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COTIDIANO

Simples assim

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Os que me honram com a leitura de minhas opiniões, gentilmente publicadas no ac24horas, às quartas-feiras, já devem ter notado que evito a linguagem culta na construção dos textos.

Meu desafio é expor, sem a enrolação dos textos quilométricos e enfadonhos, aquilo que deduzo da realidade política e econômica do Acre e do Brasil.



Procedo assim para tentar atingir dois objetivos: o primeiro é “jogar” com a preguiça natural de leitura do povo, pois se o texto for muito “pesado” os leitores não passam para o segundo parágrafo; o outro, e para mim o mais importante, é que considero desnecessário recorrer a Voltaire ou a Montesquieu para fundamentar situações que podem muito bem ser ilustradas com a sabedoria dos ditados populares.

Creio que a linguagem mais direta fará o povo entender melhor a bagaceira deixada pelo governo anterior.
Nada contra a quem assim se expressa, mas a simplicidade é apenas o meu estilo. Dentro desse entendimento, digo que a herança maldita deixada pelo PT está fazendo o governador Gladson Cameli comer o pão que o diabo amassou.

O povo exige respostas imediatas para os inúmeros problemas deixados pelos 20 anos de descalabros petistas, mas a solução esbarra na falta de verba e a inquietação começa a esquentar as orelhas do governador.

O rombo orçamentário, de cerca de R$ 800 milhões, não é nada mais nada menos que contas penduradas no prego sem a correspondente previsão de receita para quitá-las.

De forma criminosa, e sob os olhos passivos dos órgãos de fiscalização, ao final do último ano de gestão petista, para maquiar a contabilidade, milhares de empenhos de bens e serviços adquiridos pelo poder executivo foram sumariamente anulados e passaram a ficar no limbo como se estes não existissem.

Isso significa dizer que, além de não receberem seus créditos, os fornecedores ainda terão de provar, novamente, que os bens e serviços foram entregues ou prestados. Embora tenham casado com as viúvas, governadores não costumam dar muita atenção a dívidas deixadas pelo “de cujus”.

E mais: além de estar com os braços atados pela escassez de verba e dívidas monstruosas, o novo governador ainda tem que conviver com as críticas daqueles que estão conseguindo enxergar um cisco no olho do outro. Essa gente não dá conta de enxergar a estaca fincada no seu próprio olho. Gente que nunca abriu a boca para protestar contra o PT, mas que, nesses quase 90 dias, se encheu até o talo de coragem para cobrar e para se autoproclamar o farol da moralidade e dos bons costumes.

Já escrevi aqui que todos podem e devem cobrar o novo governador, menos o PT.

É bem verdade que o novo governo já deu uma série de mancadas administrativas que feriram sua popularidade, mas, diga-se de passagem, nenhuma delas de ordem moral e ética que sirva para despertar qualquer sentimento nostálgico dos tempos petistas.

Diferentemente dos governos anteriores, que nadaram de braçadas em cima da carne seca, o atual recebeu o Estado mais quebrado que arroz de terceira.

Óbvio que os bons gestores se revelam nas crises e devem começar a trabalhar com as condições que dispõem no momento.

Entretanto, já se observa nesses 90 dias que alguns secretários já deveriam ter desocupado a moita. Em setores estratégicos devem ser alocadas pessoas com “tino” administrativo e executivo.

É fundamental que o gestor fale e o povo o escute com atenção.

Credibilidade também tem essa utilidade: dizer o que dá pra ser feito e o que não dá.

Ainda há tempo para corrigir os rumos e espero que o governador não deixe o cabresto escorregar de suas mãos.

ACRE

Mulher dá facada em namorado para se defender e bombeiros entram em área de difícil acesso para socorrê-lo no AC

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Polícia Civil informou que mulher deu facada no suspeito para se defender. Caso ocorreu no Seringal Novo Berlim, zona rural de Feijó, nesse domingo (21). Homem foi preso e liberado após pagar fiança.

Capa: Bombeiros percorreram 10 km de ramal para prestar primeiros socorros no suspeito — Foto Arquivo 9º Batalhão do Corpo de Bombeiros do Acre

Um homem, de 29 anos, levou uma facada na coxa esquerda após supostamente ter batido na namorada na tarde de domingo (21) na zona rural de Feijó, interior do Acre. Segundo a Polícia Civil, a mulher desferiu a facada em legítima defesa após apanhar do suspeito.

O suspeito teve uma hemorragia e precisou ser resgatado por bombeiros da cidade. A equipe de resgate percorreu dez quilômetros de ramal para chegar até o Seringal Novo Berlim, zona rural, para prestar os primeiros socorros e levar o homem para a cidade.

O resgate foi divulgado pelo 9º Batalhão do Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira (22). O irmão do homem ligou para a Polícia Militar (PM-AC) para pedir socorro. Com ajuda da PM-AC e de quadriciclos, as equipes foram até o seringal e estancaram o sangramento.

Suspeito foi socorrido por bombeiros e levado para hospital de Feijó — Foto: Arquivo/9º Batalhão do Corpo de Bombeiros do Acre

Suspeito foi socorrido por bombeiros e levado para hospital de Feijó — Foto: Arquivo/9º Batalhão do Corpo de Bombeiros do Acre

O rapaz foi colocado em cima de um dos quadriciclos e levado para o Hospital Geral de Feijó. Após o atendimento médico, o homem foi preso por violência doméstica, pagou fiança e foi liberado.

A mulher foi ouvida e pediu medida protetiva contra o suspeito.

