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22% das ações do 8/1 terminaram em acordo com réus no STF – 05/01/2025 – Poder
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12 meses atrásem
Em 8 de janeiro de 2023, as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foram invadidas e destruídas por milhares de pessoas, bradando por uma intervenção militar.
As investigações e as ações penais sobre o 8 de janeiro tramitam no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Analisando todas as decisões no âmbito de investigações e em 1.379 ações penais, proferidas entre 8 de janeiro de 2023 e 5 de julho de 2024 e que estão públicas, é possível ter uma dimensão de como a Procuradoria-Geral da República, a defesa, o ministro relator e o tribunal se posicionaram nos processos, bem como as principais questões suscitadas.
Diante das decisões, se pode traçar uma linha temporal relativa ao 8 de janeiro no Supremo: quatro inquéritos foram abertos, a pedido da PGR, em 12 de janeiro de 2023.
De abril a junho de 2023, foram recebidas as denúncias contra os acusados, momento em que o tribunal afastou os argumentos de incompetência para julgar as ações, a partir da conexão existente entre os fatos do 8 de janeiro e investigações envolvendo pessoas com prerrogativa de foro por função.
Essas decisões foram unânimes na Primeira Turma e por maioria no pleno, vencidos os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques.
Em julho de 2023, foi realizada a instrução das ações penais, com interrogatórios e oitiva de testemunhas; em agosto, atendendo a pedido da OAB, as ações foram suspensas para oportunizar a realização de acordos de não persecução penal (ANPP) e, a partir de setembro, foram iniciados os julgamentos, em sua grande maioria no plenário virtual.
No curso das ações, é possível perceber que houve troca frequente de advogados de defesa dos acusados e abandono do caso na fase de alegações finais, sendo a Defensoria Pública da União chamada para patrocinar a defesa dos réus diante da ausência de representação particular.
As principais decisões proferidas no período se referem a seis principais pontos: alegação de impedimento do ministro Alexandre de Moraes; homologação de ANPP; medidas cautelares; condenações; recursos e incidentes de avaliação de saúde mental.
As alegações de impedimento de Moraes foram afastadas, em sua maioria, de forma monocrática e por questões formais (como apresentação fora do prazo), sendo as decisões amparadas também por posição do plenário do tribunal, de forma unânime.
A partir das decisões analisadas, é possível destacar que em 22% das ações penais houve celebração de acordos de não persecução penal. As decisões que homologaram os acordos avaliaram a admissão da prática do fato e a proporcionalidade das medidas acordadas com o Ministério Público.
Os termos do acordo trazem obrigações de prestação de serviços à comunidade, prestação pecuniária, proibição de uso de redes sociais enquanto durar o acordo e participação em cursos sobre “democracia, Estado de Direito e golpe de Estado”.
Analisando especificamente as decisões do relator sobre prisão, seja no flagrante do dia 8 de janeiro, seja no curso das investigações e ações, 53,3% se referiam à determinação de prisão (seja a conversão de flagrante em preventiva, seja a manutenção da preventiva ou sua determinação para quem respondia em liberdade) e 46,7% determinavam a revogação de prisão preventiva.
Já as decisões referentes a medidas cautelares diversas da prisão (como uso de tornozeleira eletrônica, suspensão de autorização para porte de armas e obrigação de se manter no país), adotadas pelo relator ao longo da investigação e da ação penal, em sua maior parte, atenderam a pedidos da defesa: 37% das decisões flexibilizaram medidas cautelares impostas, frente a 23,6% que não flexibilizaram. Ainda, 10,2% das decisões não revogaram as medidas cautelares e 29,2% das decisões as mantiveram, após apresentação de justificativa sobre a notícia de seu descumprimento.
As decisões de mérito, oriundas do julgamento das ações penais, foram tomadas por maioria do tribunal. Cada julgamento trouxe uma combinação específica de votos para a aferição das condutas e dosimetria da pena. As penas variaram entre 11 anos e 6 meses (2,3%), 11 anos e 11 meses (1,4%), 13 anos e 6 meses (14,5%) 14 anos (36,4%), 14 anos e 2 meses (0,5%), 16 anos e 6 meses (26,4%), 17 anos (16,4%) e 17 anos e 6 meses (0,5%). Apesar das diferentes combinações de votos de ministros, os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques foram os que apresentaram divergências mais profundas.
Por se tratar de julgamento em última e única instância, a possibilidade de recurso é bastante restrita. Segundo precedente criado no caso do mensalão (AP 470), só seria possível a análise de embargos infringentes com a divergência de pelo menos quatro ministros, o que não ocorreu ainda nos casos do 8 de janeiro em julgamento. Por isso, esse tipo de recurso tem sido negado.
As decisões analisadas contemplam, ainda, 15 determinações de realização de exames para verificação da sanidade mental dos réus.
O levantamento foi feito pelas pesquisadoras a pedido do Instituto Galo da Manhã, considerando as decisões que estão públicas no site do STF, proferidas pelo relator ministro Alexandre de Moraes e pelo colegiado do STF nos inquéritos e ações penais decorrentes do 8 de janeiro, até 5 de julho de 2024.
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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre
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1 semana atrásem
23 de dezembro de 2025Notícias
publicado:
23/12/2025 07h31,
última modificação:
23/12/2025 07h32
Confira a nota na integra no link: Nota Andifes
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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.
Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.
Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”
A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”
O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”
A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”
Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”
Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre
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18 de dezembro de 2025A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.
A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.”
Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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