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AO VIVO: Relator mantém condenação de Lula em 2 crimes. Veja o Placar.
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7 anos atrásem
Na foto de capa, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do processo de Lula no TRF4, vota pela condenação.
Placar até às 15:30 hs (DF).
O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), votou pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Para o magistrado, o ex-presidente era o real proprietário do apartamento oferecido pela construtora OAS. Conhecido por seu alinhamento com o juiz Sergio Moro, que condenou Lula em primeiro grau, o posicionamento já era esperado. Dos três magistrados que compõem a 8ª Turma, ele é considerado o mais duro.
Ele também elevou a pena para 12 anos e um mês de prisão – 8 anos e 4 meses por corrupção e 3 anos e 9 meses por lavagem de dinheiro. Moro havia sentenciado Lula a nove anos e seis meses de prisão. A pena, conforme o desembargador federal, deve começar a ser cumprida após o esgotamento dos recursos no tribunal.
O relator do processo no TRF4 disse que a OAS “pagava propina a dirigentes da Petrobras e destinava partes dos recursos ao Partido dos Trabalhadores, utilizando uma conta corrente informal”. Gebran entendeu que, no caso do tríplex, existe “correlação” entre as propinas pagas ao PT e ao ex-presidente Lula.
“Há prova acima do razoável de que o ex-presidente foi um dos articuladores, senão o principal, do esquema de corrupção. No mínimo, tinha ciência e dava suporte ao esquema de corrupção na estatal, com destinação de boa parte da propina a campanhas políticas”, afirma. Ele relata crimes de corrupção cometidos em benefício do PT e citou delatores como o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e o operador de propinas Fernando Baiano.
O desembargador tem o mesmo entendimento de Moro a respeito das reformas no tríplex 164-A do Condomínio Solaris. Para ele, as obras indicam que o imóvel estava sendo personalizado a clientes específicos, no caso, Lula e Marisa Letícia. “Não é crível que a construtora canalizasse tantos recursos apenas para tornar o imóvel mais atrativo. Os valores, inclusive, extrapolam o valor do imóvel. Há [nas obras] características de personalização”, disse o desembargador federal. Ainda conforme João Pedro Gebran, a empreiteira, que manteve o imóvel registrado em seu nome, funcionou como “laranja” de Lula na posse do tríplex.
Ao determinar o aumento da pena de Lula, Gebran Neto considerou que a culpabilidade do petista no processo é “extremamente elevada” por se tratar de um ex-presidente da República. “Infelizmente, está sendo condenado um ex-presidente da República, mas que cometeu crime e compactou com tantos outros”, disse o desembargador. Para ele, “não está em jogo só o patrimônio da Petrobras, mas o Estado democrático de Direito”, já que o dinheiro desviado da estatal petrolífera a partidos políticos “foi utilizado para deturpar o sistema eleitoral”.
Desde o início de sua manifestação, Gebran Neto deu indicativos sobre seu posicionamento. Em um voto de mais de 400 páginas, o desembargador federal rejeitou todas as questões preliminares apresentadas pela defesa do petista e dos demais acusados. Na lista de contestações estavam, entre outras, a quebra do sigilo telefônico do advogado Roberto Teixeira; prejuízos na produção de provas; o veto a testemunhas propostas pela defesa e a dosimetria da pena imposta pelo juiz Sergio Moro.
Sobre o uso de delações premiadas na condenação, algo contestado pela defesa de Lula, Gebran entendeu que os depoimentos de delatores são válidos nos processos, desde que acompanhem e sejam compatíveis com provas apresentadas. “Muitos confessaram a prática desses fatos, porque é impossível dizer que isso não ocorreu na Petrobras, é extremamente mendaz dizer que não ocorreu o clube de empreiteiras, que não houve pagamento de agentes políticos, lavadores de dinheiro e funcionários, isso me parece extreme de qualquer duvida. Dentro desse contexto temos que analisar o que está nos autos.”
