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Saiba quem são os investigados no caso de órgãos com HIV – 15/10/2024 – Equilíbrio e Saúde

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Aléxia Sousa

A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou nesta segunda-feira (14) uma operação para investigar o laboratório PCS Saleme, apontado como responsável pela emissão dos laudos com resultados falsos que resultaram em transplantes de órgãos infectados com HIV em seis pacientes.

Entre os principais investigados estão o médico ginecologista Walter Vieira, sócio do laboratório, e Ivanilson Fernandes dos Santos, responsável técnico pelos laudos, ambos presos nesta segunda, sob a suspeita de envolvimento na fraude.

Segundo a polícia, o técnico de laboratório Cleber de Oliveira Santos e a técnica em patologia clínica Jacqueline Iris Bacellar de Assis são considerados foragidos.

Os investigados respondem a acusações como falsidade ideológica, falsificação de documentos, infrações sanitárias, crimes contra as relações de consumo e associação criminosa.

Um dos principais alvos, Walter Vieira, 61, teria assinado os exames dos órgãos do primeiro doador. Ele era presidente do Comitê Gestor de Vigilância e Análise do Óbito Materno Infantil e Fetal do município de Nova Iguaçu. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde da cidade, o médico exercia o cargo de forma não remunerada e foi afastado da função na sexta-feira (11), após a repercussão do caso.

Walter é casado com a tia do deputado federal e ex-secretário de Saúde do Rio Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, o Doutor Luizinho, atual líder do PP (Progressistas) na Câmara dos Deputados. O parlamentar foi secretário de saúde entre janeiro e setembro de 2023.

Embora Doutor Luizinho não esteja mais no cargo, ele ocupava a posição de secretário durante o processo de contratação do laboratório pelo governo do Estado do Rio. Em nota, o deputado afirmou que espera que o caso seja investigado de forma rápida e que os culpados sejam punidos “exemplarmente”.

Dono do PCS Saleme, Walter Vieira é pai de Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, sócio-diretor da empresa, e primo de Luizinho.

Segundo a polícia, Matheus não foi alvo de mandado de prisão na operação porque os alvos desta segunda “estavam relacionados à cadeia de elaboração dos laudos”. Ele prestou depoimento e foi liberado.

O laboratório afirmou, em nota no domingo (13), que os resultados preliminares de uma investigação interna indicam que um erro humano levou à infecção com o vírus HIV das seis pessoas que receberam transplantes de órgãos no estado do Rio de Janeiro.

Os advogados que representam o PCS Saleme informaram que os sócios da empresa “prestarão todos os esclarecimentos à Justiça”.

A defesa de Walter e Matheus disse ainda repudiar a “suposta existência de um esquema criminoso para forjar laudos dentro do laboratório, uma empresa que atua no mercado há mais de 50 anos”.

A Patologia Clínica Doutor Saleme LTDA foi fundada em setembro de 2005 pelo médico Walter Vieira e as irmãs Márcia e Eliane Vieira. Ambas também são citadas no processo de investigação.

Os serviços de laboratório clínico foram incluídos em 2021, quando Eliane transferiu sua participação na empresa para seu sobrinho Matheus.

Além da sede em Nova Iguaçu (interditada desde a semana passada), o laboratório possuía uma filial em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense. Cada unidade contava com cerca de 20 funcionários.

A Folha mostrou que ao menos 17 hospitais públicos são atendidos pelo laboratório investigado.

Técnico do PCS Saleme, Ivanildo Fernandes dos Santos, 61, foi preso nesta segunda sob suspeita de envolvimento na emissão de laudos fraudulentos. Ele era responsável por fazer a análise clínica no material que chegava da Central Estadual de Transplantes, e teria assinado o laudo que atestou a segurança dos órgãos transplantados.

Até o ano passado, tinha um cargo de técnico em patologia clínica na Secretaria Estadual de Saúde. Também foi dirigente do serviço público na Fundação Saúde, além de ter atuado como técnico em, pelo menos, oito unidades de saúde particulares.

A defesa de Santos disse que só irá se posicionar após ter conhecimento do inquérito.

Outro investigado é Cleber de Oliveira dos Santos, que, segundo a investigação, tinha a mesma função de realizar a análise clínica dos órgãos. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele, que está foragido.

A polícia também procura pela Jacqueline Iris Bacellar de Assis, 36, que teria assinado laudos no laboratório PSC Saleme, de acordo com a investigação.

Em entrevista à Folha antes de ser declarada foragida, a profissional disse que começou a trabalhar no local como supervisora administrativa em outubro de 2023 e que não assinava laudos. Segundo ela, seu nome estaria sendo usado como “laranja”. O advogado de Jacqueline, José Félix, afirmou, no entanto, que ela vai se entregar.

Nesta segunda-feira (14), a Polícia Civil informou que o PCS Saleme operava com redução do controle de qualidade para obter lucro.

Segundo o delegado André Neves, houve uma determinação para que a análise dos reagentes, que deveria ser diária, passasse a ser semanal. “Assim, diminuíram o controle e assumiram, com essa lacuna, a chance de ter uma falha”, disse. A suspeita é de que o grupo tenha falsificado laudos também em outros casos.

Na ação desta segunda, a Polícia Civil cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão na cidade do Rio de Janeiro e em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Em outra frente, o MPRJ (Ministério Público do Rio) abriu investigação sobre a contratação do PCS Lab Saleme pelo governo do estado. A Polícia Federal também investiga o caso.



Leia Mais: Folha

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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.

“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.

Agosto Lilás



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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.

O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.

Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”

O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”

A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”

A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”

O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.

Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.



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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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