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Reação do governo depende mais de Lula do que de n…

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Daniel Pereira

Desde 2023, petistas históricos, integrantes da cúpula do Congresso e auxiliares do presidente da República apontam uma série de problemas no governo. Eles vão da falta de coordenação na equipe à fragilidade na articulação política, das falhas na comunicação à inexistência de rumo, passando por intermináveis disputas internas. Sem paciência para a agenda doméstica, Lula empurrou essas questões com a barriga o quanto pôde.

Com a derrota da esquerda na eleição municipal e o fortalecimento contínuo do Centrão, grupo que continuará a dar as cartas no Congresso nos próximos dois anos, o presidente parece finalmente convencido a reagir, acionar um freio de arrumação e realizar uma reforma ministerial. As mudanças serviriam para dar uma chacoalhada na gestão, fortalecer o conceito de frente ampla usada para vencer Jair Bolsonaro e tentar amarrar partidos de centro e até de direita a uma eventual candidatura à reeleição do petista — ou à candidatura de um nome escolhido por ele.

Nas conversas em andamento, fala-se em dar mais espaço ao PSD, sigla que mais conquistou prefeituras no ano passado, e até ao PP, um dos alicerces da administração Bolsonaro. Fala-se também em convidar os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, para pastas de destaque, que também poderiam ser oferecidas à comandante do PT, a deputada Gleisi Hoffmann. Uma mudança considerada certa será na Comunicação da Presidência, cuja atuação é considerada desastrosa pelo próprio Lula, quer quer apresentar mais resultados ao eleitorado — e azeitar a sua aliança política — antes de 2026.

Capitão do time

Único brasileiro a conquistar três vezes a Presidência, Lula é experiente e considerado um craque da político. Ele sabe muito bem que uma troca no elenco pode ajudar o governo, mas não resolverá o problema. Qualquer ajuste na equipe, qualquer mudança de rota, depende mais dele, um notório centralizador, do que do escrete de ministros. Numa sinfonia, cabe ao maestro manter a harmonia, e a batuta de Lula tem se mostrado vacilante.

Até hoje, o presidente tem deixado correr solta a disputa entre os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad, que atravanca projetos e divide os governistas. Apesar de ter avalizado boa parte das medidas de corte de despesas de Haddad, Lula também se consolidou como o principal rival do chefe da equipe econômica ao insistir na tese de que o gasto público deve ser usado para acelerar o crescimento.

Essa dubiedade tem cobrado um preço caro ao país na forma de juros, dólar e inflação mais altos. “Acho que um ajuste político importante seria o presidente afirmar um apoio maior ao ministro da Fazenda, para que ele possa ajustar as nossas contas públicas, especialmente completando o quadro de reformas que mandou para o Congresso”, declara Alberto Aggio, professor de ciências políticas da Unesp.



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Frase do dia: Ciro Gomes

Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Charge do JCaesar: 05 de maio

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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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