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Projeto adia metas de redução de emissão de gás carbônico – 11/12/2024 – Andanças na metrópole

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Vicente Vilardaga

O projeto de lei do vereador Milton Leite (União Brasil), aprovado em primeira votação na Câmara Municipal de São Paulo, na semana passada, é um acinte. Ele dá um prazo de 30 anos para as empresas de ônibus eletrificarem suas frotas e permite que elas voltem a comprar ônibus movidos a diesel, algo proibido desde 2022.

A iniciativa parlamentar é praticamente uma declaração negacionista. Tira qualquer urgência na busca por uma frota limpa e ignora o aumento da poluição e do aquecimento global. Vai na contramão de outras grandes cidades do mundo. É um esforço para deixar tudo como está no sistema de ônibus urbano, com uma descomunal queima de combustíveis fósseis e operações de alto impacto ambiental.

As metas de redução de emissões de gás carbônico da cidade, por exemplo, vão virar letra morta. Pela lei em vigor, de 2018, a frota de ônibus local precisaria reduzir, até o ano que vem, metade das emissões totais do gás, e 100% até 2038. Se o projeto de Leite for aprovado em segunda votação e sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes, o prazo para redução das emissões pela metade salta para 2044 e o da eliminação total, para 2054.

Embora estabeleça que as empresas poderão compensar as emissões excedentes do gás com créditos de carbono, o projeto é um retrocesso. Responde aos interesses imediatos das empresas, que não pretendem desembolsar até cinco vezes mais num ônibus elétrico do que gastam em um a diesel e nem investir na transformação de suas garagens, oficinas e na criação de novas estruturas.

Atende também aos interesses das petroleiras. Elas não querem perder, de uma hora para outra, um cliente com uma frota de 13,3 mil ônibus que consome 1,3 milhão de litros de diesel por dia. Atualmente, circulam apenas 489 ônibus elétricos na cidade, incluindo 201 trólebus.

Leite cumpre seu último mandato e tem forte relação com as empresas de transporte urbano. Para justificar o projeto, alegou que, entre outros problemas, existe uma completa falta de infraestrutura para operação de ônibus elétricos na cidade. Ele disse também que “o projeto traz a possibilidade das empresas fazerem as compensações ambientais necessárias em relação à emissão de poluentes”. Na prática, porém, elas vão ganhar um prazo de algumas décadas para fazer mudanças que seriam urgentes.

O programa de metas da Prefeitura estabelecia que, até o final de 2024, a frota paulistana tivesse 20% de seus veículos movidos a eletricidade ou a outra energia limpa. Hoje, o percentual de ônibus na cidade que não prejudicam o meio ambiente está em 3,6%. O objetivo não foi cumprido e a esperança agora é a compra, nos próximos anos, de mais 1.300 ônibus elétricos com um financiamento de R$ 2,5 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre

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publicado:
23/12/2025 07h31,


última modificação:
23/12/2025 07h32

Confira a nota na integra no link: Nota Andifes



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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.

Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.

Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”

A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”

O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”

A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”

Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”

Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)



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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.

 

A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.” 

Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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