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roteirista comenta desafios de expandir o universo de Frank Herbert
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Série da Max se passa milênios antes dos filmes de Denis Villeneuve; último episódio da temporada vai ao ar neste domingo, 22
‘Duna: A Profecia’ é exibida aos domingos na HBO
Foto: HBO/Divulgação / Estadão
Depois de inúmeras tentativas frustradas de adaptar a obra de Frank Herbert, a Warner parece ter descoberto a fórmula para levar Duna às telas. Com dois filmes de sucesso lançados em 2021 e 2024, a franquia agora se expandiu para a TV com Duna: A Profecia, série transmitida pela HBO e pela plataforma de streaming Max. A produção já está renovada para um segundo ano.
‘Duna: A Profecia’ é exibida aos domingos na HBO Foto: HBO/Divulgação / Estadão
Embora Duna tenha sido por anos considerada ‘inadaptável’, as suas influências na cultura pop são incontáveis. De Star Wars a Game of Thrones, passando por O Exterminador do Futuro e até pelos animes do Studio Ghibli, poucas são as ficções científicas que não beberam do trabalho de Herbert. Agora, os responsáveis por ampliar seu universo buscam conciliar a essência dele com a forma de introduzi-lo a novos espectadores.
“Acho que é uma questão de como trazer algo novo para os fãs de Duna, e também convidar pessoas que nunca tiveram contato com Duna antes para a série”, disse Alison Schapker, roteirista-chefe e produtora executiva de Duna: A Profecia, em entrevista ao Estadão. “Nós amamos explorar planetas que ninguém tinha visto, como Lankiveil ou Wallach IX, onde as irmãs estavam.”
Produtor-executivo da série, Jordan Goldberg também comemorou a exploração mais profunda da galáxia de Duna, mas admitiu que é necessário um equilíbrio para que a série não destoe da franquia. “O desafio é fazer o mesmo número de construções de mundo, que faça esses mundos parecerem reais, grandes e amplos. [Na série] não estamos em Arrakis, então estamos explorando diferentes planetas. Estamos em Wallach IX, estamos em Selusa Secundis, estamos em Caladan, em Lankiveil, estamos vendo diferentes lugares, encontrando novos personagens. Então temos que nos sentir como se a série pertencesse ao universo Duna. Ter essa estética, a estética que se encaixa no nosso figurino e no nosso design. Todas essas coisas são desafios, levam tempo, mas acho que conseguimos.”
Duna: A Profecia se passa milhares de anos antes dos eventos dos filmes, e é centrada na irmandade que seria conhecida como Bene Gesserit, um grupo de mulheres capazes de ver através das mais elaboradas mentiras, além de terem poderes de presciência e controle mental. Ao longo da série, suas membros influenciam jogos políticos para fortalecer seu poder dentro do império “Elas estão fazendo todos os tipos de coisas no Imperium que afetam o poder do Imperador, de maneiras que ele não sabe”, explicou Schapker. “Ele não sabe que elas também estão apoiando forças que estão trabalhando contra ele. Elas estão tentando impedir que o equilíbrio do poder penda para a tirania.”
Sem vilões ou mocinhos
Em Duna, poucos personagens se alinham na bússola moral de “bem” e “mal”. Intérprete do “vilão” Desmond Hart, Travis Fimmel elogiou a complexidade dos personagens de Duna: A Profecia. “Amo séries em que você ainda precisa descobrir de quem você quer ser amigo, quem você quer beijar, quem você quer matar. Eu aprecio a complexidade disso. Não tem um cara bom ou um cara ruim.”
“Às vezes [Desmond] faz coisas heroicas, às vezes vilanescas”, complementa Goldberg. “E o mesmo pode ser dito sobre essa rebelião. Às vezes ela faz coisas heroicas, às vezes vilanescas. Às vezes, ela é controlado por outra entidade.”
“E eu acho que ele entende isso também”, seguiu, “porque a Irmandade está um pouco misturada com a rebelião. É real ou não real? E eu acho que ele tem que descobrir essas coisas. E esse processo de descoberta muda o Desmond ao longo da história.”
“É muito divertido escrever uma série política e também com pessoas que estão lutando por poder. E todos acreditam que eles são os únicos que devem ter o destino do Imperium em suas mãos”, opinou Schapker. “Eu tento muito apenas me afastar de qualquer um dos personagens e deixá-los agir do seu lugar de desejo. E é assim que eu tento tornar isso orgânico para a história.”
O último episódio da primeira temporada de Duna: A Profecia será exibido na Max e na HBO neste domingo, 22.
‘Duna: A Profecia’ não tem ‘um cara bom e um cara ruim’, disse o ator Travis Fimmel Foto: HBO/Divulgação / Estadão
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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