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Trump faz comício na Virgínia democrata por voto popular – 03/11/2024 – Mundo

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Julia Chaib

Donald Trump fez uma parada inusitada a três dias da eleição para um comício em Salem, Virgínia, estado onde a adversária Kamala Harris aparece com vantagem nas pesquisas.

A decisão pelo evento num local não decisivo para o pleito da próxima terça-feira gerou questionamentos sobre a razão de Trump investir em um celeiro pouco fértil para sua eventual vitória. A Virgínia tem 13 delegados no colégio eleitoral e a última vez que o estado votou num republicano para presidente foi em 2004.

“É isso o que está todo mundo se perguntando”, disse à Folha o florista Michael Barbour, 47 anos, apoiador de Kamala.

A parada de Trump na Virgínia ocorreu em meio a outros dois comícios do republicano na Carolina do Norte, este sim um estado chave, ainda no sábado (2).

Apesar de soar ilógico, um dos motivos para o comício no estado democrata na reta final, apontaram aliados do ex-presidente a jornais americanos, é uma ofensiva da campanha para tentar criar uma onda pró-Trump e conseguir a maioria do voto popular no país.

Em 2016, quando eleito, o republicano conquistou a maioria no colégio eleitoral –são necessários apoios de ao menos 270 delegados para eleger um presidente—, mas ficou atrás de Hillary Clinton na contagem total dos votos.

Além disso, republicanos disseram a veículos locais acreditar na possibilidade de a Virgínia “virar” e dar os votos dos seus 13 delegados a Trump. Segundo eles, pesquisas internas apontam uma diferença pequena de votos entre o republicano e a democrata no estado.

A opção por sediar o comício em Salem não foi à toa. Situado no centro do estado, o condado faz parte de uma região da Virginia considerada mais conservadora e é um lugar de fácil acesso.

Neste sábado (2), Trump foi categórico logo no início de seu discurso. “Eu vim para cá por uma razão: eu acredito que podemos ganhar a Virgínia.”

“Eu vim com uma mensagem: se ganharmos a Virgínia, nós ganhamos tudo. É muito possível que sem nós iremos ganhar a eleição, mas nós vamos ganhar a Virgínia. O governador [do estado] sentiu, eu senti há muito tempo [a possibilidade de virada do estado]”, disse.

Por mais que as pesquisas recentes apontem um cenário de dificuldade para isso ocorrer, o discurso serve para criar uma atmosfera de otimismo num estado considerado perdido para os republicanos. Funciona também para criar imagens de um evento cheio.

De acordo com levantamento Washington Post/Schar School da semana passada, Kamala tem seis pontos à frente de Trump na Vírginia.

Durante as quase seis horas de evento, diversos aliados do republicano, incluindo o governador do estado, o republicano Glenn Youngkin, subiram ao palco para pedir que o público vote e convença ao menos outras 10 pessoas a fazer o mesmo. A votação não é obrigatória nos Estados Unidos.

Trump também fez o apelo e enfatizou de obter a maioria do voto popular. “Nós queremos ganhar tudo, o voto popular. É difícil ganhar no voto popular quando você tem Nova Iorque e a Califórnia indo para os democratas porque eles são muito grandes, mas nós vamos ganhar”, afirmou.

“Eu adoraria ganhar no voto popular mesmo com eles roubando [as eleições]”, disse, fazendo, desde já, acusações sem provas.

Antes da Virgínia, Trump esteve na última quinta-feira (31) no Novo México, outro estado democrata. Segundo integrantes da campanha republicana disseram ao jornal The New York Times, a intenção também é tentar se beneficiar no voto popular caso haja uma presença massiva de eleitores na próxima terça.

Ao veículo, uma porta-voz da campanha do republicano disse que, enquanto Kamala age na “defensiva”, o ex-presidente atua no “ataque” nos estados. Trump também fez comícios em outros locais democratas, como Nova Iorque e Califórnia.

Neste sábado, em Salem, o republicano voltou a criticar a alta da inflação sob o governo Joe Biden, criticou a gestão de Kamala das fronteiras americanas, fez ilações sobre a ex-presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi e repisou promessas e acusações de outros discursos.

Afirmou que o país vive uma depressão econômica e que a situação ficará pior se Kamala for eleita.

Trump voltou a dizer ainda que ordenaria pena de morte a imigrantes ilegais que matem americanos e também lançou fortes críticas às políticas para transgêneros. O ex-presidente inclusive levou ao palco um time de natação feminino que milita contra a possibilidade de mulheres transgêneros competirem com pessoas do mesmo gênero.

O discurso do republicano durou uma hora e meia, no final da tarde, em um centro de convenções em Salem que atingiu a capacidade máxima de 6 mil pessoas. Do lado de fora, outras milhares acompanharam as declarações.

Antes de Trump, subiram ao palco apoiadores, entre eles o candidato ao Senado Hung Cao, que discursou ao lado do ex-presidente, que pediu votos ao aliado. O governador Glenn Youngkin foi um dos mais incisivos ao exaltar a importância do voto na terça-feira (5).

“Vocês precisam sair daqui e conversar com outras 10 pessoas. Vamos transformar isso num movimento que vai entregar a Virgínia [aos republicanos]. Nós vamos mudar o Senado [para ter a maioria republicana]”, disse Youngkin.

“Virgínia merece Hum Kao no Senado. Quando vocês entregarem Virgínia, nós vamos expandir nossa presença na Casa e, se Deus quiser vamos fazer de Trump o novo presidente. Então aproveitem o comício, saiam daqui e vão trabalhar [por votos].”

Stephen Miller, conselheiro de Trump, reforçou a mensagem: “Mobilizem e entreguem um tsunami de votos na Virgínia. Se vocês saírem daqui e pegarem seus amigos família, então, terça, será o dia em que a América dirá que a população foi protegida”, afirmou, diante de uma plateia animada.

Para os apoiadores locais, o comício serviu de entusiasmo. “Eu ouvi dizer que a margem está pequena e este ano o estado será vermelho”, disse a fazendeira Jenniffer Beam, 49 anos, que acompanhou o comício.



Leia Mais: Folha

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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