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Suplementos bronzeadores têm eficácia questionada – 11/01/2025 – Equilíbrio

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Andreza de Oliveira

Suplementos em cápsulas ou em pó que prometem a pele perfeita e bronzeada para o verão sem muito esforço fazem sucesso nas redes sociais. No entanto, esses produtos não funcionam, segundo especialistas, e também não possuem aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comercialização com essa finalidade.

Membro da diretoria da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), Rosana Lazzarini explica que, normalmente, quem procura esse tipo de produto são pessoas de peles mais claras e que têm dificuldade em conseguir um bronzeado.

“A pele pode até escurecer, mas vai perder rápido a cor. Então, não adianta dar estimuladores porque não vai funcionar”, afirma a médica.

Sucesso nas redes sociais, o Tan Soon, é um desses suplementos. Ele faz parte de uma gama de produtos alimentares desenvolvido pela influenciadora Malu Borges —que ganhou destaquena internet por compartilhar o uso de itens de moda inusitados. Dentre os componentes do suplemento estão a vitamina A, biotina, licopeno e L-tirosina.

“Até ajuda a pigmentar, mas não estimula a melanina. Quem faz a cor ser de determinado jeito é a melanina”, diz Samira Yarak, dermatologista da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, sobre os compostos do produto.

Algumas substâncias, como a L-tirosina, até fazem parte do processo de criação do metabolismo da melanina, mas a especialista não soube afirmar se é absorvido da forma como usam na fórmula. “Se o corpo já produz, se eu tomar mais provavelmente não vai fazer diferença, porque a minha capacidade de produzir melanina é genética”, explica.

A especialista ainda acrescenta que se o indivíduo não precisar de determinada vitamina, já que o organismo expulsa o que não for utilizado porque só retém o necessário.

No site, o Tan Soon diz conter vitaminas A, C, E e biotina e que estes compostos intensificam o bronzeado, melhoram a elasticidade e mantêm a pele hidratada, mas para a especialista isso não acontece. “Não existe nada que comprove que isso de fato está relacionado com bronzeado”, diz Yarak.

A promessa de um bronzeamento facilitado também preocupa a especialista, que teme que o usuário acabe se expondo mais ao sol para tentar atingir a tonalidade desejada.

Segundo a marca, o produto é um complemento ao protetor solar e não substitui a necessidade de aplicar um protetor para garantir uma proteção eficaz contra os raios UV.

Um outro tipo de produto vendido sob a promessa de um bronzeado perfeito para o verão são os suplementos em cápsulas, como a Golden Glow Caps, da Care Natural Beauty. O produto em questão diz minimizar os danos dos raios UV, enquanto mantém a pele hidratada para um bronzeado uniforme e duradouro.

Para Samira, tanto em pílulas quanto em pó, as formulações destes suplementos podem ter efeitos colaterais como diarreira, irritação no intestino, no olho e até insuficiência hepática por causa do metabolismo desses corantes, explica Yarak.

“Nem se eu comer um monte de cenoura que tem betacaroteno e abóbora estaria me protegendo. E quem protege do sol é a melanina, ela tem uma capacidade de absorver. Você só extrai benefício se estiver com deficiência de alguma vitamina” completa a especialista.

Para a comunidade médica, o consenso é único: não existe forma saudável de se bronzear com sol. Toda exposição gera um dano, de envelhecimento precoce a câncer de pele, segundo as especialistas.

Por isso, o recomendado é o uso de protetor solar na quantidade correta e com reaplicação de acordo com o fabricante. O horário indicado pela SBD para exposição ao sol recomendada para a produção de vitamina D é antes das 10h e após as 16h.

Quem quer um tom mais dourado na pele pode recorrer a medidas como autobronzeadores com aplicação que não necessita de exposição solar. “Nesses casos é, sim, possível ver resultado, diferentemente de produtos que prometem com ingestão”, diz Lazzarini.

Segundo a Anvisa, não existe alegação aprovada em alimento para bronzeamento, ou seja, suplementos alimentares vendidos como “protetor solar ” ou que agiriam “de dentro para fora promovendo bronzeado” não têm aprovação da agência.

Ainda de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), são considerados suplementos alimentares produtos de ingestão oral apresentados em formas farmacêuticas e destinados a suplementar a alimentação de indivíduos saudáveis com nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probiótiocos.

Para a Anvisa, não são autorizados para suplementos alimentares alegações e promessas como: bronzeado uniforme e duradouro; proteção UV; ação antioxidante; produção de melanina; pele saudável; hidratação; renovação celular e ação anti-inflamatória.

Os produtos ainda devem conter na rotulagem a advertência: “Este produto não deve ser consumido por gestantes, lactantes e crianças”.

Por nota, a empresa Soon, detentora do Tan Soon, informou desconhecer as afirmações dadas pela Anvisa. Lançada oficialmente em outubro do ano passado, a marca diz que já estava registrada e regularizada perante a Anvisa antes d sua comercialização, seguindo à risca todas as recomendações, instruções e testes exigidos pelo órgão nacional e diz nunca ter recebido nenhum tipo de comunicado ou notificação por parte da agência sobre divergências com qualquer produto da marca.

Já a Care Natural Beauty diz, em nota, que o Golden Glow não é um produto de proteção solar, mas sim um suplemento alimentar desenvolvido para auxiliar no bronzeamento, contendo luteína, licopeno e vitaminas essenciais —ativos reconhecidos e aprovados pela Anvisa.

“Não há menção a “proteção solar” ou “defesa contra raios UV” na embalagem ou em materiais de comunicação, mas sim a informação de que ele prepara, realça e prolonga o bronzeado na pele por meio de ativos que oferecem suporte ao processo natural de bronzeamento”, completa o comunicado. A marca diz ainda que o produto não substitui o uso de protetores solares tópicos.

Ambos os suplementos são indicados apenas para maiores de 19 anos. Questionadas, apenas a Care Natural Beauty respondeu dizendo que a orientação segue as boas práticas regulatórias e estudos relacionados à suplementação adequada para essa faixa etária.

Por nota, a Anvisa informou que o uso de ésteres de astaxantina para suplementos alimentares tem indicação apenas para adultos maiores de 19 anos e na quantidade máxima estabelecida de 6 mg por dia.

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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