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Primeiro-ministro da Síria diz que colaboradores militares de al-Assad serão levados à justiça | Notícias da Guerra da Síria

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6 meses atrásem
O novo primeiro-ministro interino da Síria prometeu proteger os direitos das minorias e trazer segurança ao país numa entrevista à Al Jazeera, em meio a relatos de que o túmulo de Hafez al-Assad, pai do deposto presidente sírio, Bashar al-Assad, foi incendiado em Latáquia.
O túmulo de Hafez, que foi presidente de 1971 até sua morte em 2000, foi queimado em sua cidade natal, Qardaha, localizada no coração de Latakia, na comunidade alauíta de al-Assad. Bashar al-Assad o sucedeu em 2000.
Mohammed al-Bashir, o recém-nomeado primeiro-ministro interinodisse que a prioridade é garantir que as pessoas possam regressar ao trabalho, mas prometeu levar à justiça “aqueles cujas mãos estão manchadas de sangue”.
“A maior parte dos funcionários que trabalhavam nessas instituições voltaram ao trabalho e retomaram o trabalho. A porta permanece aberta para todos os funcionários, exceto para aqueles cujas mãos estão manchadas com sangue de instituições militares ou da shabiha”, disse ele, referindo-se aos grupos de combatentes sírios leais à família al-Assad.
“Esses indivíduos serão encaminhados aos tribunais para julgamento antes de serem autorizados a retornar às suas funções nas instituições”, acrescentou al-Bashir, que chefiou o governo regional na província de Idlib.
Os sírios de todo o país celebraram o fim espectacular de cinco décadas de governo brutal da família al-Assad, depois de uma ofensiva relâmpago liderado pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e seus aliados.
O HTS continua classificado como grupo “terrorista” pelos Estados Unidos, Turquia e outros governos, uma vez que travou uma rebelião armada contra o regime de al-Assad durante mais de uma década.
Numa reunião do G7 na sexta-feira, espera-se que os líderes mundiais ponderem se apoiam o novo governo de transição da Síria e possivelmente suspendem a designação.
Numa tentativa de atenuar as preocupações sobre a inclusão de um governo liderado pelo HTS, que fazia parte da Al-Qaeda antes de romper relações em 2016, al-Bashir disse repetidamente que o novo governo protegeria os direitos das minorias.
O partido Baath do Presidente deposto al-Assad anunciou que suspenderia o seu trabalho “em todas as suas formas… até novo aviso” e entregaria bens às autoridades.
Mohammad Nassif, um residente de Latakia, disse à Al Jazeera que o túmulo foi profanado num ato de despeito para com Hafez al-Assad e seu filho removido, Bashar.
“Vimo-lo queimado e destruído pelas pessoas da sua aldeia porque ele os deixou passar fome, porque o odiavam e porque ele nos destruiu, deslocou-os e deslocou-nos”, disse Nassif.
A nova administração também se comprometeu a encerrar as famosas prisões do antigo regime, onde milhares de pessoas foram torturadas e executadas.
Hlala Merei, uma refugiada palestina na Síria, disse que a tortura e a detenção arbitrária infligidas pelo regime ao seu povo eram imperdoáveis.
“Por que Bashar al-Assad fez isso com o povo? Se ele os tivesse preso, julgado, não teríamos dito não. Mas cortá-los assim? É injusto”, disse ele.
A nova administração convocou os milhões de refugiados que fugiram do país durante a guerra civil a regressarem para reconstruir o país.
Quase metade da população do país antes da guerra foi deslocada e milhões fugiram do país durante os 13 anos de guerra.
Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, deveria chegar à Jordânia na quinta-feira para uma viagem regional com o objetivo de discutir uma transição governamental “inclusiva” na Síria, segundo o porta-voz Matthew Miller.
O enviado das Nações Unidas para a Síria, Geir Pedersen, apelou a um processo inclusivo e alertou que as divisões poderiam levar a novos conflitos civis.
No gabinete do governador de Damasco, Mohammed Ghazal disse à agência de notícias Reuters que o novo governo não tinha problemas com “qualquer etnia e religião… Quem criou o problema foi o regime (de Assad)”.
Zakaria Malahifji, secretário-geral do Movimento Nacional Sírio que já serviu como conselheiro político dos rebeldes em Aleppo, lamentou a falta de consultas.
“Você está trazendo (ministros) de uma cor, deveria haver participação de outras”, disse ele sobre o novo governo. “A sociedade síria é diversificada em termos de culturas e etnias, por isso, francamente, isto é preocupante.”
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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