ACRE
SUS faz 8 cirurgias diárias para pólipos endometriais – 22/12/2024 – Equilíbrio e Saúde
PUBLICADO
10 meses atrásem
Laiz Menezes
No Brasil, são realizadas cerca de oito cirurgias por dia para a remoção de pólipos endometriais no SUS (Sistema Único de Saúde), segundo dados do Ministério da Saúde. Essa condição ginecológica, caracterizada pelo crescimento anormal de tecido na parede interna do útero, pode causar sintomas como sangramento irregular, dores pélvicas e evoluir para um câncer.
Além da retirada, a rede pública também oferece os exames necessários para investigação das alterações da cavidade uterina. Após uma consulta com a ginecologista ou o médico clínico, agendada em uma UBS (Unidade Básica de Saúde), a paciente é encaminhada para fazer uma ultrassonografia transvaginal —exame que permite avaliar os órgãos reprodutivos femininos, como útero, ovários, trompas e bexiga.
Se identificado o problema, a paciente é encaminhada para realização de histeroscopia, procedimento em que é introduzida uma câmera dentro do útero para retirada dos pólipos, que podem ser descritos como uma verruga.
Pedro Doria, ginecologista do Hospital Nove de Julho, explica que os pólipos endometriais podem surgir a partir de predisposição genética ou por estímulos hormonais durante a vida da mulher, tanto na fase reprodutiva quanto no pós-menopausa.
“A prevalência dos pólipos endometriais aumenta com a idade. Então a gente vê mais em mulheres acima de 40 anos do que naquelas mais jovens”, diz.
Se a mulher estiver com pólipos endometriais, o processo para engravidar pode ser mais difícil. Eles podem alterar o ambiente uterino, dificultar a implantação do embrião e obstruir o caminho dos espermatozoides, por exemplo.
Doria destaca, no entanto, que após o diagnóstico da condição e remoção dos pólipos, o problema é resolvido e a gravidez poderá acontecer normalmente.
Coordenador do setor de diagnóstico por imagem da pelve feminina no laboratório Alta Diagnósticos, o ginecologista Manoel Orlando Gonçalves afirma que a melhor forma de diagnosticar o pólipo endometrial é por meio de um exame de ultrassom transvaginal, de preferência nos primeiros 15 dias do ciclo.
“A maior parte dos pólipos não dá nenhum sintoma. Nem dor, nem sangramento, nenhuma outra queixa. Eventualmente, alguns pólipos causam sangramentos ou um pouco mais exuberantes no período menstrual, mas principalmente, sangramentos fora do período menstrual”, explica.
Cuide-se
Ciência, hábitos e prevenção numa newsletter para a sua saúde e bem-estar
Para remoção dos pólipos benignos, é feita uma sedação ou anestesia local. O médico, então, entra com uma câmera dentro do útero e realiza o corte desse material, que é também enviado para biópsia para confirmar a não malignidade.
Segundo Lucas Simões, cirurgião ginecológico no Hospital Quinta D’Or, alguns hospitais podem optar por fazer o procedimento de retirada do pólipo benigno em consultório, somente com a ajuda de analgésicos para alívio da dor.
“Isso vai depender da tolerância de cada paciente à dor, mas o ideal é que a gente consiga fazer a histeroscopia com anestesia no centro cirúrgico, porque é muito mais confortável para essas pacientes”, afirma.
A gerente de hostel Lethicia Moraes, 31, foi uma das mulheres jovens diagnosticadas com pólipos endometriais. Aos 29 anos, começou a notar sangramentos fora do ciclo menstrual, mas só procurou ajuda em uma UBS oito meses depois, quando passou pelo procedimento sem anestesia.
“Depois de menstruar, cerca de duas semanas após, eu tive pequenos sangramentos. De início fiquei assustada, mas depois pensei que iria passar e não busquei ajuda médica. No mês seguinte piorou, o sangramento foi ficando mais intenso”, conta.
