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Seja corajoso e imponha imposto mínimo aos bilionários do mundo, pede ministro espanhol | Os super-ricos

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7 meses atrásem
Juliette Garside
O ministro da Economia de Espanha apelou aos países mais ricos do mundo para “serem corajosos” e redobrarem esforços para chegarem a um acordo sobre um imposto mínimo global para os 3.000 bilionários do mundo, dizendo que as recentes eleições mostraram que os cidadãos estão a exigir “redistribuição da riqueza”.
Falando durante uma visita a Londres antes da reunião dos líderes do G20 no Rio de Janeiro na segunda-feira, Carlos Cuerpo disse o plano ganhou impulso político desde o Verão, quando ministros das finanças concordaram trabalhar em conjunto para “garantir que os indivíduos com património líquido extremamente elevado sejam efetivamente tributados”.
O Brasil, que apoia propostas para arrecadar cerca de US$ 250 bilhões por ano dos bilionários do mundo, garantindo que eles paguem impostos equivalentes a pelo menos 2% sobre seus ativos, deverá pressionar por negociações formais sobre impostos globais sobre a riqueza quando sediar a Cúpula Climática do próximo ano. . A França, a Alemanha e a África do Sul manifestaram o seu apoio, dizendo que o dinheiro é necessário para ajudar as nações vulneráveis ao clima e impulsionar o investimento verde.
“Há um momento em que você tem que ser corajoso e apenas fazer coisas que você está convencido de que são certas”, disse Cuerpo. “Há aqui um elemento de redistribuição de riqueza que, se ouvirmos atentamente os resultados de muitas das eleições que tiveram lugar nos últimos anos, que tem sido exigido pelos nossos cidadãos, pela nossa população. Portanto, temos que responder de alguma forma a isso.”
Cuerpo, economista que liderou o Tesouro espanhol antes de entrar no governo em dezembro passado, foi nomeado ministro independente para supervisionar a economia, o comércio e os negócios pelo primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez.
A preocupação em Espanha com a crise climática atingiu novos patamares depois das cheias repentinas em Valência este mês terem causado mais de 200 mortes e danos extensos em habitações e infra-estruturas. Entre os países da UE, a Espanha está no extremo das alterações climáticas. Barcelona, a segunda maior cidade do país, está a correr para construir centrais de dessalinização, a fim de garantir o abastecimento futuro de água durante as secas.
Apesar dos estragos causados pelas mudanças nos padrões climáticos, a economia espanhola está em expansão, com o Fundo Monetário Internacional a prever que terá crescido 2,9% este ano civil – mais rápido do que todas as economias do G7, incluindo os EUA. A recuperação deve-se em parte ao turismo, que regressou com força após a pandemia, trazendo as suas próprias complicações com a sobrelotação e a pressão sobre o abastecimento de água e outros recursos.
Mas Cuerpo afirmou que as energias renováveis e outros projetos de investimento verdes fazem parte do motor do crescimento. A Espanha recebeu 160 mil milhões de euros em empréstimos e subvenções da UE para recuperar da Covid e desviou uma parte do dinheiro para a descarbonização. Um terço de sua eletricidade no ano passado veio de energia eólica e solar. “Investir em energias renováveis em Espanha é um factor que está a impulsionar a nossa competitividade”, disse Cuerpo.
Outra medida pós-Covid foi restringir o imposto nacional sobre a riqueza. O sistema em vigor remonta a 2011, após a crise financeira, e aplica-se àqueles com mais de 700.000 euros em activos. Em 2022, o governo Sánchez fechou lacunas para que Madrid e outros governos regionais não pudessem mais optar pela exclusão.
Embora Rachel Reeves, a chanceler do Reino Unido, tenha sido criticada por não ter feito nenhuma menção aos impostos sobre a riqueza no seu primeiro orçamento no mês passado, fora da Grã-Bretanha a ideia está a ganhar apoio. A Assemblée Nationale de França votou, em 25 de Outubro, a favor de uma taxa anual de 2% sobre aqueles com activos avaliados em mais de mil milhões de euros. Embora a medida tenha sido contestada pelo governo e possa não sobreviver às complexas negociações orçamentais, foi apoiada pela maioria do parlamento.
Durante a Covid, os cinco homens mais ricos do mundo duplicaram a sua riqueza. A campanha bem sucedida de Donald Trump para se tornar o próximo presidente dos EUA, com um mandato para cortar impostos e desregulamentar, fez com que a sua fortuna aumentasse ainda mais. Segundo pesquisa do economista pioneiro Gabriel Zucman, bilionários pagam em média 0,3% de imposto sobre sua riqueza – uma fração das taxas pagas pelos trabalhadores.
Zucman é o arquiteto do esquema global de imposto sobre a riqueza promovido por Cuerpo e seus aliados no Brasil e em outros lugares. Baseia-se na taxa mínima de imposto de 15% imposta às multinacionais a partir deste ano e agora adoptada por mais de 50 países. Os defensores disseram que não é necessário que todos os países se inscrevam para que a ideia saia do papel. Se os multimilionários se deslocassem para paraísos fiscais, por exemplo, os seus países de origem poderiam impor impostos de saída.
Em Julho, os líderes financeiros de todos os G20 O país concordou em “envolver-se de forma cooperativa para garantir que os indivíduos com património líquido ultra-elevado sejam efectivamente tributados”. Quando os líderes das 20 nações mais ricas se reunirem no Brasil esta semana, eles serão solicitados a confirmar esse compromisso.
Cuerpo disse que pressionaria para colocar o plano na agenda da cúpula de financiamento do desenvolvimento da ONU em Sevilha, no próximo verão, e trabalharia em estreita colaboração com o Brasil para garantir que as discussões sejam coordenadas com os preparativos para a Cop30.
Para os governos que procuram uma tributação mais igualitária, a cobertura aérea política de um acordo internacional poderia ser uma opção mais fácil do que entrar em conflito com os seus cidadãos mais poderosos e exércitos de lobistas bem pagos. “Quanto maior for a coordenação ou maior for a coordenação, mais fácil será a sua implementação”, disse Cuerpo. “Minimiza os custos de capital político”.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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