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Presidente eleito ameaça taxar 100% caso países adotem moeda alternativa ao dólar – Money Times

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(Imagem: Reuters/iStock / Montagem: Money Times)

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou, neste sábado (30), taxar os países do Brics em 100%, caso adotem uma moeda alternativa ao dólar. Em publicação no Truth Social, Trump reforçou que os países que tentarem achar uma substituição à moeda devem se despedir dos EUA.

“Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana”, escreveu Trump.

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“Eles podem procurar outro ‘otário’. Não há nenhuma chance dos Brics substituírem o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tentar deve dizer adeus aos Estados Unidos”, acrescentou.

Contudo, essa não é a primeira vez que Trump ameaça impor novas tarifas. Em seu primeiro mandato, o republicano aplicou tarifas que iam de 7,5% a 25% em importações.

Para os próximos quatro anos, no entanto, as taxas de Trump trazem algumas preocupações para o mercado internacional, principalmente para a China.

O plano de governo do presidente eleito indica uma adição de tarifas de, pelo menos, 10% sobre todas as importações de países externos. Contudo, para a China, a tarifa sobe para 60%.

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Taxação de Trump

De acordo com a estimativa publicada pelo Peterson Institute for International Economics, em maio, essas tarifas podem custar a uma família de renda média cerca de US$ 1.700 por ano.

Atualmente, a China vende mercadorias no valor de mais de US$ 400 bilhões por ano para os EUA e centenas de bilhões a mais em componentes para produtos que os norte-americanos compram de outros países.

Considerando este valor com as tarifas, a China pagará mais de US$ 240 bilhões por ano nas exportações aos Estados Unidos.

Além disso, as tarifas inibem o comércio global, reduzem o crescimento dos exportadores e pesam sobre as finanças públicas de todas as partes envolvidas.

As empresas, em sua maioria, repassam os custos de importação para o cliente, portanto, é provável que as tarifas sejam inflacionárias para os consumidores dos EUA. Isso pode resultar no Federal Reserve mantendo as taxas de juros altas por mais tempo.

No início desta semana, Trump também declarou que, assim que tomar posse, irá cobrar tarifas de 25% sobre as importações do México e Canadá. De acordo com o presidente eleito, a razão para as taxas é porque que ambos facilitam a imigração ilegal e o abuso de fentanil nos EUA.

A criação de uma nova moeda do Brics

Desde o início de 2024, há dez países que compõe o Brics. Além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo se uniu com Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.

Em outubro deste ano, na cúpula do grupo de países emergentes, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a criação de meios de pagamento alternativos entre si, fugindo da necessidade de uso do dólar, assunto discutido desde 2023.

“Nós resolvemos criar uma moeda, porque isso facilita a vida das pessoas, mas nós não queremos pressa porque não é uma coisa simples de fazer”, afirmou Lula à imprensa, após a cúpula do Brics na África do Sul, em agosto de 2023.

Na cúpula deste ano, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou os Estados Unidos de usar o dólar como uma arma.

“Não somos nós que nos recusamos a usar o dólar”, declarou Putin. “Mas, se não nos deixam trabalhar, o que podemos fazer? Somos forçados a buscar alternativas”.

Junto com o Brasil, a Rússia é uma das maiores defensoras da criação de uma moeda alternativa. Lula, inclusive, também apoia a criação de uma moeda única para os países do Mercosul.

Em maio de 2023, durante reunião com chefes de Estado da América do Sul, o presidente propôs aprofundar a identidade sul-americana também na área monetária.

Além disso, Lula sugeriu a utilização dos bancos de desenvolvimento como a CAF (Corporación Andina de Fomento), o Fonplata (Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata), o Banco do Sul e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para uma poupança regional a serviço do desenvolvimento econômico e social.