Durante a consulta com uma ginecologista, ela passou por um exame de ultrassom transvaginal que identificou os pólipos. A médica então recomendou que, em vez de esperar para agendar a cirurgia de retirada pelo SUS, a gerente realizasse em um centro de treinamento de uma faculdade de medicina de São Paulo.
“Quando eu fui fazer, foi uma experiência muito traumática”, relata. Os médicos não a anestesiaram e ela acabou sentindo muita dor.
“Não tiveram cuidado já na hora de colocar o aparelho, foi muito abrupto, então desde o início já senti dor. Eu estava sentindo dor, muito nervosa, comecei a chorar e adiamos o procedimento.”
Decidiu fazer em um hospital do SUS e, apesar de ter sido desconfortável, porque também não foi anestesiada, a dor não foi tão intensa quanto da primeira vez. Depois da cirurgia, a cólica permaneceu somente no dia do procedimento, no outro já não tinha mais efeitos colaterais.
A dona de casa Denise Maria da Silva, 60, passou pelo procedimento no ano passado, depois de descobrir os pólipos em um exame ginecológico de rotina. No seu caso, não sentiu dores durante a cirurgia porque foi anestesiada.
Nela, os sintomas foram diferentes. “Eu pensei que estava com hérnia de disco, porque sentia muita dor abdominal, parecia cólica, mas bem forte”.
Na maior parte dos casos, os pólipos são benignos, mas também podem ser cancerígenos em cerca de 1% a 3% dos diagnósticos, segundo especialistas.
“Quando evoluem para câncer, geralmente é o que a gente chama de adenocarcinoma de endométrio, que é o câncer do endométrio, que é a camada interna do útero”, diz Lucas Simões.
Caso o pólipo seja maligno, ou seja, se for diagnosticado um câncer, a paciente é encaminhada para tratamento oncológico
O projeto Saúde Pública tem apoio da Umane, associação civil que tem como objetivo auxiliar iniciativas voltadas à promoção da saúde.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
ACRE
Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre
PUBLICADO
5 horas atrásem
23 de outubro de 2025A Coordenadoria de Vigilância à Saúde do Servidor (CVSS) da Ufac realizou, nesta quinta-feira, 23, o evento “Cuidar de Si É um Ato de Amor”, em alusão à Campanha Outubro Rosa. A atividade ocorreu no Setor Médico Pericial e teve como público-alvo servidoras técnico-administrativas, docentes e trabalhadoras terceirizadas.
A ação buscou reforçar a importância do autocuidado e da atenção integral à saúde da mulher, indo além da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero. O objetivo foi promover um momento de acolhimento e bem-estar, integrando ações de valorização e promoção da saúde no ambiente de trabalho.
“O mês de outubro não deve ser apenas um momento de lembrar dos exames preventivos, mas também de refletir sobre o cuidado com a saúde como um todo”, disse a coordenadora da CVSS, Priscila Oliveira de Miranda. Ela ressaltou que muitas mulheres acabam se sobrecarregando com as demandas da casa, da família e do trabalho e acabam deixando o autocuidado em segundo plano.
Priscila também explicou que a iniciativa buscou proporcionar um espaço de pausa e acolhimento no ambiente de trabalho. “Nem sempre é fácil parar para se cuidar ou ter acesso a ações de relaxamento e promoção da saúde. Por isso, organizamos esse momento para que as servidoras possam respirar e se dedicar a si mesmas.”
O setor mantém atividades contínuas, como consultas com clínico-geral, nutricionista e fonoaudióloga, além de grupos de caminhada e ações voltadas à saúde mental. “Essas iniciativas estão sempre disponíveis. É importante que as mulheres participem e mantenham o compromisso com o próprio bem-estar”, completou.
A programação contou com acolhimento, roda de conversa mediada pela assistente social Kayla Monique, lanche compartilhado e o momento “Cuidando de Si”, com acupuntura, auriculoterapia, reflexologia podal, ventosaterapia e orientações de cuidados com a pele. A ação teve parceria da Liga Acadêmica de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da especialista em bem-estar Marciane Villeme.
