestão da Rede da reitoria local e permitindo que professores, coordenadores e alunos compartilhem experiências”, explicou. Para ela, cada edição contribui para consolidar o programa. “É uma forma de dizer à sociedade que temos um doutorado potente em Educação. Cada visita fortalece os polos e amplia o impacto do programa em nossas cidades e na região Norte.”

Durante a cerimônia, o professor Mark Clark Assen de Carvalho, coordenador do polo Rio Branco, reforçou o papel da Ufac na Rede. “Em 2022, nos credenciamos com sete docentes e passamos a ser um polo. Hoje somos dez professores, sendo dois do Campus Floresta, e temos 27 doutorandos em andamento e mais 13 aprovados no edital de 2025. Isso representa um avanço importante na qualificação de pesquisadores da região”, afirmou.

Mark Clark explicou ainda que o seminário é um espaço estratégico. “Esse encontro é uma prática da Rede, realizado semestralmente, para avaliação das atividades e planejamento do que será desenvolvido no próximo quadriênio. A nossa expectativa é ampliar o conceito na Avaliação Quadrienal da Capes, pois esse modelo de doutorado em rede é único no país e tem impacto relevante na formação docente da região norte”, pontuou.

Representando a reitora Guida Aquino, o diretor de pós-graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg), Lisandro Juno Soares, destacou o compromisso institucional com os programas em rede. “A Ufac tem se esforçado para estruturar tanto seus programas próprios quanto os consorciados. O Educanorte mostra que é possível, mesmo com limitações orçamentárias, fortalecer a pós-graduação, utilizando estratégias como captação de recursos por emendas parlamentares e parcerias com agências de fomento”, disse.

Lisandro também ressaltou os impactos sociais do programa. “Esses doutores e doutoras retornam às suas comunidades, fortalecem redes de ensino e inspiram novas gerações a seguir na pesquisa. É uma formação que também gera impacto social e econômico.”

A coordenadora regional da Rede Educanorte, professora Ney Cristina Monteiro, da Universidade Federal do Pará (UFPA), lembrou o esforço coletivo na criação do programa e reforçou o protagonismo da região norte. “O PGEDA é hoje o maior programa de pós-graduação da UFPA em número de docentes e discentes. Desde 2020, já formamos mais de 100 doutores. É um orgulho fazer parte dessa rede, que nasceu de uma mobilização conjunta das universidades amazônicas e que precisa ser fortalecida com melhores condições de funcionamento”, afirmou.

Participou também da mesa de abertura o vice-reitor da Ufac, Josimar Batista Ferreira.



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