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Rio: 156 pessoas foram baleadas no transporte público desde 2016
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Rafael Cardoso – Repórter da Agência Brasil
Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado mostra que pelo menos 156 pessoas foram baleadas no transporte público na região metropolitana do Rio de Janeiro nos últimos oito anos. Desse total, 56 morreram e 100 ficaram feridas. Somente em 2024, foram 14 pessoas atingidas nessas condições.
“Esses números passam a mensagem de perigo iminente para quem circula na região metropolitana do Rio de Janeiro. Presenciamos, dia após dia, tiroteios em operações policiais e em disputas entre facções criminosas. E, a qualquer momento, esses tiros podem resultar em vítimas. Traz uma sensação de insegurança contínua, porque, independentemente de onde você circula, se está saindo cedo ou tarde, pode ser alvo da violência armada. Isso por conta da dinâmica que a segurança opera no Rio. Uma lógica bélica, de confronto e disputa por territórios”, disse Carlos Nhanga, coordenador do Instituto Fogo Cruzado no Rio de Janeiro.
O caso mais recente foi o do passageiro que estava em um ônibus na Linha Amarela, altura do bairro de Pilares, Zona Norte do Rio, durante operação policial na região no dia 30 de outubro. Também emblemático foi o caso da operação policial no chamado Complexo de Israel, Zona Norte, que terminou com três pessoas mortas e duas feridas. Todas estavam em veículos que passavam por vias próximas ao local. Um dos mortos estava em um ônibus.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-10/sobe-para-tres-numero-de-mortos-apos-acao-policial-no-rio
O estudo também indica que, das 156 vítimas nos últimos oito anos, 40 foram atingidas em meio a ações policiais: 12 morreram e 28 ficaram feridas.
“O impacto nas favelas já é motivo suficiente para questionar a efetividade dessas operações. Se você entra em um lugar onde moram e circulam milhares de pessoas para uma operação, você está assumindo o risco de colocar essas pessoas na linha de tiro. E o segundo ponto é que o tiroteio repercute para além das favelas, como nas vias próximas. E são diversos serviços públicos que são afetados por essas operações”, disse Nhanga.
O Fogo Cruzado mapeou os números de baleados dentro do transporte público desde 2016:
● 2016: 6 baleados no transporte público – 3 mortos e 3 feridos
● 2017: 27 baleados no transporte público – 7 mortos e 20 feridos
● 2018: 30 baleados no transporte público – 10 mortos e 20 feridos
● 2019: 21 baleados no transporte público – 6 mortos e 15 feridos
● 2020: 20 baleados no transporte público – 10 mortos e 10 feridos
● 2021: 21 baleados no transporte público – 8 mortos e 13 feridos
● 2022: 9 baleados no transporte público – 3 mortos e 6 feridos
● 2023: 8 baleados no transporte público – 6 mortos e 2 feridos
● 2024: 14 baleados no transporte público – 3 mortos e 11 feridos
Balas perdidas
O passageiro atingido na última quarta-feira (30) foi a 93ª vítima de bala perdida na Região Metropolitana do Rio em 2024. Ou seja, não necessariamente em transporte público, como apresentado nos números anteriores. No total, 20 pessoas morreram e 73 ficaram feridas. Em 2023, neste mesmo período entre janeiro e 31 de outubro, foram 126 pessoas vítimas de balas perdidas: 41 morreram e 85 ficaram feridas.
“As pessoas que moram no Rio estão mais suscetíveis de serem vítimas de bala perdida no transporte, na rua, em casa, por conta dessa dinâmica do confronto. A Bahia, por exemplo, tem dinâmica parecida, mas não com tiroteios tão frequentes quanto no Rio. Aqui, você tem tiroteios todos os dias em diversas comunidades, envolvendo a polícia ou não”, conclui Nhanga.
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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre
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29 de novembro de 2025As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.
A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”
A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”
Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”
A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.
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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre
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27 de novembro de 2025Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.
Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.
O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.
“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.
Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.
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Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre
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27 de novembro de 2025Coordenadora geral da Rede Educanorte, a professora Fátima Matos, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacou que o seminário tem como objetivo avaliar as atividades realizadas no semestre e planejar os próximos passos. “A cada semestre, realizamos o seminário em um dos polos do programa. Aqui em Rio Branco, estamos conhecendo de perto a dinâmica do polo da Ufac, aproximando a gestão da Rede da reitoria local e permitindo que professores, coordenadores e alunos compartilhem experiências”, explicou. Para ela, cada edição contribui para consolidar o programa. “É uma forma de dizer à sociedade que temos um doutorado potente em Educação. Cada visita fortalece os polos e amplia o impacto do programa em nossas cidades e na região Norte.”
Durante a cerimônia, o professor Mark Clark Assen de Carvalho, coordenador do polo Rio Branco, reforçou o papel da Ufac na Rede. “Em 2022, nos credenciamos com sete docentes e passamos a ser um polo. Hoje somos dez professores, sendo dois do Campus Floresta, e temos 27 doutorandos em andamento e mais 13 aprovados no edital de 2025. Isso representa um avanço importante na qualificação de pesquisadores da região”, afirmou.
Mark Clark explicou ainda que o seminário é um espaço estratégico. “Esse encontro é uma prática da Rede, realizado semestralmente, para avaliação das atividades e planejamento do que será desenvolvido no próximo quadriênio. A nossa expectativa é ampliar o conceito na Avaliação Quadrienal da Capes, pois esse modelo de doutorado em rede é único no país e tem impacto relevante na formação docente da região norte”, pontuou.
Representando a reitora Guida Aquino, o diretor de pós-graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg), Lisandro Juno Soares, destacou o compromisso institucional com os programas em rede. “A Ufac tem se esforçado para estruturar tanto seus programas próprios quanto os consorciados. O Educanorte mostra que é possível, mesmo com limitações orçamentárias, fortalecer a pós-graduação, utilizando estratégias como captação de recursos por emendas parlamentares e parcerias com agências de fomento”, disse.
Lisandro também ressaltou os impactos sociais do programa. “Esses doutores e doutoras retornam às suas comunidades, fortalecem redes de ensino e inspiram novas gerações a seguir na pesquisa. É uma formação que também gera impacto social e econômico.”
A coordenadora regional da Rede Educanorte, professora Ney Cristina Monteiro, da Universidade Federal do Pará (UFPA), lembrou o esforço coletivo na criação do programa e reforçou o protagonismo da região norte. “O PGEDA é hoje o maior programa de pós-graduação da UFPA em número de docentes e discentes. Desde 2020, já formamos mais de 100 doutores. É um orgulho fazer parte dessa rede, que nasceu de uma mobilização conjunta das universidades amazônicas e que precisa ser fortalecida com melhores condições de funcionamento”, afirmou.
Participou também da mesa de abertura o vice-reitor da Ufac, Josimar Batista Ferreira.
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