MUNDO
Prisioneiros iranianos protestam contra o aumento das execuções – DW – 10/10/2024

PUBLICADO
8 meses atrásem
10 de outubro é o Dia Mundial Contra a Pena de Morte, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a pena capital e defender sua abolição.
Na quarta-feira, a ONG Iran Human Rights, sediada na Noruega, lançou um programa ao vivo de 24 horas nas redes sociais para chamar a atenção internacional para as sentenças de morte e execuções no Irão, bem como para os protestos pacíficos semanais contra a pena de morte nas prisões iranianas. O programa começou com a leitura de uma carta, escrita por Narges Mohammadi, ganhador do Prêmio Nobel da Paz iraniano e contrabandeado para fora da prisão de Evin na capital iraniana, Teerãonde ela está detida.
Mohammadi, que foi presa em parte devido à sua campanha pacífica contra a pena de morteco-iniciou um protesto semanal contra as execuções há 37 semanas. Toda terça-feira, ela e outros presos políticos fazem greve de fome. A campanha se espalhou por todo o país e atualmente ocorre em 22 prisões, segundo organizações de direitos humanos.
“Precisamos do apoio global dos activistas dos direitos humanos para acabar com as execuções no Irão”, apelou Mohammadi em sua carta. “Ajude-nos a parar a máquina de execução.”
Custo brutal do protesto no Irão
Pelo menos 811 pessoas executadas num ano
Segundo a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (HRANA), o número de execuções no Irã aumentou 23,06% entre 10 de outubro de 2023 e 8 de outubro de 2024 em comparação com os 12 meses anteriores (outubro de 2022 a outubro de 2023). Pelo menos 811 pessoas foram executadas durante este período.
HRANA é uma agência de notícias não oficial que registra e documenta violações de direitos humanos em Irã com o apoio de activistas dentro e fora do país. Afirmou que mais 186 pessoas foram condenadas à morte entre 10 de outubro de 2023 e 8 de outubro de 2024. O Supremo Tribunal manteve 59 destas sentenças de morte.
De acordo com a Anistia Internacional, houve pelo menos 1.153 execuções registradas em todo o mundo em 2023, o número mais alto desde 2015. Quase três quartos foram realizados no Irãonde a organização de direitos humanos disse que pelo menos 853 pessoas foram executadas.
“Também temos uma lista com os nomes de mais 47 indivíduos que foram executados nos últimos 12 meses”, disse Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor dos Direitos Humanos do Irão, numa entrevista à DW em maio. “Mas ainda não publicamos os seus nomes porque não conseguimos encontrar uma segunda fonte independente que confirme a sua execução.”
Nem todas as famílias denunciam as execuções às organizações de direitos humanos. Muitos permanecem em silêncio por medo de represálias ou vergonha.
Minorias étnicas visadas de forma desproporcional
Os activistas dos direitos humanos criticaram o uso desproporcionado da pena de morte contra os Minoria curda no oeste do Irão e na minoria Baluchi no sudeste do país, onde existe pobreza generalizada.
Embora a maior parte da população iraniana seja composta por muçulmanos xiitas, a maioria dos curdos e baluchis no Irão são sunitas. Estas minorias étnicas e religiosas, que vivem em grande parte em regiões economicamente desfavorecidas do país, há muito que se queixam de discriminação e de abusos sistemáticos. direitos humanos violações.
“Das execuções registadas no Irão, pelo menos 545 foram realizadas ilegalmente por actos que não deveriam resultar na pena de morte ao abrigo do direito internacional, incluindo crimes relacionados com drogas, roubo e espionagem”, concluiu a Amnistia Internacional no seu relatório anual.
“As execuções impactaram desproporcionalmente a minoria étnica Baluchi do Irão”, acrescentou. “As autoridades executaram pelo menos 172 pessoas – 166 homens e seis mulheres – da minoria Baluchi, representando 20% de todas as execuções, apesar de representarem cerca de 5% da população do Irão.”
O número total de execuções registadas pela Amnistia Internacional em 2023 não inclui as ocorridas na China, onde os dados sobre a utilização da pena de morte são classificados como segredo de Estado. O mesmo se aplica ao Vietname e à Coreia do Norte.
“As informações disponíveis indicam que todos os anos milhares de pessoas são executadas e condenadas à morte” na China, escreveu.
Depois do Irã, Arábia Saudita foi responsável pelo maior número de execuções registadas, com 172.
Este artigo foi escrito originalmente em alemão.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
Leia mais notícia boa
- Menino autista imita cantos de pássaros na escola e vídeo viraliza no mundo
- Cidades apagam as luzes para milhões de pássaros migrarem em segurança
- Três Zoos unem papagaios raros para tentar salvar a espécie
Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
Leia Mais: Só Notícias Boas
Relacionado
MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO
2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
Leia mais notícia boa
A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
Relacionado
MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO
2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
Leia mais notícia boa
Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
- ACRE7 dias ago
Ufac realiza curso de sobrevivência em campo e áreas de desastres — Universidade Federal do Acre
- ACRE7 dias ago
Reitora da Ufac discute comissão para plano de carreira dos TAEs — Universidade Federal do Acre
- ACRE5 dias ago
semanaletraslibrasvii.png
- ACRE4 dias ago
Ufac e Sead tratam de regularização de fazenda em CZS — Universidade Federal do Acre
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login