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Sucesso nas redes, sobrinho de Dilma diz por que o…

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Sucesso nas redes, sobrinho de Dilma diz por que o...

Pedro Jordão

Com apenas 25 anos de idade, o vereador belo-horizontino Pedro Rousseff (PT) tem ganhado destaque nos seus primeiros meses como parlamentar (foi eleito pela primeira vez no ano passado) por, diferentemente de boa parte da esquerda, usar as redes sociais de maneira estratégica para chamar a atenção dos seguidores (e eleitores). O objetivo é passar mensagens da forma mais efetiva possível — mesmo que para isso acabe lançando mão dos mesmos modelos usados por seus opositores de direita.

Assim como jovens lideranças de direita e extrema direita — a exemplo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), de 28 anos –, Rousseff aparece frequentemente nas plataformas digitais conversando diretamente com a câmera, por vezes falando alto e em tom de urgência. Além disso, também usa o poder das imagens para mobilizar a curiosidade das pessoas. Ele tem mais de 130 mil seguidores no X e mais de 170 mil no Instagram.

Quase um “nepobaby” (termo usado para designar filhos de celebridades que tiveram sucesso na mesma carreira dos pais), o vereador é sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e tem a benção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer política na capital mineira, mas também articulações no estado e em Brasília em favor do governo petista. “O presidente me disse que eu tenho que levar o nosso governo para todo o estado porque ele precisa de novas lideranças e que eu, pelo perfil jovem e combativo, principalmente pelas redes sociais, seria o ponto que o governo dele precisa para combater a desinformação, as mentiras, as fake news”, relatou o vereador em entrevista para VEJA.

Para Rousseff, a juventude e a postura dele nas redes sociais são coisas que estão faltando ao PT e, de forma mais ampla, à esquerda, quando comparada à direita, que tem no ex-presidente Jair Bolsonaro, de 70 anos, um dos maiores expoentes do uso assertivo desses meios de comunicação. “O que falta no PT, segundo o próprio presidente Lula, são figuras jovens que conseguem combater o Nikolas Ferreira, o próprio Bolsonaro [nas redes sociais]. O PT, infelizmente, virou um partido envelhecido, que não conseguiu se modernizar para essa nova era em que é tudo pelas redes sociais. Nós temos vários membros que se negam a utilizar das redes sociais porque falam que não funcionam”, critica Rousseff.

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“Nós vamos pelas redes sociais porque a gente sabe que o que a gente manda por lá, os conteúdos, o nosso embate e as propostas também, chegam na dona Maria, no seu João, que estão na fazenda, no posto de gasolina, nas empresas. O meu trabalho é esse, pelas redes sociais, para combater a desinformação, o extremismo, o bolsonarismo e levar a política pública até a ponta”, completou.

Polêmicas

Pelo uso intenso das redes sociais, o vereador petista já esteve envolvido em algumas polêmicas. Em dezembro de 2024, por exemplo, ele se tornou alvo de críticas nas redes por fazer uma publicação com um erro nas contas sobre os gastos do turista brasileiro durante as férias de verão.

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Na ocasião, ele disse que 59 milhões de brasileiros iriam viajar de avião no período, gastando cerca de 149 milhões de reais. O problema é que, se a informação estivesse correta, o gasto médio das pessoas seria de apenas R$ 2,50. Após a repercussão negativa, Rousseff reconheceu o erro e apagou a publicação, mas insistiu que os números reais eram positivos e favoráveis à economia.

Essa não foi a única polêmica do tipo em que ele esteve envolvido. Em janeiro deste ano, o parlamentar se tornou alvo de checagem no X por publicar uma informação deturpada sobre a suspensão do TikTok nos Estados Unidos. Ele deu a entender que o caso tinha relação com o retorno do presidente americano Donald Trump à Casa Branca, no entanto, a suspensão do aplicativo chinês no território americano ocorreu com a aprovação do governo Joe Biden e antes de Trump assumir a presidência novamente.

