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Sobreviventes de tortura de Abu Ghraib vencem processo civil nos EUA e indenização de US$ 42 milhões | A Guerra do Iraque: 20 anos no noticiário

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7 meses atrásem
Um empreiteiro de defesa dos Estados Unidos deve pagar 42 milhões de dólares a três homens iraquianos que foram torturados na prisão de Abu Ghraib, decidiu um júri federal dos EUA.
A decisão de terça-feira encerra um Batalha legal de 15 anos sobre o papel do empreiteiro CACI, com sede na Virgínia, cujos funcionários civis trabalhavam nas instalações, nos atos de tortura que ali ocorreram.
Ao responsabilizar a empresa, o júri concedeu aos demandantes Suhail Al Shimari, Salah Al-Ejaili e Asa’ad Al-Zubae US$ 3 milhões cada em indenizações compensatórias e US$ 11 milhões cada em indenizações punitivas.
A decisão vem depois de um julgamento federal separado em maio terminou com um júri empatado.
‘Grande dia para a justiça’
Al Shimari, diretor de uma escola secundária, Al-Ejaili, jornalista, e Al-Zuba’e, vendedor de frutas, testemunharam que foram submetidos a espancamentos, abuso sexual, nudez forçada e outros tratamentos cruéis em Abu Ghraib.
Embora não tenham alegado que os próprios interrogadores do CACI infligiram explicitamente o abuso, argumentaram que o CACI era cúmplice porque os seus interrogadores conspiraram com a polícia militar para “amolecer” os detidos para interrogatório com tratamento severo.
As provas incluíam relatórios de dois generais reformados do Exército dos EUA, que documentaram o abuso e concluíram que vários interrogadores do CACI eram cúmplices do abuso.
A maior parte dos abusos ocorreu no final de 2003, quando funcionários do CACI trabalhavam na prisão, segundo a ação.
Baher Azmy, advogado do Centro para os Direitos Constitucionais, que abriu a ação em nome dos demandantes, chamou o veredicto de “uma importante medida de justiça e responsabilização” e elogiou os três demandantes pela sua resiliência, “especialmente face a todos os obstáculos que o CACI colocou em seu caminho”.
Os US$ 42 milhões correspondem totalmente ao valor solicitado pelos demandantes, disse Azmy.
“Hoje é um grande dia para mim e para a justiça”, disse Al-Ejaili, que viajou aos EUA para testemunhar pessoalmente. “Esperei muito tempo por este dia. Esta vitória não é apenas para os três demandantes neste caso contra uma corporação. Esta vitória é uma luz brilhante para todos os que foram oprimidos e um forte aviso para qualquer empresa ou empreiteiro que pratique diferentes formas de tortura e abuso.”
A ação foi movida pela primeira vez em 2008, mas foi adiada por 15 anos de disputas legais e múltiplas tentativas da CACI de encerrar o caso.
‘Empreiteiros privados serão responsabilizados’
O julgamento e o subsequente novo julgamento foram a primeira vez que um júri dos EUA ouviu alegações apresentadas por Sobreviventes de Abu Ghraib nos 20 anos desde que fotos de maus-tratos a detidos – acompanhados por sorridentes soldados norte-americanos infligindo os abusos – chocou o mundo durante a ocupação norte-americana do Iraque.
Nenhum dos três demandantes estava em qualquer um dos fotos notórias mostrado em reportagens de todo o mundo, mas descreveram um tratamento muito semelhante ao que foi retratado.
Até o momento, o governo dos EUA não compensado quaisquer vítimas de tortura e abuso de Abu Ghraib, de acordo com a Human Rights Watch (HRW).
Al Shimari descreveu agressões sexuais e espancamentos durante os dois meses que passou na prisão. Ele também disse que levou um choque elétrico e foi arrastado pela prisão por uma corda amarrada no pescoço. Al-Ejaili disse que foi submetido a posições estressantes que o fizeram vomitar um líquido preto. Ele também foi privado de sono, forçado a usar roupas íntimas femininas e ameaçado com cães.
A CACI argumentou que não era cúmplice dos abusos dos detidos. Afirmou que os seus funcionários tiveram uma interacção mínima com os três queixosos no caso, e a CACI questionou partes das histórias dos queixosos, dizendo que os registos militares contradizem algumas das suas alegações.
A CACI argumentou que qualquer responsabilidade pelos maus tratos pertencia ao governo dos EUA. Apresentou um princípio jurídico conhecido como doutrina dos “servos emprestados” para afirmar que não deveria ser responsabilizado por quaisquer delitos cometidos pelos seus empregados se estes estivessem sob o controlo e direcção do Exército dos EUA.
Os advogados dos demandantes argumentaram que a CACI era responsável pelos delitos de seus próprios funcionários. Eles disseram que as disposições do contrato da CACI com o Exército dos EUA, bem como o Manual de Campo do Exército, deixam claro que a CACI é responsável pela supervisão dos seus próprios trabalhadores.
Congratulando-se com o veredicto, a advogada Katherine Gallagher, do Centro para os Direitos Constitucionais, disse: “Os prestadores de serviços militares e de segurança privados são avisados de que podem e serão responsabilizados quando violarem as proteções mais fundamentais do direito internacional – como a proibição da tortura”.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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