Relacionado
ACRE
Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre
PUBLICADO
1 dia atrásem
22 de outubro de 2025A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta terça-feira, 21, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, a abertura do Fórum Permanente da Graduação. O evento visa promover a reflexão e o diálogo sobre políticas e diretrizes que fortalecem o ensino de graduação na instituição.
Com o tema “O Compromisso Social da Universidade Pública: Desafios, Práticas e Perspectivas Transformadoras”, a programação reúne conferências, mesas temáticas e fóruns de discussão. A abertura contou com apresentação cultural do Trio Caribe, formado pelos músicos James, Nilton e Eullis, em parceria com a Fundação de Cultura Elias Mansour.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, representou a reitora Guida Aquino. Ele destacou o papel da universidade pública diante dos desafios orçamentários e institucionais. “Em 2025, conseguimos destinar R$ 10 milhões de emendas parlamentares para custeio, algo inédito em 61 anos de história.”
Para ele, a curricularização da extensão representa uma oportunidade de aproximar a formação acadêmica das demandas sociais. “A universidade pública tem potencial para ser uma plataforma de políticas públicas”, disse. “Precisamos formar jovens críticos, conscientes do território e dos problemas que enfrentamos.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou que o fórum reúne coordenadores e docentes dos cursos de bacharelado e licenciatura, incluindo representantes do campus de Cruzeiro do Sul. “O encontro trata de temáticas comuns aos cursos, como estágio supervisionado e curricularização da extensão. Queremos sair daqui com propostas de reformulação dos projetos de curso, alinhando a formação às expectativas e realidades dos nossos alunos.”
A conferência de abertura foi ministrada pelo professor Diêgo Madureira de Oliveira, da Universidade de Brasília, que abordou os desafios e as transformações da formação universitária diante das novas demandas sociais. Ao final do fórum, será elaborada uma carta de encaminhamentos à Prograd, que servirá de base para o planejamento acadêmico de 2026.
Também participaram da solenidade de abertura a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; o diretor do CCSD, Carlos Frank Viga Ramos; e o vice-diretor do CMulti, do campus Floresta, Tiago Jorge.
Relacionado
ACRE
Ufac realiza cerimônia de abertura dos Jogos Interatléticas-2025 — Universidade Federal do Acre
PUBLICADO
1 dia atrásem
22 de outubro de 2025A Ufac realizou a abertura dos Jogos Interatléticas-2025, na sexta-feira, 17, no hall do Centro de Convenções, campus-sede, e celebrou o espírito esportivo e a integração entre os cursos da instituição. A programação segue nos próximos dias com diversas modalidades esportivas e atividades culturais. A entrega das medalhas e troféus aos vencedores está prevista para o encerramento do evento.
A reitora Guida Aquino destacou a importância do incentivo ao esporte universitário e agradeceu o apoio da deputada Socorro Neri (PP-AC), responsável pela destinação de uma emenda parlamentar de mais de R$ 80 mil, que viabilizou a competição. “Iniciamos os Jogos Interatléticas e eu queria agradecer o apoio da nossa querida deputada Socorro Neri, que acredita na educação e faz o melhor que pode para que o esporte e a cultura sejam realizados em nosso Estado”, disse.
A cerimônia de abertura contou com a participação de estudantes, atletas, servidores, convidados e representantes da comunidade acadêmica. Também estiveram presentes o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, e o presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Minoru Kinpara.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
ACRE6 dias agoUfac homenageia professores com confraternização e show de talentos — Universidade Federal do Acre
ACRE3 dias agoKits da 2ª Corrida da Ufac serão entregues no Centro de Convivência — Universidade Federal do Acre
CULTURA3 dias agoO Impacto Cultural dos Jogos Tradicionais na Identidade Brasileira
Economia e Negócios1 dia agoOMODA DREAM DAY 2025: Fueled by Passion, Igniting the Travel Dreams of a New Generation
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login