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O líder do Partido da Vitória de Turkiye, Umit Ozdag, enfrenta julgamento por ‘incitação ao ódio’ | Notícias dos tribunais

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O líder do Partido da Vitória de Turkiye, Umit Ozdag, enfrenta julgamento por 'incitação ao ódio' | Notícias dos tribunais

O tribunal turco ordena a prisão de Umit Ozdag sob acusações de incitamento público e motins de refugiados anti-Síria após a sua detenção na segunda-feira.

Um tribunal em Turkiye ordenou que o líder do Partido da Vitória, Umit Ozdag, fosse mantido sob custódia enquanto aguarda julgamento, sob a acusação de incitar ao ódio público através das redes sociais.

Ozdag foi detido na segunda-feira por supostamente insultar o presidente Recep Tayyip Erdogan por comentários nos quais ele disse que “mesmo as cruzadas não causaram tantos danos a Turkiye como Erdogan”.

O partido disse que o Ministério Público de Istambul libertou Ozdag da custódia sob a acusação de insultar o presidente, mas posteriormente ordenou a sua prisão sob a acusação de “incitar ao ódio e à hostilidade entre o público”.

Os promotores apresentaram 11 postagens de Ozdag em X como prova contra ele, disse o partido. A promotoria também responsabilizou Ozdag pelos tumultos contra refugiados sírios no ano passado na província central turca de Kayseri, durante os quais centenas de casas e empresas foram atacadas.

Num post no X, Ozdag disse que prendê-lo significa prender as pessoas que ele representa e aqueles que se opõem aos últimos acontecimentos no país.

“Trabalhadores que tinham que sobreviver com um salário mínimo, aposentados que viviam abaixo do limiar da fome foram presos! … Você pode me prender, mas não pode me silenciar sem me matar!

Ozdag, um antigo académico de 63 anos, é um crítico ferrenho das políticas de refugiados de Turkiye e apelou ao repatriamento de milhões de refugiados sírios.

Ozgur Ozel, líder do principal partido da oposição, o Partido Popular Republicano (CHP), protestou contra a prisão, dizendo que a decisão era um assassinato da justiça, uma destruição da democracia e da independência judicial.

O prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, também protestou contra a prisão de Ozdag e disse que isso equivalia a uma intervenção política no judiciário.



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Tailândia nega planejar retorno dos uigures diante de apelos da ONU – DW – 22/01/2025

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Tailândia nega planejar retorno dos uigures diante de apelos da ONU – DW – 22/01/2025

Tailândia disse na quarta-feira que não planejava repatriar imediatamente um grupo de Uigures que fugiu da China há mais de 10 anos. Especialistas da ONU alertaram que poderiam enfrentar tortura quando retornassem.

Os 48 uigures estão detidos em centros de imigração desde a sua detenção em 2013 e 2014, depois de terem atravessado a fronteira tailandesa em busca de protecção contra o que eles e grupos de direitos humanos alegam ser. graves violações dos direitos humanos na região de Xinjiang, na China.

Os especialistas da ONU disseram que 23 dos uigures sofrem de graves problemas de saúde. A Human Rights Watch disse na semana passada que eles estavam em greve de fome devido ao receio da sua transferência iminente – algo que as autoridades tailandesas negaram.

Ex-detidos uigures em campos de internamento

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O que disseram as autoridades?

“A decisão será tomada pelo conselho de segurança nacional. Até agora, não há ordem (para mandá-los de volta)”, disse um alto funcionário do departamento de imigração, que não quis ser identificado, à agência de notícias AFP na quarta-feira.

Isto segue-se às declarações do vice-primeiro-ministro tailandês, Phumtham Wechayachai, na semana passada, que disse não haver nenhum plano imediato para deportar os uigures para a China.

O chefe da polícia nacional, Kittirat Panpetch, disse na segunda-feira que não houve nenhuma ordem governamental sobre a sua deportação.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse na quarta-feira que “não estava ciente da situação específica” dos detidos uigures.

