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Peter Wright volta anos para destronar Luke Humphries nos dardos mundiais do PDC | Campeonato Mundial PDC

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Jonathan Liew at Alexandra Palace

Luke Humphries saiu desta arena atordoado e cambaleante, deixou-a vítima de uma das maiores emboscadas já tramadas neste palco, deixou-a em estado de choque. ex-campeão mundial. Para Peter Wright, doente e envelhecido, a única realidade concebível em que ele poderia vencer esta partida existia em sua própria mente, e ao longo de 40 minutos cintilantes ele começou a transformar essa visão em uma carne magnífica.

De certa forma, foi uma visão sonhada com dias de antecedência, quando Humphries ainda era o rei do Palácio e Wright era simplesmente o número 17 do mundo, e a possibilidade deste jogo mal foi registrada. Mas Wright sabia o que estava fazendo quando disparou uma pequena farpa contra Humphries, prevendo que perderia no início do torneio. “Estou a um título mundial de quase igualar a carreira dele e sou 25 anos mais novo”, Humphries respondeu em tom de brincadeira. Mas, num nível remoto, uma semente foi plantada.

E quando a batalha chegou, Wright não recuou. Todos os velhos tiques e truques surgiram: trocar seus dardos como se fossem tacos em um saco de golfe, recusar arremessos mesmo quando Humphries estava finalizando, mostrar ao número 1 do mundo um magnífico desrespeito. Mas o verdadeiro alvo dos jogos mentais de Wright era ele mesmo: uma experiência ousada em manifestar, através de pura vontade, o homem que ele já foi. Tudo o que restou foi que ele se esforçasse para descontar os cheques que sua arrogância havia emitido para ele.

Nesse ponto, algo estranho aconteceu. A multidão do Palácio, muitas vezes indiferente a Wright no passado, balançou-se firmemente atrás dele. Wright respondeu com dardos da melhor safra: uma média de 101, apoiada por uma taxa de 70% nas duplas, apoiada por um impecável senso de oportunidade e disciplina, coragem e espírito. Uma sequência de 17 lances consecutivos foi interrompida apenas pela quebra crucial do arremesso que deu a Wright uma vantagem de 3-1 nos sets: um incrível arremesso de 12 dardos no momento mais importante da partida.

Porque é o seguinte. Humphries não jogou mal. Ele teve média de 99 e acertou 56% de suas duplas. Ele era excelente, beirando a classe mundial. Mas o jogo de bola parada consiste em dominar os momentos e também os processos, e aqui talvez o espinhoso preâmbulo pré-jogo tenha afetado um pouco os seus nervos.

Muito caos parece abalar Humphries. Dimitri Van den Bergh no Aberto do Reino Unido. Luke Littler na final da Premier League. Jogando no Grand Slam enquanto seu filho não estava bem em casa. É claro que ele ainda consegue lançar dardos brilhantes quando está com raiva, quando está agitado, quando está distraído, quando está cansado. Mas ele atinge sua melhor forma cristalina quando mantém as coisas simples.

James Maddison, do Tottenham, assiste à sessão noturna no Alexandra Palace. Fotografia: James Fearn/Getty Images

O que não lhe falta, o que nunca lhe faltou, é garrafa. Ele continuou acertando duplas cruciais em seu terceiro dardo. Continuou segurando seu arremesso, mantendo seu padrão impecável, esperou que Wright piscasse. Mas Wright não piscou. Ele forçou uma decisão no quarto set com um checkout de 89. Abriu 180-121-140 na decisão e limpou em 12 partidas. Humphries teve média de 108 naquele set e perdeu.

O fim veio rapidamente depois disso. O rosto enrugado de Wright se transformou em soluços, a fachada finalmente derretendo. Houve apertos de punho e abraços de Humphries, um homem que nos últimos 12 meses carregou seu status de campeão com verdadeira classe e habilidade, e que com certeza estará de volta. Ele pode até ter aprendido uma ou duas coisas com o velho aqui.

Posteriormente, perguntaram a Wright como ele havia feito isso. “Porque eu sou um bicampeão mundial”, respondeu ele, ainda rouco por causa do frio festivo que o reduziu a um sussurro durante a maior parte da semana passada. “É por isso. Eu não sou muito velho. Você só precisa jogar bem por três semanas durante todo o ano. Estas três semanas são tudo o que importa.” Ele interpretará Stephen Bunting ou Luke Woodhouse em seguida.

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Wright não foi o único jogador a apostar nessa pequena pepita de sabedoria natalina. Gerwyn Price é outro ex-campeão que às vezes parece estar fisicamente disposto a ser o jogador que costumava ser. Ele venceu seu colega bruxo galês Jonny Clayton por 4 a 2 com um pequeno soco, um mini-rugido e apenas a menor dúvida sobre sua capacidade de durar a distância após um desempenho falho, mas resiliente.

Quando é bom, é irresistível. Em um ponto do segundo set, ele tinha uma média de 111. O fato de ele ter terminado com uma média de 92 mostra o quão alarmante ele mergulhou depois daquele ponto, e um oponente mais implacável do que o gentil Clayton provavelmente o teria feito aqui. Em vez disso, ele é um dos quartos-de-final, uma tempestade que se acumula lentamente, um lembrete de que, neste palco, você nunca termina até terminar.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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