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Reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU convocada em meio à pressão sobre Israel para permitir a entrada de ajuda em Gaza | Gaza

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Patrick Wintour Diplomatic editor

O Reino Unido, a França e a Argélia convocaram uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, no meio de uma pressão crescente sobre Israel para responder a um aviso dos EUA de que cortaria parcialmente a assistência militar, a menos que a ajuda humanitária fosse autorizada a fluir sem impedimentos para Gaza no prazo de 30 dias.

Numa reviravolta no fim de semana, depois de meses de recusa em usar o fornecimento de armas dos EUA como alavanca sobre Israel, Washington procurou compromissos para abrir passagens de fronteira que têm sido mantidas fechadas desde o início do mês. As agências de ajuda da ONU alertaram que os palestinos famintos estavam tão desesperados que vasculhavam os escombros em busca de comida e dinheiro.

O secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Lammy, disse: “A situação humanitária no norte Gaza é terrível, com o acesso aos serviços básicos a piorar e a ONU a relatar que quase nenhum alimento entrou nas últimas duas semanas. Israel deve garantir que os civis sejam protegidos e garantir que as rotas estejam abertas para permitir a passagem de ajuda vital.”

A exigência de acção, que foi apresentada como um requisito legal para que Washington cumpra as suas próprias leis internas, surge em meio a sinais de que a posição vacilante dos EUA está a ser motivada por preocupações sobre a perda de apoio fundamental de Kamala Harris nas eleições presidenciais dos EUA. No entanto, o prazo de 30 dias que Israel deve cumprir chega após a votação de 5 de Novembro.

A pressão passada dos EUA sobre o fornecimento de ajuda a Gaza normalmente levou Israel a levantar os bloqueios, mas posteriormente reverteu para controlos burocráticos mais rigorosos e bem documentados sobre a ajuda, uma vez aliviadas as pressões diplomáticas.

Um oficial sênior do Estado-Maior israelense reagiu com cautela à pressão dos EUA na terça-feira, dizendo: “Recebemos ordens apenas do chefe do Estado-Maior e as repassamos aos comandantes divisionais. Não há fome da população aqui para evacuá-la. Sem chance.”

Nos últimos dois dias, acrescentou, as FDI tomaram medidas incomuns para trazer comboios de caminhões para Jabalya, apesar dos combates. “Não mudou muita coisa na rotina da ajuda humanitária”, disse ele. “As decisões e os planos são feitos apenas com base no planejamento operacional.”

Os EUA exigem a entrada de pelo menos 350 camiões de ajuda em Gaza todos os dias através das quatro principais passagens controladas pelas FDI. Exige também pausas adequadas nos combates para permitir o fluxo da ajuda, e compromissos escritos de que Israel não pretende fazer passar fome e expulsar os palestinianos do norte de Gaza. A carta enviada ao ministro da Defesa, Yoav Gallant, e ao ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, e assinada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e pelo seu secretário da Defesa, Lloyd Austin, insistia que tinha havido uma redução recente na a quantidade de ajuda que entra na faixa.

O COGAT, o órgão militar israelense que supervisiona a distribuição de ajuda em Gaza, postou nas redes sociais na quarta-feira que 50 caminhões transportando ajuda humanitária – incluindo alimentos, água, suprimentos médicos e equipamentos de abrigo fornecidos pela Jordânia – foram transferidos para o norte de Gaza através da passagem da Ponte Allenby. e a travessia Erez West. Acrescentou que 145 camiões de ajuda humanitária entraram em Gaza através das passagens de Kerem Shalom e Erez.

Em Março, Israel deu aos EUA um compromisso escrito de ajuda em resposta a um Memorando de Segurança Nacional (NSM) emitido por Joe Biden. O memorando aplica-se a todos os beneficiários da assistência de segurança dos EUA.

Mas a carta enviada por Blinken e Austin dizia que as entregas de ajuda caíram mais de 50% desde março.

Eles disseram que a quantidade de ajuda que entrou em Gaza em Setembro foi a mais baixa de qualquer mês do ano passado, números que foram confirmados numa reunião do Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira passada.

A carta também sinalizou uma defesa incomum da agência de ajuda humanitária palestina da ONU, Unrwa, dizendo que as restrições à organização propostas pelo governo israelense “devastariam a resposta humanitária de Gaza neste momento crítico e negariam serviços educacionais e sociais vitais a dezenas de milhares de pessoas”. Palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, o que poderia ter implicações sob a legislação e política relevantes dos EUA.”

Como parte de uma lei aprovada no início deste ano, os EUA estão proibidos de financiar a Unrwa até Março de 2025, embora a Casa Branca tenha dito no mês passado que apoiava a restauração dessa ajuda “com as salvaguardas apropriadas”.

A carta dos EUA não faz qualquer referência à alegação de que Israel está a violar sucessivas ordens internacionais do Tribunal de Justiça que exigem uma mudança radical no fluxo de ajuda.

A diligência sinaliza como os EUA estão a oferecer níveis contrastantes de apoio nos três teatros de guerra em que Israel opera e, no processo, corre o risco de enviar mensagens contraditórias que podem reflectir divisões dentro da administração dos EUA.

Em Líbanoos EUA apoiaram os apelos em Setembro para um cessar-fogo de 21 dias, mas depois, na sequência do assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, pareceram dar luz verde à ofensiva aérea e terrestre de Israel. Mas na terça-feira, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse que Washington “deixou claro que nos opomos à campanha da forma como a vimos ser conduzida nas últimas semanas”.

Os EUA também apoiam os aliados europeus irritados com a insistência do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para que a força internacional de manutenção da paz Unifil deixe os seus postos no sul do Líbano para evitar ser apanhada no fogo cruzado entre Israel e o Hezbollah. A primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, visitará os comandantes das tropas italianas no Líbano na sexta-feira para confirmar que a Itália se opõe à retirada das forças da Unifil face às ameaças israelitas.

Perante um esperado ataque israelita ao Irão, visto como uma represália aos ataques de Teerão a Israel no início deste mês, os EUA estão a enviar um sistema de defesa aérea para complementar a capacidade de Israel de se proteger de um ataque com mísseis balísticos. O fornecimento do sistema de mísseis Thad faz parte de um acordo destinado a garantir que Israel se abstém de atingir alvos económicos e nucleares iranianos, uma autocontenção induzida que poderá persuadir o Irão, por sua vez, a não organizar novas retaliações, o que poderia aproximar toda a região. para uma guerra total.



Leia Mais: The Guardian

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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