China vende realidade alternativa em Xinjiang

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Grupo de direitos humanos alerta sobre remoção iminente

A Human Rights Watch disse na semana passada que as autoridades de imigração tailandesas pediram aos uigures que preenchessem nova documentação e tiraram fotografias deles, levando-os a acreditar que a sua repatriação era iminente.

Outros grupos de direitos humanos também alertaram que o grupo enfrentará deportação num futuro próximo.

Os especialistas da ONU, nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas que não falam em nome das Nações Unidas, alertaram o governo tailandês que os uigures correm o risco de tortura, maus-tratos e “danos irreparáveis” se regressarem.

Os EUA descreveram o tratamento dado pela China à minoria maioritariamente muçulmana como um “genocídio”, enquanto um Relatório da ONU divulgado em 2022 notaram muitos casos de abuso, incluindo tortura e trabalho forçado e detenção arbitrária no que Pequim chama de centros de formação profissional.

Pequim nega todas as acusações de abuso, dizendo que as suas ações em Xinjiang visam combater o extremismo.

A Tailândia deportou mais de 100 uigures para a China em julho de 2015, provocando condenação internacional. O seu destino permanece desconhecido.

tj/sms (AFP, Reuters)



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Justiça proíbe visitação à Lagoa Azul, em Maragogi – 22/01/2025 – Cotidiano

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Justiça proíbe visitação à Lagoa Azul, em Maragogi - 22/01/2025 - Cotidiano

A cidade de Maragogi (AL), um dos principais destinos turísticos do nordeste brasileiro, interditou a visitação à Lagoa Azul, que por sua vez é um dos mais movimentados pontos turísticos da cidade litorânea.

Popularmente apelidado de Caribe Brasileiro, o trecho que contempla a Lagoa Azul atrai turistas por sua configuração, que mistura águas cristalinas e vida marinha diversificada, formando um cenário perfeito para fotografias.

A decisão atende a uma determinação da Justiça Federal em Alagoas e decorre de uma ação, impetrada pelo MPF (Ministério Público Federal), que contesta um decreto da prefeitura de 2022 que autoriza a exploração turística da área.

Segundo o MPF, tal decreto viola normas ambientais de âmbito federal, uma vez que a região é considerada uma Área de Proteção Ambiental por estar inserida na Costa dos Corais, uma das maiores unidades de conservação da vida marinha no país. Por tal razão, a exploração do local fica proibida, segundo argumentação do procurador da República Lucas Horta.

A APA Costa dos Corais foi criada em 1997 com objetivo de proteger uma faixa de mais de 120 km da costa entre Pernambuco e Alagoas. Este trecho abriga uma grande biodiversidade, incluindo espécies ameaçadas como tartarugas marinhas.

Segundo a Justiça Federal, o manejo da APA não previa a exploração da Lagoa Azul, de modo que a decisão da prefeitura por autorizá-la se configura como arbitrária.

O judiciário justifica na decisão que o decreto municipal dava margem a atividades não compatíveis com as normas da APA Costa dos Corais, como a circulação diária de até 40 lanchas e a oferta de serviços comerciais de mergulho e fotografia.

O juiz federal André Granja destaca que os municípios até podem criar unidades de conservação que se sobrepõem às regras federais, desde que as ações locais enfatizem em maior grau a preservação ambiental, e não as afrouxe. Neste caso, diz Granja, se prioriza a proteção ambiental, em razão do risco considerável ao equilíbrio ecológico e à saúde das populações locais.

Em nota, a prefeitura de Maragogi alega que a decisão foi tomada sem a defesa do município, “impossibilitando a apresentação de esclarecimentos e da defesa do interesse da coletividade afetada.”

“A prefeitura de Maragogi, em respeito às instituições judiciais, respeita a decisão. Contudo, discorda veementemente de seu teor, pois compreende que a regulamentação municipal foi elaborada com base na legislação vigente e buscando conciliar o desenvolvimento sustentável da região com a preservação ambiental”, diz o texto.

A administração conclui prometendo recorrer da decisão.



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