NOSSAS REDES

MUNDO

Quais são os fenômenos climáticos La Nina e El Niño? – DW – 17/10/2024

PUBLICADO

em

À medida que a temperatura começa a cair no Hemisfério Norte, alguns meteorologistas estão prevendo um possível evento climático La Nina nos próximos meses. Isso poderia trazer um clima mais frio e muito mais tempestades intensas para muitas partes do mundo.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA disse em meados de outubro que havia 60% de probabilidade de que um evento fraco de La Nina se desenvolvesse nos próximos meses e pudesse durar até março. Meteorologistas no Japão e na Austrália disseram que se o fenômeno se desenvolvesse, provavelmente não duraria muito.

A La Nina e A criança As fases climáticas fazem parte do chamado El Nino-Oscilação Sul (ENSO), um padrão climático desencadeado no Oceano Pacífico que envolve mudanças nas temperaturas do vento e do oceano que podem influenciar condições meteorológicas extremas em todo o mundo.

El Nino – “o garotinho” em espanhol – estava ligado a registrar temperaturas globais em 2023 que representou o ano mais quente já registrado. Juntamente com mudanças climáticaso El Niño contribuiu para ondas de calor extremas e secas no Sudeste Asiático e em partes de África.

Sua irmã “menininha”, La Nina, cria padrões climáticos que, embora variáveis, tendem a ser mais frios e úmidos, podendo levar a tempestades e furacões intensos.

Como surgem o El Niño e o La Niña?

Para ver este vídeo, ative o JavaScript e considere atualizar para um navegador que suporta vídeo HTML5

Os efeitos do El Niño e do La Nina podem variar consideravelmente e não afetam todas as regiões do mundo. Eles também podem ser influenciados por outros eventos climáticos. Ambos os padrões climáticos podem ter um enorme impacto na economia global. agricultura e o bem-estar de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo, já sob pressão devido aos efeitos das alterações climáticas.

Como o El Nino causa extremos climáticos

O El Nino geralmente ocorre a cada dois a sete anos, quando os ventos alísios regulares que se movem de leste a oeste através do Oceano Pacífico enfraquecem e às vezes até invertem.

Esses ventos geralmente sopram através do equador e levam água quente da América do Sul em direção ao Sudeste Asiático e à Austrália.

Mas, quando os ventos começam a acalmar, a água mais quente permanece na América do Sul e não consegue viajar para oeste. À medida que o calor suprime o aumento habitual de água fria no Pacífico oriental, o calor extra na atmosfera normalmente sobrecarrega as chuvas regionais e causa inundações em locais como o norte da América do Sul.

Pessoas resgatam alguns de seus pertences de suas casas inundadas
A estação chuvosa da Bolívia, de dezembro de 2023 a março de 2024, sofreu intensas inundações devido em parte aos efeitos do El NinoImagem: AFP/Getty Images

Entretanto, a ausência de água quente no Pacífico ocidental pode resultar em seca e temperaturas extremas.

A perturbação do calor dos oceanos provocada pelo El Niño pode alterar a trajectória das correntes de jacto – ventos fortes muito acima do solo – que percorrem o planeta, orientando as chuvas. Isto causa amplas perturbações climáticas, incluindo a paralisação da estação das monções na Indonésia e na Índia, mas também a redução da actividade de furacões no Atlântico.

No entanto pesquisadores descobriram que o impacto directo do El Nino nas chuvas na África Oriental é relativamente modesto, dizem que pode desencadear um Dipolo positivo no Oceano Índico, outro padrão climático que pode trazer inundações extremas para a região.

La Nina alimenta tempestades e furacões

La Nina, outra fase chave no ENSO, tem o impacto oposto do El Nino, à medida que os ventos predominantes de leste-oeste se tornam mais fortes do que o habitual. Normalmente, os eventos La Nina tendem a ocorrer a cada três a cinco anos.

Um aumento de águas mais quentes no oeste pode trazer mais chuvas para a Austrália e o Sudeste Asiático.

As fases de La Niña podem desencadear secas e incêndios florestais nas regiões orientais do Pacífico, desde o sudoeste dos Estados Unidos e do México até à América do Sul. No entanto, a variabilidade regional significa que Os estados do nordeste dos EUA e o Canadá tendem a ser mais úmidos e frios durante os invernos La Nina.

La Nina também aumenta tipicamente a actividade de furacões na Bacia do Atlântico, um fenómeno que está a ser exacerbado pela registrar temperaturas quentes da superfície do oceano no Atlântico.

Zimbabué declara estado de calamidade induzido pela seca

Para ver este vídeo, ative o JavaScript e considere atualizar para um navegador que suporta vídeo HTML5

Impactos difíceis de prever

Embora La Nina e El Nino sejam padrões naturais, os seus impactos relativos podem variar dependendo do momento, da duração e das influências climáticas complexas que incluem o aquecimento global induzido pelo homem. Há alguma evidência de que mudanças climáticas tem esses padrões mais frequente e intenso.

Os cientistas disseram que os ciclos El Nino e La Nina são provavelmente atingirá com mais força à medida que o planeta aquece. O ar mais quente retém mais água e causa chuvas mais extremas.

Os investigadores acrescentam que alcançar emissões líquidas zero de gases com efeito de estufa através da eliminação progressiva dos combustíveis fósseis tem o potencial de limitar tanto o aquecimento global como os impactos do ENSO.

Martin Kuebler também contribuiu para este relatório.

Editado por: Tamsin Walker, Jennifer Collins

Este artigo foi atualizado pela última vez em 17 de outubro de 2024 para incluir informações sobre o potencial evento climático La Nina.



Leia Mais: Dw

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO

em

O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

Leia mais notícia boa

Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO

em

Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

Leia mais notícia boa

A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO

em

O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

Leia mais notícia boa

Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

//www.instagram.com/embed.js



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MAIS LIDAS