NOSSAS REDES

ACRE

Sweet Bobby: My Catfish Nightmare review – documentário falho da Netflix ainda choca | Documentários

PUBLICADO

em

Adrian Horton

Cuando Kirat Assi recebeu um pedido de amizade no Facebook de um homem chamado Bobby Jandu, em 2009, ela não tinha motivos para vê-lo com suspeita. Era 2009 – todos estavam expandindo suas redes no Facebook. A família de Bobby era bem conhecida na comunidade Punjabi Sikh queniana e os dois compartilhavam muitos amigos em comum online. O irmão mais novo de Bobby, JJ, estava namorando o primo mais novo de Kirat, Simran. Ambos mantinham relacionamentos de longo prazo e postavam frequentemente sobre suas vidas. Embora os dois nunca tivessem se conhecido pessoalmente – Bobby, um assistente de cardiologia, viajava entre o Reino Unido e o Quênia, e Kirat, um profissional de marketing, morava em Londres – eles fizeram amizade online.

Ao longo de quase uma década, essa amizade se aprofundou em um romance virtual, um noivado e, eventualmente, uma teia de promessas não cumpridas que consumiu a maior parte dos 30 anos de Kirat – tudo parte de um elaborado esquema de pesca de gato revivido e reencenado no documentário da Netflix. Doce Bobby: Meu pesadelo com o peixe-gato. O filme, co-produzido com a Tortoise Media e baseado em seu podcast de sucesso com o mesmo nomeé um relato em primeira pessoa principalmente cronológico de Kirat sobre sua experiência. Ela é uma narradora convincente e notavelmente fundamentada de seu históriadetalhando no presente como ela se aproximou cada vez mais de “Bobby”, bem como de seus amigos e familiares, via Facebook Messenger, WhatsApp, telefonemas e Skype, enquanto Bobby “se recuperava” de um tiroteio e derrame em Nova York.

A história é, francamente, tão maluca, o esquema tão intrincado e complexo – não quero estragar tudo para aqueles que, como eu, não ouviram o podcast de sucesso em que foi baseado, mas basta dizer que continuo surpreso – que ouvir Kirat dizer isso claramente seria fascinante o suficiente. O choque resiste ao requisito muito brilhante Netflix iluminação e reconstituições cafonas. Em momentos melhores, a diretora Lyttanya Shannon (Subnormal: Um Escândalo Britânico) acentua a narração de Kirat com o que essencialmente equivale a capturas de tela repetitivas de seus respectivos perfis e mensagens do Facebook, ou recriações de chamadas do Skype e interfaces digitais. (Um aviso de isenção de responsabilidade observa que algumas identidades online foram substituídas por atores para proteger a privacidade das pessoas envolvidas.) Entrevistas com alguns parentes e amigos de Kirat também fornecem um contexto útil, tanto sobre as pressões familiares que Kirat enfrentou – solteira na casa dos 30 anos e desesperado para começar uma família, recomeçar sem Bobby parecia uma opção vergonhosa – e como os sinais de alerta, como a alegação de Bobby de que ele estava sob proteção de testemunhas, foram ignorados.

No interesse do suspense, da concisão e/ou da privacidade, alguns contextos cruciais parecem ignorados – a dinâmica da comunidade Punjabi Sikh do Reino Unido/Queniano, por exemplo, ou quão bem Kirat conhecia as pessoas que conheciam a família de Bobby (a palavra “sabia” é usado livremente – às vezes não fica claro se uma interação ou relacionamento é IRL, digital ou ambos). Shannon, com a ajuda de resmas de dados, conversas e fotos armazenadas por Kirat como evidência, evoca efetivamente o campo de distorção da realidade em que Kirat se encontrava depois de anos conversando intimamente com Bobby, que eventualmente insistiu que ela mantivesse a chamada do Skype aberta enquanto eles dormiam, mas recusou-se a vê-la. Ainda assim, a sensação de falta de informação – seja pelo ceticismo natural de ouvir uma história de golpista ou pelo resultado da falta de contexto – incomoda à medida que a trama se complica.

Embora felizmente não se estenda em vários episódios, Sweet Bobby, aos 82 minutos, é o raro caso de um documentário sobre crimes reais que poderia ser mais longo. A grande revelação (sem spoiler sobre o autor do crime) é rápida e a resolução mal foi revelada. (O filme termina com uma nota de que um processo civil que Kirat moveu contra o pescador foi resolvido fora do tribunal em 2022.) Sweet Bobby facilmente causa choque – gritei com meu laptop – embora isso se deva em grande parte à matéria-prima verdadeiramente desequilibrada. A abordagem em tempo real de Shannon para contar isso aumenta mais do que diminui – até que o número do golpista aumenta inevitavelmente. Seja por razões legais, pelo desejo de manter algumas coisas privadas ou por uma verdadeira falta de respostas, a ausência de qualquer conjectura sobre o porquê deste golpe, o porquê desta vítima e como este esquema continuou é gritante.

Em vez disso, o filme termina com o que parece ser um apelo tímido por uma reforma legal para dar conta da pesca de gato e do engano digital, juntamente com os habituais chavões sobre a reconstrução da vida de alguém após uma manipulação psicológica e devastação verdadeiramente insondáveis. No final das contas, Sweet Bobby deixa mais perguntas do que respostas, embora, como é o caso infeliz de muitos golpes de pesca de gato, às vezes não haja nenhuma.



Leia Mais: The Guardian

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

ACRE

Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

PUBLICADO

em

Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

CT

Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




Leia Mais: Cibéria

Continue lendo

MAIS LIDAS