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UE avalia planos da Ucrânia antes de Trump – DW – 20/12/2024

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Os apelos à unidade são um refrão comum nas cimeiras da UE, muitas vezes emitidos por funcionários exaustos de Bruxelas às 3 da manhã, enquanto tentam desesperadamente chegar a um acordo entre os 27 Estados-membros.
Mas desta vez foi a vez do Presidente ucraniano transmitir a mensagem numa reunião de líderes da UE na quinta-feira e numa reunião da NATO na noite anterior. “É muito importante que a voz da Europa seja uma voz unida”, disse Volodymyr Zelenskyy aos jornalistas. “E que está unido aos EUA”, sublinhou.
A União Europeia – que, em conjunto com os aliados ocidentais, gastou mais de 100 mil milhões de euros (103,6 mil milhões de dólares) para armar e ajudar Kiev desde então A Rússia lançou a sua invasão em grande escala há quase três anos – enfrenta um importante teste à sua determinação.
Junte-se, Europa
O regresso do notoriamente imprevisível Donald Trump à Casa Branca no próximo mês irá certamente abalar as relações transatlânticas, especialmente no que diz respeito ao apoio ocidental à Ucrânia. O republicano Trump promete acabar imediatamente com a guerra, embora não tenha apresentado o seu plano.
Trump indicou repetidamente que poderia reduzir o apoio à Ucrânia e empurrar Zelenskyy para uma acordo de paz. Figuras próximas de Trump sugeriram que a Ucrânia deveria ceder permanentemente os territórios orientais já ocupados pela Rússia e desistir das suas ambições de aderir à NATO. É altamente improvável que ambas as perspectivas voem em Kyiv.
Questionado sobre o que pensa sobre a posse de Trump, Zelenskyy manteve as coisas positivas. “Bem-vindo, Donald!” ele disse. “O que posso dizer?”
“Acho que o presidente Trump é um homem forte e quero muito tê-lo ao nosso lado”, acrescentou.
Zelenskyy tem bons motivos para agir com cuidado; Trump também indicou que poderá reduzir a ajuda militar. O Instituto Kiel para a Economia Mundial calculou que, sem novos pacotes de ajuda dos EUA, a ajuda militar total do Ocidente no próximo ano poderia cair de 59 mil milhões de euros projectados para 34 mil milhões de euros.
Na quinta-feira, a principal diplomata da UE, Kaja Kallas, manifestou-se contra a pressão de Kiev para conversar com Moscou. “Qualquer pressão para negociações muito cedo será, na verdade, um mau negócio para Ucrânia“, disse ela. “Todos os outros atores no mundo estão observando cuidadosamente como agimos neste caso e, portanto, realmente precisamos ser fortes.”
A questão das tropas de manutenção da paz da UE continua controversa
Dentro da UE, os líderes também têm estado intrigados nas últimas semanas sobre como fornecer garantias de segurança à Ucrânia no futuro. Presidente francês Emmanuel Macronque esteve ausente da reunião de Bruxelas devido à crise no território ultramarino francês de Mayotte, atingido pelo ciclone,teria levantado a possibilidade de enviar tropas europeias para a Ucrânia como forças de manutenção da paz quando o conflito terminar.
Zelenskyy da Ucrânia junta-se aos líderes da UE em Bruxelas
Mas vários líderes, incluindo o presidente polaco, Donald Tusk, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, consideraram essas negociações prematuras.
“Acho completamente inapropriado que alguns estejam agora discutindo o que deveria seguir como terceiro e quarto passos”, disse o chanceler Scholz na quinta-feira.
“Agora estamos pensando no que acontecerá em breve. Por enquanto, o apoio contínuo à Ucrânia é importante aqui. Um caminho claro para que não haja escalada da guerra, que não se transforme em guerra entre Rússia e a OTAN”, disse ele.
Uma voz dissidente foi o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, o primeiro-ministro da UE com as relações mais calorosas com a Rússia e o presidente Vladimir Putin. Orbán pediu na quinta-feira um cessar-fogo até o Natal – algo que Zelenskyy disse não estar contemplando.
O apoio europeu por si só não será suficiente, alerta Zelenskyy
Por sua vez, Zelenskyy deixou claro que vê Adesão à OTAN como a única opção para manter a Ucrânia segura a longo prazo. Moscovo mantém uma oposição veemente e de longa data à adesão do antigo Estado soviético à aliança militar ocidental, o seu adversário na era da Guerra Fria.
“Acredito que as garantias europeias não serão suficientes para a Ucrânia”, disse Zelenskyy depois de se reunir com os líderes da UE. “É impossível discutir isto apenas com os líderes europeus, porque para nós, as verdadeiras garantias em qualquer caso – hoje ou no futuro – são a NATO”, disse ele.
“No caminho para a NATO, queremos garantias de segurança enquanto não estivermos na NATO. E podemos discutir essas garantias separadamente com os EUA e a Europa”, disse Zelensky, ao mesmo tempo que expressou um apoio cauteloso à ideia de ver eventuais tropas europeias de manutenção da paz na Ucrânia.
Em uma declaração mais de 1.000 dias de conflitoa UE reconfirmou o seu «empenhamento inabalável em fornecer apoio político, financeiro, económico, humanitário, militar e diplomático contínuo à Ucrânia e ao seu povo, durante o tempo que for necessário e com a intensidade necessária».
Abordagens do momento da verdade
Os analistas têm alertado há meses que a UE deve estar preparada para intensificar o seu jogo nos próximos meses.
“A primeira vítima do segundo mandato de Donald Trump como presidente dos EUA será provavelmente a Ucrânia. As únicas pessoas que podem evitar esse desastre somos nós, europeus, mas nosso continente está em desordem”, escreveu o historiador Timothy Garton Ash para o think tank do Conselho Europeu de Relações Exteriores no mês passado.
“A menos que a Europa consiga de alguma forma estar à altura do desafio, não apenas a Ucrânia, mas todo o continente, ficará fraco, dividido e furioso à medida que entramos num novo e perigoso período da história europeia”, alertou Garton Ash.
Editado por: John Silk
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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