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Seminário discute Educação Especial inclusiva e os desafios para superar o capacitismo no Acre

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Clícia Araújo

A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) realiza nesta segunda-feira, 13, o Seminário de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva: Desafios para Superação do Capacitismo. O evento acontece no auditório do Centro Universitário Uninorte, em Rio Branco, e busca fomentar reflexões sobre a construção de uma escola inclusiva e equitativa.

Oficinas e debates promovem reflexões sobre a importância de combater o capacitismo nas escolsa acreanas. Foto: Mardilson Gomes/SEE

O seminário tem como objetivo ampliar o debate sobre a valorização das diferenças e singularidades dos indivíduos, promovendo a socialização de conhecimentos e práticas educativas que contribuam para combater o capacitismo. Destinado às equipes gestoras e coordenadores pedagógicos da rede estadual de ensino, o evento conta também com a participação de representantes das regionais dos municípios acreanos, reforçando a capilaridade das discussões em todo o estado.

A abordagem do capacitismo como barreira estrutural no ambiente escolar evidencia a necessidade de ações concretas para garantir uma educação acessível e de qualidade. Segundo Jekson Alencar, representante do Núcleo da SEE em Santa Rosa do Purus, o evento é uma oportunidade de aprendizado e troca de experiências que impactam diretamente o trabalho nos municípios.

Gestores e coordenadores pedagógicos debatem caminhos para fortalecer a Educação Especial em todo o estado. Foto: Mardilson Gomes/SEE

“A gente não tem toda a visão que há aqui na capital. Vamos levar essa experiência para o nosso município, retransmitindo conhecimentos aos alunos que necessitam de educação especial, trabalhando de forma a evitar o capacitismo”, destacou.

Além de reconhecer e valorizar a diversidade, o seminário promove perspectivas pedagógicas que buscam superar barreiras e preconceitos. Hadhiane Peres, chefe do Departamento de Educação Especial da SEE, destacou a relevância do tema.

Secretário Aberson Carvalho destaca o papel dos professores especializados no atendimento educacional inclusivo. Foto: Mardilson Gomes/SEE

“Capacitismo é um tema relativamente recente. Muitas pessoas nem conhecem esse termo, mas as pessoas com deficiência vivenciam isso diariamente. Precisamos debater para refletir sobre nossas posturas na sociedade, até mesmo sobre frases ofensivas que não sabemos que são ofensivas”, explicou.

Programação diversificada e formativa

O evento é promovido pelo Departamento de Educação Especial, por meio da Divisão de Formação Especializada Continuada, e oferece palestras, mesas-redondas, oficinas e apresentações culturais. Entre os temas abordados estão:

Capacitismo: práticas de discriminação e preconceito não cabem mais nas escolas inclusivas, com o promotor de justiça Daissom Gomes Teles.

Proteção na Escola: Orientações sobre violência no contexto escolar, com o psicólogo Ocimar Leitão Mendes, chefe da Divisão de Psicologia Escolar Educacional.

Hadhiane Peres, chefe do Departamento de Educação Especial, enfatiza a importância de discutir o capacitismo e refletir sobre posturas sociais que impactam a inclusão. Foto: Mardislon Gomes/SEE

O seminário reforça o compromisso do Acre com uma educação inclusiva. Segundo Aberson Carvalho, secretário de Estado de Educação, o estado é referência nacional na área.

“Enquanto em muitos estados o professor de educação especial ainda tem formação de nível médio, no Acre temos profissionais com formação superior e especialização na área. Nas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE), o estudante é atendido por profissionais capacitados, garantindo a inclusão de qualidade”, afirmou o secretário.

O evento consolida-se como um espaço de formação continuada, fortalecendo a educação especial no estado e reafirmando a importância de práticas inclusivas que promovam o respeito às diferenças e a superação do capacitismo nas escolas.

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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