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Por que os investidores alemães consideram os negócios em África demasiado arriscados – DW – 29/11/2024
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África está de volta aos holofotes como um continente de oportunidades, com o Ministro da Economia alemão Roberto Habeck viajando para Quênia para abrir a Cúpula Empresarial Alemã-Africana (GABS) de dois dias da próxima semana.
O encontro, que se realiza num país africano diferente a cada dois anos, é o maior evento de negócios da Alemanha centrado no continente, reunindo líderes empresariais e governamentais da Alemanha e de África.
Percepções do clima de investimento em África
“A perspectiva sobre África é de riscos políticos, políticos e económicos exagerados: politicamente instável, corrupto, infra-estruturas fracas, obstáculos burocráticos e ambiente de alto risco”, disse Serwah Prempeh, investigador sénior do programa de economia do Africa Policy Research Institute (APRI). e programa social.
“Isso, é claro, dissuade os investidores alemães, especialmente os das pequenas e médias empresas (PME), que normalmente são mais avessos ao risco”, disse Prempeh à DW.
Nela autobiografia recentemente publicada “Liberdade. Memórias 1954-2021” ex-chanceler alemão Angela Merkel mencionou a dificuldade de persuadir altos executivos de grandes empresas alemãs a acompanhá-la em viagens a países africanos.
“A maioria deles viu poucas oportunidades nos mercados africanos”, escreveu ela.
Tentativas de promover investimentos
Os anteriores governos alemães fizeram várias tentativas para persuadir as PME alemãs a aumentarem os investimentos em África. Iniciativas como o Pacto com África – estabelecido durante a presidência alemã do G20 — visa gerar investimento privado adicional nas nações africanas para impulsionar as suas economias.
Globalmente, porém, a Alemanha dificilmente foi política e economicamente ativa em África nas últimas décadas, segundo a APRI.
Os dados do investimento directo estrangeiro reflectem isto. A Alemanha ficou em nono lugar entre os 10 principais países investidores em África em 2022, com 13 mil milhões de dólares (12,3 mil milhões de euros) – apenas mais 2 mil milhões do que em 2018, de acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
Prempeh disse à DW que os investidores alemães geralmente têm baixo apetite pelo risco.
“Muitos esperam um maior apoio governamental antes de investirem em África”, disse Prempeh.
“Este apoio pode não surgir, tendo em conta a posição fiscal apertada do governo alemão e as crescentes pressões dos cidadãos para se concentrarem e gastarem mais em questões de desenvolvimento interno.”
Desafios para os investimentos alemães
Em 2022, Habeck apelou a um “reinício” e a uma nova abordagem às relações entre a Alemanha, a Europa e a África antes da sua primeira viagem a África, durante a qual visitou África do Sul e Namíbia.
No Quénia, a Alemanha actua como parceiro financeiro para a expansão da A maior central geotérmica de África em Olkaria.
Em maio de 2023, o Chanceler Olaf Scholz anunciou pessoalmente um novo empréstimo de 45 milhões de euros no local em Olkaria.
Habeck também planeja visitar o complexo energético, cuja capacidade deverá dobrar para 2.000 megawatts até o final da década.
Segundo o economista queniano James Shikwati, a abordagem de investimento alemã em África e no Quénia enfrenta uma dupla crise.
“Quando se trata de África, os potenciais investimentos alemães enfrentam a concorrência da China e de outras economias emergentes que se tornaram agressivas na sua abordagem de investimento em África”, disse Shikwati.
Shikwati sugeriu que os alemães muitas vezes vêm com uma “mentalidade de como as coisas deveriam funcionar” e deveriam antes deixar de assumir que “eles são os especialistas e criam possibilidades onde podem co-criar com os seus homólogos quenianos e africanos”.
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Continente de oportunidades
África oferece oportunidades significativas para as empresas alemãs que procuram diversificar e reduzir as dependências, especialmente da China. O energia verdeos setores de infraestrutura e TI são atrativos para projetos de investimento.
Mas desde a pandemia da COVID e os novos conflitos no continente, muitas economias africanas foram duramente atingidas e os orçamentos financeiros tornaram-se voláteis.
Muitos especialistas alertam que a mitigação desses riscos será importante parainvestimentos futuros.
Christoph Kannengiesser, CEO da Associação Empresarial Africana Alemã, salientou que, embora se fale muito sobre risco, África pode, na verdade, ajudar a salvaguardar os modelos de negócios contra riscos e torná-los mais resilientes.
“O continente não partilha na mesma medida muitos dos riscos globais e das cadeias de abastecimento e objetivamente não é mais arriscado do que outras regiões do mundo”, disse ele à DW.
A percepção falsa e defensiva por parte das agências de rating e das classes de risco listadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) torna mais caro para as empresas que queiram tornar-se activas em África a obtenção de capital de dívida, argumentou Kannengiesser.
As empresas reconhecem cada vez mais a necessidade de diversificação e do incrível potencial oferecido pelo continente vizinho, observou Kannengiesser. Mas a recessão e a necessidade de transformação nos mercados locais estão a absorver muitos recursos.
