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Você é o juiz: meu filho deveria pedir desculpas à nossa vizinha por empilhar folhas na frente da casa dela? | Vida e estilo

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7 meses atrásem
Guardian Staff
A acusação: Jenny
Nosso vizinho acha que Ed foi rude – a coisa madura a fazer seria pedir desculpas para esclarecer as coisas
Houve um pouco de drama em nossa estrada neste outono. Recentemente estive com meu marido, Pete, na Jamaica. Encarreguei nosso filho Ed de arrumar as folhas caídas em nosso jardim enquanto estávamos fora.
Quando voltei, fui parado pela nossa vizinha, Linda. Ela ficou irritada com a maneira como Ed varreu as folhas e sentiu que ele as empilhou para que ficassem mais perto do lado dela da estrada, e que ele ficou um pouco indiferente quando ela tocou no assunto com ele.
Ouvi suas preocupações e pedi desculpas em nome de nossa família. Pessoalmente, não creio que o Ed tenha feito um mau trabalho, mas penso que deveríamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar conflitos com os vizinhos. É a coisa sensata a fazer, preservar a harmonia a todo custo. Mas agora Ed está ofendido. Ele diz que passou duas horas tentando ajudar e que Linda foi rude com ele.
Ed não quer se desculpar nem reorganizar as folhas; ele até ameaçou não varrê-los novamente. Eu acho que isso é um pouco imaturo. Ele é um homem de 23 anos que mora em casa e precisa melhorar em receber feedback. Ele também precisa seguir os limites enquanto mora sob meu teto. Meu marido e eu não pedimos muito a ele e ele não paga aluguel.
Agradeço a ajuda de Ed. Espero que ele não tenha sido rude com Linda, mas, infelizmente, não foi assim que ela percebeu. Eu disse a Ed: “Às vezes na vida você tem que pedir desculpas mesmo quando não fez nada de errado. É injusto, mas é apenas uma daquelas situações.”
Linda é uma senhora idosa que acabou de se mudar, então devemos agradá-la um pouco e garantir que ela se sinta confortável morando em nossa estrada. Ed precisa parar de ser tão dramático e apenas mover um pouco as folhas – não é grande coisa e levaria apenas cinco minutos.
Ele não precisa se humilhar, mas deve fazer as pazes. Quero que ele bata na porta de Linda e resolva o problema, mas ele vê isso como uma admissão de fraqueza. Mais folhas cairão e espero que Ed varra mais nas próximas semanas. Não é uma opção ignorar esse problema ou abrir mão dessa tarefa específica enquanto ele mora em casa.
A defesa: Ed
Estou sendo punido por fazer uma boa ação. Pedir desculpas me faria parecer uma tarefa simples
Meus pais foram embora e me pediram para separar as folhas da nossa garagem. Há um grande castanheiro que cresce no final da nossa estrada, e durante o outono as folhas caídas acumulam-se na calçada. Minha mãe odeia quando as folhas se acumulam, pois ela acha que isso faz com que a frente da nossa casa pareça bagunçada. Então eu obedeci. É um dos trabalhos de outono que sempre faço e gosto de pensar que o faço bem.
No entanto, agora entrei numa mini-guerra com Linda por causa disso – completamente por acidente. Juntei as folhas em uma pilha, que Linda diz ficar parcialmente em frente ao portão da casa dela. Mas há um pequeno espaço entre as nossas casas e acho que varri as folhas no espaço entre elas.
Talvez a pilha se incline um pouco mais para o lado dela, mas é a vida. Não está bloqueando a entrada da casa dela nem nada, e é uma pilha muito organizada. Mas Linda não gostou e me contou isso na rua enquanto meus pais estavam fora. Salientei que ela mesma não varreu nenhuma folhagem e que eu lhe fiz um favor ao limpar as folhas na frente de nossas casas. Levei quase duas horas para varrer todas as folhas.
Mas ela não gostou da minha réplica. Linda afirmou que sempre faria o seu lado e não me agradeceu por ajudar. Na semana seguinte, ela mencionou essa conversa aos meus pais quando eles voltaram, e agora minha mãe acha que eu deveria pedir desculpas a Linda e também reorganizar a pilha de folhas.
Discordo. Não fui rude e não fiz nada de errado. Mamãe quer manter a paz e eu entendo isso. Mas não acho que deva me desculpar por reduzir a carga de trabalho de Linda, especialmente quando ela foi sarcástica comigo e me delatou para meus pais.
Tenho 23 anos, mas sei respeitar os mais velhos. Sempre varri as folhas e me dei bem com todos os nossos vizinhos. Acho que meus pais deveriam dizer a Linda que não há problema com as folhas como estão, caso contrário ela pensará que somos molengas. Se isso falhar, vou parar de varrer as folhas no futuro. Sinto como se minha boa ação tivesse sido jogada de volta na minha cara.
O júri dos leitores do Guardian
Ed deveria apaziguar sua mãe pedindo desculpas ao vizinho?
Ed é culpado com certeza. Brigar com os vizinhos é um mau negócio, especialmente por causa de uma pilha de folhas mortas! Claro, Linda parece chato, mas vale a pena o aggro? É Jenny quem terá que lidar com as consequências.
Kate, 29
Se fosse Linda x Ed, eu apoiaria o jovem todos os dias… No entanto, é realmente Ed x Mamãe. Não sou religioso mas a Bíblia diz “Honra teu pai e tua mãe”. Ed, tome nota: a casa de Jenny, as regras de Jenny. Se você não gosta, saia!
Tomás, 29
Ed está errado, mas não pelos motivos que pensa – ele não deveria se desculpar com Linda, deveria se desculpar com sua mãe.
Patrício, 32
Dado que Ed varreu as folhas durante anos e os vizinhos anteriores (se houve algum) não pareciam ter problemas, Linda está reagindo duramente apenas para fazer barulho.
Ronan, 26
Embora Ed tenha 23 anos, as palavras “sarcástico” e “delator” sugerem imaturidade, assim como a ameaça de não varrer as folhas novamente. No entanto, ele discutiu o assunto diretamente com Linda, que deveria ter deixado por isso mesmo. Isso foi resolvido. Apenas certifique-se de varrer melhor as folhas da próxima vez.
Stewart, 63
Agora você é o juiz
Em nossa enquete online, diga-nos: Ed deveria pedir desculpas?
A votação termina na quinta-feira, 14 de novembro, às 10h GMT
Resultado da semana passada
Perguntamos: deveria Rog, pare de contrabandear seu cantil para o teatro onde sua esposa trabalha?
90% de vocês disseram que Rog é culpado
10% de vocês disseram que Rog é inocente
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO
3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO
3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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