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Um ano sob cerco: conheça os líderes venezuelanos presos em uma embaixada | Notícias de direitos humanos
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Meda se lembra do último nascer do sol que desfrutava do lado de fora da embaixada.
Ela havia acordado cedo para participar de reuniões com a líder da oposição Maria Corina Machado para discutir a crescente perseguição do governo venezuelano – e decidir quem representaria a coalizão nas próximas eleições presidenciais.
O governo já havia proibido Machado de correr, apesar de sua vitória no deslizamento nas primárias da oposição.
Então, chegou as notícias que mudaram tudo. O procurador -geral da Venezuela, Tarek William Saab, apareceu na televisão para anunciar mandados de prisão por uma série de membros da oposição – e o nome de Meda estava na lista.
“Tivemos que correr, nos esconder e se abrigar. Foi uma situação brutal”, disse Meda, que era gerente de campanha de Machado durante a eleição. Ela falou com a Al Jazeera através de correspondências escritas enviadas eletronicamente.
“Nunca esquecerei essa chamada para meu marido para dar a notícia”, acrescentou.
Dois de seus colegas já haviam sido detidos naquele dia. Em um vídeo viral, Dignora Hernandez, secretária política da oposição, podia ser vista gritando por ajuda enquanto os agentes a agrupavam em um veículo prateado.
Meda e os outros tiveram que agir rápido. No passado, os membros da oposição buscavam refúgio dentro dos limites das embaixadas, aproveitando um tratado internacional – a Convenção de Caracas de 1954 – que permite que missões diplomáticas na América Latina concedam asilo a indivíduos que enfrentam perseguição política.
Além disso, a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas impede que as autoridades do país anfitrião entrem nas instalações sem permissão prévia.
No caso de Meda, seria a embaixada argentina que forneceria o refúgio crucial. Seu governo há muito tempo criticava violações de direitos humanos relatados sob o presidente venezuelano Nicolas Maduro, e ofereceu a Meda e cinco outros asilo na residência da embaixada.
A princípio, Meda e seus colegas não apenas encontraram segurança física nas paredes da embaixada, mas também um espaço para continuar seu trabalho na campanha presidencial antes das eleições de 2024.
Mas um ano depois, a situação do grupo se tornou mais precária – e Maduro ainda está no poder.
Após a votação de 28 de julho, Maduro reivindicou a vitória, apesar das contas de votação publicadas que indicam que ele foi derrubado pelo candidato da oposição, Edmundo Gonzalez.
Em dezembro, o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas abriu uma investigação para analisar evidências de que o voto foi fraudado. Ele ordenou que o governo de Maduro se abstenha de destruir qualquer registro eleitoral enquanto a investigação está em andamento.
Depois que a Argentina se recusou a reconhecer a vitória das eleições contestadas de Maduro, seus diplomatas foram expulsos. A Argentina transferiu o controle da embaixada para o Brasil, mas os diplomatas daquele país não conseguiram entrar nas instalações, bloqueados pelas autoridades locais.

Hoje, cinco membros da oposição permanecem sozinhos dentro da embaixada vazia.
A inteligência venezuelana e as forças armadas estão estacionadas na rua do lado de fora. As autoridades de segurança apreenderam casas próximas, e as pessoas dentro da embaixada dizem que a empresa estadual de eletricidade veio pegar os fusíveis da caixa de eletricidade, deixando -os com apenas um gerador para energia.
Grupos de direitos humanos condenaram a Venezuela por violar as regras internacionais sobre asilo, incluindo o direito à passagem segura.
Carolina Jimenez Sandoval, presidente do Escritório de Washington na América Latina, um grupo de defesa com sede nos Estados Unidos, descreveu a situação como um “cerco”.
“Um propósito é quebrá -los psicologicamente – fazê -los sentir que é melhor para eles deixarem a embaixada e depois deixar as forças de segurança venezuelanas as deter”, explicou Jimenez.
“Ao manter o edifício ou a missão diplomática sob cerco constante e cortar eletricidade e água, o governo venezuelano mostra como está disposto a quebrar as regras internacionais para alcançar seu próprio objetivo”.
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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.
Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”
O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”
A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.”
A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.
Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.
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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre
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19 de novembro de 2025A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.
Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.
“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.
Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.
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