Alemanha pretende expandir a cooperação com a África Ocidental
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África pronta para fazer negócios
Perante os actuais desafios económicos e as consequências da A guerra da Rússia na Ucrâniaa Alemanha tinha um modelo de negócios que funcionava bem, com investimentos na China, na Europa Ocidental e nos EUA.
“Muitas empresas alemãs tiveram a impressão de que os mercados do continente africano, considerados complicados e desconhecidos pela grande maioria, não eram necessários para o sucesso empresarial.”
Prempeh disse que Os governos africanos estão abertos e prontos para fazer negócios. A maioria tem instituições de promoção de investimento muito vibrantes e zonas económicas especiais que trabalham para trazer aos investidores diferentes pacotes de incentivos, sublinhou.
“As potenciais empresas alemãs deveriam conversar com essas instituições estatais”, Prempeh disse, acrescentando que o sector bancário alemão, incluindo os bancos públicos, deve desenvolver urgentemente novos modelos de financiamento para investimentos africanos.
“A abordagem atual não está funcionando”, concluiu ela.
Editado por: Keith Walker
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Ufac promove confraternização estudantil no Restaurante Universitário — Universidade Federal do Acre
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4 de dezembro de 2025A Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes), promove nesta quinta-feira, 4, a confraternização de fim de ano destinada aos estudantes do campus-sede, em Rio Branco. A atividade ocorre no Restaurante Universitário (RU) durante o almoço, a partir das 11h, e no jantar, a partir das 17h30.
Segundo o pró-reitor de Assuntos Estudantis, professor Isaac Dayan Bastos da Silva, a confraternização já se tornou uma tradição institucional, reforçando o vínculo entre a universidade e sua comunidade acadêmica. “Esse acolhimento faz parte da política estudantil da gestão. No final do ano, realizamos essa confraternização tanto no almoço quanto no jantar, algo que já se tornou cultural para nós”, afirmou.
Como parte da programação, o RU oferece almoço e jantar especiais, incluindo a entrega de panetone como sobremesa. O ambiente também recebe decoração temática e contará com música ao vivo, realizada pelos bolsistas do projeto Pró-Cultura Estudantil, responsáveis pela tradicional cantata de Natal.
“Tudo isso é pensado para fortalecer esse acolhimento. Buscamos criar um ambiente festivo, com decoração e música ao vivo, para que os estudantes se sintam parte desse momento de encerramento das atividades do ano”, destacou o pró-reitor.
A confraternização permanece aberta aos estudantes regularmente atendidos pelo RU durante os horários habituais de funcionamento.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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Ufac recebe equipamentos para Laboratórios de Toxicologia e Farmácia Viva — Universidade Federal do Acre
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2 de dezembro de 2025A Ufac realizou nesta segunda-feira, 1º, na sala ambiente do bloco de Nutrição, a entrega oficial do material destinado ao Laboratório de Toxicologia Analítica e ao Projeto Farmácia Viva, reforçando a infraestrutura científica da instituição e ampliando o suporte às ações de ensino, pesquisa e extensão.
A ação integra o Projeto de Implantação do Laboratório de Toxicologia Analítica, que recebeu a doação de 21 equipamentos permanentes, adquiridos com recursos do Ministério Público do Trabalho da 14ª Região (MPT-14), mediante autorização da Primeira Vara Federal do Acre. A iniciativa reconhece o interesse público e a relevância social das atividades desenvolvidas pela Universidade Federal do Acre, especialmente nas áreas da saúde, inovação científica e desenvolvimento regional.
Os equipamentos recebidos fortalecem duas frentes estratégicas da instituição. No âmbito do Projeto Farmácia Viva, eles ampliam a capacidade de cultivo, processamento e controle de qualidade de plantas medicinais, reforçando também as ações de extensão voltadas à promoção da saúde e ao uso racional de fitoterápicos. Já na área de toxicologia analítica, os novos aparelhos permitem o desenvolvimento e validação de métodos de análise, o processamento de matrizes biológicas e ambientais e o suporte a investigações científicas e forenses.
“Parabenizo os três professores que estão à frente desse projeto: a professora Marta Adelino, Dayan Marques e Anne Grace. Isso moderniza nossa universidade e representa um salto qualitativo na formação de profissionais”, afirma a reitora Guida Aquino.
O professor Dayan de Araújo Marques, docente do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto (CCSD) e farmacêutico industrial, realizou a apresentação das fases do projeto. Ele destacou que a parceria com o MPT-14 representa a consolidação de um espaço científico. “Essa consolidação é capaz de oferecer respostas mais rápidas e precisas às demandas de saúde e meio ambiente no Acre, reduzindo a dependência de laboratórios externos e ampliando o impacto social das pesquisas desenvolvidas na universidade”.
Com a entrega desse conjunto tecnológico, a instituição eleva seu potencial de atuação laboratorial e reafirma o compromisso com a produção de conhecimento e o atendimento às demandas da sociedade acreana.
Também compuseram o dispositivo de honra o Pró Reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; a coordenadora do projeto do laboratório de toxicologia analítica, Marta Adelino da Silva Faria; a procuradora do Trabalho, representando o ministério público, Ana Paula Pinheiro de Carvalho.
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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre
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29 de novembro de 2025As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.
A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”
A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”
Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”
A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.
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