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Ratan Tata, o humilde magnata dos negócios da Índia – DW – 10/10/2024

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Ratan Naval Tata, um dos industriais e filantropos mais queridos da Índia, que transformou e transformou a empresa e o conglomerado icônico de sua família, o Grupo Tata, em uma empresa multinacional morreu na quarta-feira em Mumbai. Ele tinha 86 anos.

Ele faleceu no Hospital Breach Candy, em Mumbai, onde foi mantido sob cuidados intensivos. A causa da morte não foi informada.

Primeiro Ministro Narendra Modi elogiou Tata como “um líder empresarial visionário, uma alma compassiva e um ser humano extraordinário”, em comunicado publicado no X.

Em um comunicado anunciando a morte de Ratan Tata, Natarajan Chandrasekaran, atual presidente da Tata Sons e do Tata Group, disse: “Para mim, ele foi um mentor, guia e amigo. Ele inspirou pelo exemplo. Seu legado continuará a nos inspirar como nós nos esforçamos para defender os princípios que ele defendeu com tanta paixão.”

Dois dias antes, em uma postagem no Instagram, o afável industrial disse que estava sendo submetido a investigações médicas de rotina devido à sua idade e condições médicas relacionadas e anunciou que permanecia de bom humor e que não havia motivo de preocupação.

Educado, elegante e modesto, Ratan Tata era um nome conhecido em Índia e foi o rei do cenário corporativo do país nas últimas duas décadas. Ele atuou como presidente do Grupo Tata por mais de duas décadas, quando se aposentou aos 75 anos em 2012.

Mesmo após a reforma, a Tata permaneceu activa e foi uma força instrumental para a empresa, orientando uma nova colheita de líderes e continuando a desempenhar um papel importante no progresso económico do país.

Compromisso com a expansão global

O Grupo Tata, com 155 anos de existência, muitas vezes referido como um conglomerado “do sal ao software”, gere mais de 30 empresas, espalhadas por seis continentes. É reconhecível pelos produtos da Tata que vão desde chás, automóveis, aço e serviços de software.

Depois de se formar na Universidade Cornell, ele ingressou no Grupo Tata em 1961 e subiu na hierarquia. Ele começou do zero, trabalhando no chão de fábrica e gerenciando o alto-forno da Tata Steel, até se tornar presidente da Tata Sons em 1991, o que definiu sua liderança nos anos seguintes.

Seu tio JRD Tata que dirigiu a Tata por mais de 50 anos fundou a Tata Airlines que mais tarde se tornou Air India.

Muitos de seus associados se lembram de Tata por sua perspicácia empresarial, visão, uma ética de trabalho quase puritana e, mais importante, um senso inerente de responsabilidade social.

Portão principal da fábrica da Tata Motors
Sob Ratan Tata, o Grupo Tata expandiu seus negócios rapidamenteImagem: Foto Dinodia/IMAGO

Impulsionado por estes princípios, o grupo tornou-se numa empresa global que foi classificada como a Marca Indiana Mais Valiosa no relatório India 100 da Brand Finance durante seis anos consecutivos, de acordo com osite da empresa.

“Ele não foi afetado por quem ele era e nunca buscou um papel maior do que a vida. Ele queria que suas conquistas se manifestassem e isso era um destaque para um industrial global”, disse Jehangir HC Jehangir, membro do conselho de administração do JN Tata Endowment e Sir Ratan Tata Trust, à DW.

“Ele levou uma vida simples e trabalhou para o bem maior da sociedade. Seu legado de liderança e filantropia será valorizado”, acrescentou Jehangir.

Compaixão e liderança visionária

O seu compromisso com a responsabilidade social e a compaixão ficou evidente quando o Taj Hotel, em frente à Porta da Índia, o lendário marco de Mumbai, foi atacado num dos piores ataques terroristas do país, em Novembro de 2008.

Tata mostrou imensa determinação durante o cerco de 60 horas e se manteve firme diante de tal adversidade

Além de visitar as casas de cada vítima, ele fundou o Taj Public Service Welfare Trust para garantir a reabilitação das vítimas e garantir que os filhos dos seus falecidos funcionários tivessem uma boa educação.

“Ele sempre respondeu pessoalmente a qualquer carta enviada e ficou emocionado quando escrevi após o ataque terrorista ao Taj Hotel. Ele respondeu com profunda gratidão e compaixão por aqueles que sofreram e perderam entes queridos”, Shernaz Cama, diretor do Parzor Fundação, disse à DW.

A fundação sem fins lucrativos trabalha para a preservação e promoção da cultura e patrimônio Parsi Zoroastrista.

Entre as realizações mais notáveis ​​da Tata estão as suas ousadas aquisições de marcas internacionais, que foram um testemunho da sua visão e firme crença na globalização. A empresa também adquiriu hotéis, redes de comunicação e fornecedores de energia em todo o mundo.

“Quando o grupo adquiriu a Corus, a Jaguar e a Land Rover por volta de 2007-08 para emergir como o maior empregador industrial no Reino Unido, lembro-me de que os meus clientes britânicos disseram, a brincar, que era a Companhia das Índias Orientais que estava a acontecer na direcção inversa”, disse Jayant Krishna, antigo diretor regional dos serviços de consultoria da Tata, disse à DW.

Krishna conta como a receita do grupo, que era de cerca de 5 mil milhões de dólares (4,57 mil milhões de euros) quando Tata assumiu a sua liderança, disparou 20 vezes, para mais de 100 mil milhões de dólares quando ele saiu.

“Quando fui designado pelo Grupo Tata em 2015 para ingressar no governo como CEO da National Skill Development Corporation, que desempenha um papel fundamental na Missão Skill India, Tata ficou muito feliz e disse que a nação deve estar em primeiro lugar em tudo o que quisermos. fazer na vida”, disse Krishna, acrescentando que seu legado de generosidade, propósito, humildade e retidão permanecerá vivo por muito tempo.

Poucos industriais gozavam da estima pública que Tata gozava, que era conhecido por desembolsar riqueza para causas filantrópicas e por viver uma vida além do lucro. Para completar, ele usou suas conquistas com leviandade.

Os restos mortais de Tata serão mantidos no Centro Nacional de Artes Cênicas, no sul de Mumbai, para que admiradores e simpatizantes prestem suas últimas homenagens.

Editado por: Rob Mudge

A Índia se tornará uma superpotência econômica?

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MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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