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Usar abreviações em mensagens de texto parece menos sincero, segundo estudo | Ciência

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7 meses atrásem
Ian Sample Science editor
Reduzir os seus textos a uma enxurrada de abreviações pode ter consequências indesejadas, de acordo com investigadores que descobriram que as trocas sem palavras eram mais propensas a transmitir “idrc” do que “ily”.
Os psicólogos analisaram mensagens de mais de 5.000 pessoas em oito estudos e descobriram que aqueles que usavam abreviações eram considerados menos sinceros e tinham menos probabilidade de receber respostas como resultado.
As abreviaturas aumentaram dramaticamente na era das mensagens digitais e tornaram-se o padrão para comunicação rápida em grupos unidos, mas as descobertas sugerem que disparar um rápido “hru?” pode não parecer tão genuíno quanto reservar um tempo para soletrar: “como vai você?”
“Embora as abreviações possam economizar tempo e esforço, nossa pesquisa sugere que elas também podem dificultar a comunicação eficaz e influenciar negativamente as percepções interpessoais”, escrevem os autores no artigo. Revista de Psicologia Experimental.
David Fang, da Universidade de Stanford, e colegas da Universidade de Toronto conduziram estudos para explorar o impacto das abreviações em diferentes cenários de mensagens. Eles começaram pedindo às pessoas que avaliassem a sinceridade das mensagens com e sem abreviações e a probabilidade de resposta. Em seguida, eles analisaram mensagens na plataforma de mensagens sociais Discord, durante um experimento de speed-dating online, e do aplicativo de namoro Tinder.
As pessoas que usaram abreviações tenderam a receber menos respostas do que aquelas que soletraram as palavras, e as respostas eram normalmente mais curtas, descobriram os estudos. Embora os mais jovens usassem mais abreviações, o efeito negativo permaneceu, dizem os pesquisadores.
“As abreviaturas fazem com que os remetentes pareçam menos sinceros e os destinatários menos propensos a responder”, escrevem os autores. “Esses efeitos negativos surgem porque as abreviaturas sinalizam um menor nível de esforço do remetente.”
Desde o a primeira mensagem de texto do mundo em dezembro de 1992, os remetentes desenvolveram uma linguagem mais eficiente, com palavras e frases completas abandonadas em favor do mínimo de letras. Um acordo tímido torna-se idrc, para “Eu realmente não me importo”. E por que se preocupar com a tarefa de escrever “eu te amo” quando eu vou servir?
Os pesquisadores investigaram a questão para entender se as abreviaturas, que pretendem transmitir exatamente o mesmo significado que a palavra completa, tiveram efeitos diferenciados nos destinatários. Uma escola de pensamento é que as abreviaturas são mais descontraídas e informais e promovem uma proximidade entre essas mensagens. Outro afirma que as abreviaturas revelam falta de esforço e interesse pela pessoa.
Numa das experiências, as pessoas que receberam mensagens cheias de abreviaturas responderam com mensagens mais curtas do que outras, aumentando a perspetiva de um ciclo de feedback que processa ainda mais o texto. “Nossas descobertas ecoam a literatura que indica que as pessoas valorizam a qualidade da conversação, preferindo mensagens que transmitam consideração e conexão pessoal”, escrevem os autores.
Apesar de os investigadores se basearem em dados do mundo real para alguns dos seus trabalhos, outros psicólogos questionaram se as abreviaturas eram realmente tão problemáticas.
A professora Linda Kaye, psicóloga da Edge Hill University, disse: “É importante reconhecer que nas interações de mensagens baseadas em texto do mundo real, é muito provável que os receptores tenham muito mais contexto e conhecimento do remetente e, portanto, as percepções serão baseadas em um conjunto muito mais rico de informações. Pode ser que numa interação no mundo real, essas percepções sejam menos proeminentes ou impactantes.”
O Dr. Christopher Hand, psicólogo da Universidade de Glasgow, concorda. “Depende muito da relação pessoal entre remetente e destinatário e se você conhece essas pessoas que usam abreviações ou não”, disse ele. “Vai depender também do contexto: eles estão com pressa? Eles estão usando essas abreviações para evitar o uso de uma palavra tabu completa?”
“É provável que as pessoas escolham cuidadosamente seus estilos de comunicação, dependendo de com quem estão falando, por que estão falando com elas e se é pessoal, profissional, romântico, agressivo e assim por diante”, acrescentou Hand. “A tecnologia moderna vai além das comunicações de texto curto: as características de voz em notas de voz, emoji, gifs, memes e assim por diante provavelmente terão mais impacto do que texto simples.”
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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