Além de Lula, João Pedro Gebran Neto também alterou as penas impostas a Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e o ex-executivo da empreiteira Agenor Franklin Magalhães Medeiros, e manteve absolvições nos casos do tríplex e do armazenamento do acervo presidencial de Lula. Veja abaixo como Gebran Neto definiu as penas:
Lula: 12 anos e 1 mês, 280 dias-multa, regime fechado;
Léo Pinheiro: 3 anos e 6 meses e 20 dias, 70 dias-multa, regime semiaberto;
Agenor Franklin Magalhães Medeiros: 1 ano, 10 meses e 7 dias, 43 dias-multa, regime aberto;
Fábio Hori Yonamine (ex-presidente da OAS Empreendimentos): absolvição mantida no caso tríplex;
Roberto Moreira (ex-executivo da OAS Empreendimentos): absolvição mantida no caso tríplex;
Paulo Gordilho (ex-engenheiro da OAS): absolvição mantida no caso tríplex;
Armazenamento do acervo presidencial: absolvições mantidas para Lula, Paulo Okamotto e Léo Pinheiro.
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CCJ da Câmara aprova PEC de Oriovisto que limita p…
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9 de outubro de 2024 Pedro Pupulim
A Comissão de Constituição e Justiça aprovou, nesta quarta, uma Proposta de Emenda à Constituição apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) — já aprovada no Senado –, que limita os poderes de ministros do STF. Aprovado com 39 votos favoráveis e 18 contrários, o texto impede que decisões colegiadas do Supremo sejam invalidadas por decisões monocráticas, ou seja, de apenas um dos magistrados.
Presidente da comissão, a deputada Caroline De Toni (PL) exaltou o resultado da votação e criticou a visão do campo da esquerda sobre o tema.
“Essa é uma vitória para a democracia e para todos os cidadãos brasileiros. A proposta não visa apequenar, extinguir ou limitar poderes do judiciário, como a esquerda insiste em afirmar. Pelo contrário, visa restabelecer a harmonia dos Poderes no Brasil, que está comprometida há muitos anos”, afirmou.
A definição, segundo De Toni, garante maior segurança jurídica às decisões da Corte.
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A carta na manga do Supremo contra pautas anti-STF
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9 de outubro de 2024 Marcela Rahal
Ministros do Supremo Tribunal Federal apostam em uma solução alternativa para barrar com as pautas que tramitam no Congresso que limitam os poderes da Suprema Corte. Nesta quarta-feira, 9, a CCJ da Câmara aprovou uma PEC que restringe decisões monocráticas no STF.
No mês passado, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) entrou com uma ação que pede a interrupção do andamento da proposta na Casa. O argumento é que o projeto fere a cláusula pétrea da Constituição, que determina a independência entre os Poderes e que, portanto, não pode ser alterada.
Ainda tem algumas etapas antes que a PEC passe a valer. Falta passar por uma comissão especial e depois ser aprovada em dois turnos com, no mínimo, 308 votos favoráveis em cada votação.
O relator responsável pelo mandado de segurança contra a proposta é o ministro Kássio Nunes Marques, indicado pelo ex-presidente, mas que tem tentado se afastar do bolsonarismo.
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As propostas de Tabata que Boulos decidiu assumir…
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3 horas atrásem
9 de outubro de 2024 Pedro Pupulim
O candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), anunciou nesta quarta-feira que sua campanha irá incorporar três propostas antes vinculadas à deputada federal e ex-candidata Tabata Amaral (PSB), que não recebeu votos suficientes para alcançar o segundo turno do pleito.
As propostas que Boulos decidiu trazer para sua campanha são a do “Jovem Empreendedor”, programa que visa incentivar financeiramente jovens entre 18 e 29 anos a empreender, a do programa “RAMPA”, que dá suporte para as mães de crianças autistas, e a da criação de um polo tecnológico na Zona Leste da capital, com o objetivo de fomentar a pesquisa e a criação de empregos na região.
O candidato do PSOL agradeceu o apoio de Tabata para a disputa do segundo turno contra o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que acontece no próximo dia 27.
“Tenho o maior respeito por ela e sou grato pelo apoio que ela me deu. A Tabata decidiu nos apoiar por convicção, diferente do outro lado, onde é tudo politicagem”, disse Boulos.
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