Projetos de lei

Pedro Rousseff, que foi o vereador mais votado do PT em Minas Gerais (teve 17.595 votos), já apresentou dez projetos de lei em diversos segmentos: desconto em impostos; programa de incentivo à recuperação de celulares roubados; proibição de pedágios; abrigos para pets de pessoas em situação de rua; incentivo à tarifa zero no transporte público; mudança de nome de rua.

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Uma de suas propostas que mais se destacam é a de instituição do ensino “antifake news” nas escolas municipais, algo que vem tentando articular para que seja copiado até maio nas câmaras de vereadores de todas as capitais brasileiras. Rousseff diz ainda que tenta articular também uma mudança no currículo escolar nacional a partir de debates com o Ministério da Educação (MEC).

Segundo o petista, a ideia do ensino contra fake news é formar crianças e jovens tecnicamente para que desenvolvam a habilidade de identificar quando uma notícia é falsa, independentemente de possível relação política no conteúdo. “A ideia é colocar nas escolas municipais o que a Finlândia já coloca com muito sucesso há pelo menos dez anos, um ensino para os jovens aprenderem a diferenciar as notícias falsas das verdadeiras”, diz.

De acordo com ele, é um ensino técnico para dar instrução, não político-ideológica, para o ambiente online. “Há casos problemáticos de jovens que, por meio dessas mentiras e da internet, participaram de desafios online e acabaram morrendo. Casos que não têm relação com política. E o nosso projeto visa justamente a formação, para que os jovens se habituem nessa era online, não só diante de notícias mentirosas, mas também para se prepararem para evitar esses desafios. Serão aulas para ensinar a proteção das crianças nessa era online”.

 

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Rejeição de Lula cai e presidente volta a ter sua…

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Rejeição de Lula cai e presidente volta a ter sua...

Lucas Mathias

A rejeição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou queda neste mês de abril, de acordo com pesquisa Latam Pulse/Atlas Intel divulgada nesta segunda-feira, 28. Uma queda nesse índice não acontecia desde janeiro de 2024, conforme a série histórica do levantamento. Agora, o índice dos brasileiros que desaprovam o desempenho do chefe do Planalto é de 50%, enquanto aqueles que aprovam somam 46% — outros 4% não souberam responder. Além disso, o petista voltou a ter sua imagem como líder político majoritariamente positiva. 

A melhora na avaliação do presidente foi puxada por uma queda de três pontos percentuais entre aqueles que desaprovam seu desempenho. Os que aprovam cresceram um ponto percentual. 4% não souberam responder, grupo que também aumentou. 

Na lista de boas notícias para o Planalto, está ainda o índice que avalia o governo do petista como um todo — e não apenas seu desempenho na Presidência. Nesse quesito, apesar de a maioria ainda classificar como ruim ou péssimo (48%), houve queda de dois pontos percentuais nesse grupo. Aqueles que avaliam como ótimo ou bom agora são 40%, depois de um crescimento de dois pontos. Outros 9% dizem que o desempenho é regular. 

Se considerada apenas a imagem de Lula como um líder político, o crescimento foi ainda maior, de seis pontos percentuais em relação à última pesquisa Latam Pulse/Atlas Intel. O petista conseguiu reverter um cenário que se perpetuava desde dezembro do ano passado e voltou a ser avaliado positivamente pela maioria dos entrevistados, 53%. Outros 47% responderam vê-lo de uma maneira negativa. 

Nessa parte da pesquisa, inclusive, Lula teve o melhor desempenho entre os nomes elencados, em uma lista que conta com figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB) e o ex-chefe do Planalto Jair Bolsonaro (PL). 

Ao todo, o levantamento ouviu 5.419 pessoas a partir dos 16 anos entre os dias 20 e 24 de abril. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos.



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Declaração de Lupi irrita o governo Lula, mas um d…

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Declaração de Lupi irrita o governo Lula, mas um d...

Matheus Leitão

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, balança fortemente no cargo em meio à crise política gerada pela fraude no INSS com desvios bilionários do dinheiro de aposentados e pensionistas. 

