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Quanto custam as eleições nos EUA e quem paga? – DW – 23/10/2024

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8 meses atrásem
Tornando-se presidente dos EUA leva muito dinheiro. Para conseguir esse dinheiro, os candidatos têm várias opções.
Os candidatos podem financiar suas campanhas com dinheiro próprio. Alternativamente, podem angariar dinheiro de doadores privados.
Outra fonte de financiamento vem de grupos de comitês de ação política, mais conhecidos como PACs ou super PACs.
A última opção é obter financiamento governamental. Mas isto acarreta limitações estritas nos gastos, por isso os principais candidatos evitaram-no nas últimas eleições.
Quanto Kamala Harris arrecadou?
Candidato democrata Kamala Harris arrecadou mais de 906 milhões de dólares (838,8 milhões de euros) até 30 de setembro, de acordo com números reunidos por OpenSecretsuma organização sem fins lucrativos com sede em Washington que rastreia dinheiro nas eleições dos EUA. Isso inclui contribuições para a campanha de Joe Biden, embora a arrecadação de fundos realmente tenha decolado depois que ele se afastou em julho.
A isto somam-se mais de 359 milhões de dólares que grupos externos angariaram até 22 de Setembro para apoiar Harris, o que significa que mais de 1,27 mil milhões de dólares foram destinados ao fundo de guerra da campanha de Harris.
Quase 56% disso veio de grandes contribuições. Os indivíduos arrecadaram cerca de 44% do total através de contribuições menores, de menos de US$ 200.
Quanto Donald Trump arrecadou?
Candidato republicano Donald Trump não arrecadou tanto. Sua campanha oficial arrecadou US$ 367,1 milhões, cerca de 40% menos que Harris.
Grupos externos acrescentaram outros US$ 572,8 milhões a esse valor, elevando seu financiamento total para pouco menos de US$ 940 milhõesde acordo com OpenSecrets.
Trump depende muito do apoio dos ultra-ricos, com contribuições maiores representando mais de 68% dos seus fundos disponíveis.
E quanto aos gastos no Congresso?
Nas duas últimas eleições presidenciais, Trump foi superado pelos seus rivais. Mesmo assim ele venceu Hillary Clinton em 2016 antes perdendo para Biden em 2020.
Essa discrepância mostra como o dinheiro é importante, mas não pode fechar o negócio sozinho, disse Dan Mallinson, professor associado de políticas públicas e administração na Penn State Harrisburg, na Pensilvânia.
Ainda assim, as doações são extremamente importantes, já que as campanhas presidenciais “se tornaram assuntos de bilhões de dólares”, disse Mallinson à DW. “Candidatos, partidos, comités de acção política e outras organizações precisam de angariar quantias significativas de dinheiro para realizar campanhas nacionais”.
Mas não são apenas o ex-presidente e o vice-presidente que estão arrecadando dinheiro durante este ciclo eleitoral. Dos 100 assentos no Senado dos EUA, 34 serão eleitos este ano. Na Câmara dos Deputados, todas as 435 cadeiras estão em disputa.
Por conta própria eseleção campanhas, todos os candidatos ao Senado juntos arrecadaram US$ 1,38 bilhão, calculou o OpenSecrets. Coletivamente, os candidatos à Câmara dos Representantes arrecadaram US$ 1,78 bilhão.
Quem pode doar para campanhas presidenciais?
O Comissão Eleitoral Federal tem regras rígidas sobre quem pode ou não contribuir com os candidatos.
Apenas cidadãos dos EUA ou titulares de green card podem contribuir para um partido ou candidato presidencial. Isso significa que todos os estrangeiros estão proibidos de doar de qualquer forma.
Para aqueles indivíduos que podem doar, há limites quanto ao valor que podem doar.
Empreiteiros do governo federal, empresas, bancos nacionais, sindicatos e organizações sem fins lucrativos também estão proibidos de contribuir diretamente para candidatos ou partidos nas eleições federais.
O que são PACs e super PACs?
Os comitês de ação política (ou PACs) fazem parte do sistema eleitoral americano há muito tempo. Estes grupos de pressão reúnem contribuições para trabalhar em nome dos candidatos ou de iniciativas eleitorais. As doações são limitadas e as listas de doadores devem ser divulgadas.
Mas os regulamentos de financiamento de campanhas mudaram drasticamente em 2010. Nesse ano, o Supremo Tribunal dos EUA rejeitou restrições às empresas e aos sindicatos para financiarem campanhas, devido ao seu direito de liberdade de expressão.
Após essa decisão, as empresas e os sindicatos foram livres para doar o que quiseremdando origem ao super PAC. Esses grupos podem arrecadar quantias ilimitadas de indivíduos, sindicatos ou empresas, e essas doações são anônimas.
É importante ressaltar que os PACs e os super PACs não podem doar diretamente a um candidato e devem agir de forma independente, embora algumas das regras sobre a campanha coordenada para obter votos tenham sido flexibilizadas.
Problemas com grandes contribuições de campanha
Para muitos eleitores, o sistema de doação de campanha dá a impressão de que dinheiro significa acesso fácil aos políticos. Isto poderia resultar em corrupção ou minar a confiança na democracia.
Americanos ricos como Melinda French Gates e George Soros doaram milhões a grupos que apoiam Harris, ou fundaram os seus próprios super PACs.
O Tempos Financeiros calculou que outro grupo de bilionários – Elon MuskTimothy Mellon, Miriam Adelson e Richard Uihlein – doaram um total de US$ 395 milhões ao super PACS pró-Trump.
Democratas e republicanos dos EUA competem por votos na Pensilvânia
Se estas mega-doações equivalem ao poder é uma questão complicada.
“Não é simples que o dinheiro compre votos e políticas”, disse Mallinson, acrescentando que este dinheiro provavelmente significa que os doadores obtêm acesso político quando questões que lhes interessam estão a ser debatidas. “Mas isso ainda não significa que os doadores conseguirão tudo o que desejam.”
Em que as campanhas gastam dinheiro?
Com centenas de milhões para gastar, as campanhas e os grupos de pressão têm muitas decisões a tomar. Como a eleição está tão acirrada e provavelmente dependente de um punhado de votos em estados indecisosas campanhas estão gastando a maior parte do seu dinheiro lá.
Esses estados estão sendo inundados por anúncios políticos. Os residentes provavelmente receberão ligações de ativistas ou batidas na porta de alguém tentando convencê-los a votar de uma forma ou de outra.
Olhando para trás, para as eleições de 2020, dá-se uma boa ideia de como as campanhas estão a gastar as suas montanhas de dinheiro, sendo a maior parte destinada à publicidade.
Há quatro anos, cerca de 56% dos gastos foram em mídia, 10% em arrecadação de fundos e quase 17% em despesas de campanha e salários, segundo números apurados pela OpenSecrets. Outros 6% foram para administração, enquanto 4% foram para estratégia e pesquisa. O restante foi listado como “inclassificável”.
Os gastos de campanha em 2024 provavelmente seguirão um padrão semelhante.
O dinheiro governa o mundo – FEITO
Editado por: Martin Kuebler
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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