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BRASIL

Com 29%, região Norte tem o maior percentual de trabalhadores em regime de home office do país

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Levantamento encomendado por plataforma imobiliária aponta ainda que, se forem considerados trabalhadores em regime híbrido, percentual sobe para 33%.

capa: Norte também tem maior percentual de trabalhadores que mudariam de emprego se fossem obrigados a trabalhar presencialmente — Foto: Getty Images via BBC.

A expressão do idioma inglês home-office passou a fazer parte do vocabulário de muitos trabalhadores brasileiros especialmente durante a pandemia de Covid-19, quando foi preciso reduzir a aglomeração de pessoas em locais fechados. Com o fim da maior parte das restrições para evitar o contágio pela doença, a maioria voltou aos tradicionais escritórios para o trabalho presencial. A maioria, mas não todos.

Uma pesquisa apontou que Rio Branco, Belém, Boa Vista, Macapá, Manaus, Palmas e Porto Velho, capitais da região Norte, ainda têm 29% dos trabalhadores mantém exclusivamente o regime de trabalho remoto. O índice, segundo a pesquisa, é o maior do país.

O levantamento encomendado pela plataforma imobiliária QuintoAndar mostra ainda que, se considerados os trabalhadores que aderiram ao regime híbrido, o percentual sobe para 33%. Nesse esquema, os funcionários dividem os dias entre o trabalho presencial e remoto.

“Esse é o maior percentual entre as regiões. E mostra que, apesar de as empresas estarem optando por voltar paulatinamente ao presencial, há muito mais flexibilidade e mais compreensão por parte delas dessa nova dinâmica, onde a casa tem um novo significado”, ressalta o gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis.

Ainda segundo a pesquisa, 57% dos trabalhadores ouvidos são funcionários de empresas menores, com até nove funcionários. Segundo a plataforma, essas empresas costumam ter mais trabalhadores em regimes não presenciais.

159 pessoas foram ouvidas no Norte do país. Os números também mostram que a segunda-feira é o dia em que mais pessoas costumam trabalhar em casa na região: 32% dos entrevistados. Por outro lado, a quarta-feira é o dia em que mais pessoas vão ao escritório, com 51%.

Questionados sobre a hipótese de serem obrigados a trabalhar exclusivamente no regime presencial, 47% dos trabalhadores afirmam que procurariam outro emprego caso fossem, o que também é o maior percentual entre as regiões, segundo a pesquisa.

“As pessoas criaram toda uma rotina de trabalho em casa. Algumas acharam um cantinho novo, outras deram o famoso ‘jeitinho brasileiro’ para conseguir continuar no home office. E a maioria, agora, não quer deixar isso para trás“, finaliza Reis.

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COTIDIANO

Mais de 100 animais de estimação ainda estão em abrigo no Parque de Exposições após enchente em Rio Branco

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São 84 cães e 35 gatos que continuam no abrigo que foi montado para famílias desabrigadas pela cheia. Departamento de Zoonoses diz que alguns animais aguardam seus tutores irem buscá-los.

Foto: Mais de 100 animais de estimação ainda estão em abrigo no Parque de Exposições após enchente em Rio Branco — Foto: Arquivo/Departamento de Zoonoses.

Mesmo com a vazante do Rio Acre, em Rio Branco, e muitas famílias que ficaram desabrigadas já retornando para suas casas, mais de 100 animais de estimação continuam no abrigo montado no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco. Segundo o Departamento de Zoonoses da capital, são 84 cães e 35 gatos que estão no local.

O gerente do departamento, Herbert Teixeira diz que muitas pessoas perderam tudo que tinham e, por isso, não conseguiram voltar para buscar seus bichinhos. Além disso, tem os animais que estavam abandonados nas áreas alagadas e foram levados ao abrigo. As equipes estão entrando em contato com os tutores para que comecem a retirar os pets.

“Temos vários gatos e cães que estamos aguardando ainda as pessoas virem buscar, algumas perderam casa, perderam tudo e essas não vão conseguir buscar mesmo, mas algumas a gente está ligando para arrumarem um meio de vir buscar e, se for o caso, estamos até entregando para elas. Devagar eles estão saindo, nesta quarta [19] saíram uns 8, e estamos com 120, juntando gato e cachorro”, disse o gerente.

São 84 cães e 35 gatos que continuam no abrigo que foi montado para atingidos pela enchente do Rio Acre — Foto: Arquivo/Departamento de Zoonoses

São 84 cães e 35 gatos que continuam no abrigo que foi montado para atingidos pela enchente do Rio Acre — Foto: Arquivo/Departamento de Zoonoses

Desde que o abrigo foi montado, o local já chegou a receber 687 animais de estimação, entre cães e gatos.

O local foi adaptado para receber os animais: ‘gatils’ para os gatos, e alojamentos para os cachorros. Eles são identificados, alimentados e recebem acompanhamento. Se a família tiver mais de um animal e que convivam bem, eles ficam juntos. Os que, porventura, foram abandonados e se encontram no abrigo, serão disponibilizados para adoção.

Enchente em Rio Branco

A capital acreana vivenciou a terceira maior enchente da história em 2023 e esta foi a mais rápida em termos de alcance de cotas históricas. O manancial chegou à marca de 17,72 metros no dia 2 de abril, são 3,72 metros acima da cota de transbordo, que é de 14 metros.

Pelo menos 75 mil pessoas foram atingidas, 42 bairros alagados e mais de 3,3 mil famílias que precisaram ser levadas a abrigos públicos. No total, mais de 15,4 mil moradores tiveram que deixar suas casas por conta da cheia do manancial. Além disso, 27 comunidades rurais estão isoladas, com 7,5 mil pessoas de mais de 1,8 mil famílias.

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