No Palácio do Planalto, acendeu o sinal fortíssimo de alerta diante do fato que, mesmo que o escândalo tenha começado no governo Bolsonaro, multiplicou-se na gestão petista.

Mas o problema maior não é só esse.

Ocupando um cargo de confiança de Lula, Carlos Lupi foi informado sobre a fraude no início do governo, logo em janeiro de 2023. Depois, em junho a comunicação sobre a fraude foi registrada em ata – ou seja formalizada.

E o que o ministro da Previdência fez? Nada, ou quase nada até a Polícia Federal deflagrar a operação quase dois anos depois.

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Os movimentos para conter um esquema de fraude que chegou ao número de R$ 6 bilhões em aposentadorias e pensões do INSS desviados, sendo a maior parte deles no governo petista, foi muito tímida. A palavra é omissão.

Lupi diz ter demitido um diretor e pedido investigações internas, assume que sabia do caso e aproveitou até para colocar a culpa no próprio governo pela inação e demora.

“No governo, tudo é demorado. Eu sabia o que estava acontecendo, das denúncias. Eu sabia que estava havendo um aumento muito grande [dos descontos nas mensalidades], que precisava fazer uma instrução normativa para acabar com isso e comecei a me irritar pela demora. Só que o tempo no governo não é o tempo de uma empresa privada”, afirmou o ministro para a jornalista Geralda Doca.

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A declaração aumentou o descontentamento no Palácio do Planalto, segundo apurou a coluna. O que o mantém no cargo hoje é a fragilidade do governo na relação com o congresso e proximidade da eleição de 2026.

Perder um aliado antigo quando a direita está tão forte e organizada pode ser fatal.



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MP libera R$ 27 milhões para reforçar segurança de…

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MP libera R$ 27 milhões para reforçar segurança de...

Pedro Jordão

Uma medida provisória (MP) adotada pelo governo Lula nesta segunda-feira, 28, libera 27,4 milhões de reais adicionais para reforço na segurança de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida, já em vigor, foi solicitada pelos próprios magistrados ao Executivo.

A MP 1297/25 foi pedida pelos ministros diante de ameaças sofridas recentemente devido aos julgamentos das pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro.

De acordo com a justificativa da MP, os recursos extraordinários vão ser usados para compra de equipamentos, realização de obras e contratação de mais profissionais de segurança terceirizados. “Essas ações visam mitigar os riscos decorrentes de ataques coordenados ao Supremo Tribunal Federal e atentados iminentes que possam comprometer a integridade de sua infraestrutura e seu quadro de pessoal”, afirma a ministra do Planejamento, Simone Tebet, no texto.

O STF justifica a urgência do pedido citando o atentado com explosivos contra sua sede em novembro de 2024, uma tentativa de invasão ocorrida em fevereiro de 2025 e o aumento de ameaças recebidas desde o final do ano passado, algumas ainda mantidas em sigilo.

Após ser editada pelo presidente da República, em caso de relevância e urgência, uma MP já entra em vigor com força de lei, no entanto, ela tem validade apenas de 120 dias e precisa ser aprovada por deputados e senadores para se tornar uma lei de fato. Se não for aprovada ou se for rejeitada, perde a validade.

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Inicialmente, a medida provisória é analisada por uma comissão mista (de deputados e senadores), onde são apresentadas as sugestões de mudança (emendas). A comissão mista aprova um parecer, que será submetido aos plenários da Câmara e depois do Senado. Depois do 45º dia da publicação, se não tiver sido votada, a MP tranca a pauta de votações da Casa em que estiver tramitando. Na Câmara, o trancamento ocorre apenas se a MP já tiver sido votada na comissão mista e lida no Plenário. Sem isso, considera-se que não chegou à Casa, já que a comissão mista é um órgão do Congresso Nacional e não da Câmara

O texto da MP 1297/25 vai ser analisado pela Comissão Mista de Orçamento e pelo Plenário do Congresso Nacional (sessão conjunta de Câmara dos Deputados e Senado Federal).



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