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Professor da USP cria ferramenta que ajuda no diagnóstico de autismo

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A mãe, de Brasília, fez uma surpresa mais que especial para a filha: era virou a Fada do Dente! - Foto: @sarahmirian11/Instagram

Um professor da Universidade de São Paulo (USP) criou uma ferramenta com inteligência artificial (IA) capaz de ajudar no diagnóstico do autismo. Ele, que é autista, recebeu o diagnóstico na vida adulta.

André de Carvalho, diretor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), uniu a experiência que tem em IA, e a própria condição de vida. Depois de uma conversa com a filha, então estudante de psicologia, e avaliação especial, ele descobriu estar no espectro.

Inspirado, André, em parceria com a psiquiatra Paula Brentani, do Hospital das Clínicas de São Paulo, pensou em múltiplas abordagens para identificar sinais do TEA. Uma delas é a análise de sinais cerebrais!

Como funciona

A tecnologia desenvolvida, a partir de IA, ajuda a reconhecer padrões faciais, análise de sinais cerebrais, identificação de biomarcadores moleculares e movimento corporal.

“O que a gente busca são marcadores confiáveis. Assim como a síndrome de Down tem uma alteração cromossômica visível, talvez possamos encontrar no cérebro sinais consistentes do autismo, que ajudem no diagnóstico com mais segurança e menos subjetividade”, explicou Matheo Angelo Pereira Dantas, estudante diagnosticado com autismo aos 17 anos e pesquisador no projeto.

Com esses dados, é possível apontar, ou não, se a criança é integrante do espectro desde cedo. E isso pode ser muito importante!

“Quando mais cedo você entender, mais fácil é lidar porque você vai ter um tratamento e uma atenção diferenciada na escola, por exemplo”, explicou em entrevista ao site do ICMC.

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Impacto da pesquisa

A estereotipação do autismo é um dos principais desafios na identificação de casos.

Durante muito tempo, apenas os casos mais graves eram diagnosticados. Isso criou a falsa impressão de que o autismo era algo raro.

“As pessoas dizem que os casos de autismo aumentaram, mas, na verdade, antes só se diagnosticaram os casos mais graves, como os personificados naquele personagem Rain Man”.

Atualização dos dados

Agora, o desafio de Matheo é fazer a transformação de dados obtidos por pesquisas no exterior.

O rapaz orientador por André no trabalho “Explainability in Graph Neural Networks for Autism Assessment Using fMRI Analysis”, que usa exames de ressonância magnética para aprimorar ferramentas de IA.

Um desafio é garantir que os modelos treinados com dados de populações da Europa e dos Estados Índios, também sejam eficazes no Brasil.

Matheo, que recebeu o diagnostico aos 17 anos, explicou que tem facilidade de aprendizado. - Foto: Arquivo pessoal Matheo, que recebeu o diagnostico aos 17 anos, explicou que tem facilidade de aprendizado. – Foto: Arquivo pessoal



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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




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