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305 milhões de anos atrás, uma centopéia de 2,60 metros de comprimento

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CFoi um momento irracional. Há mais de trezentos milhões de anos, as libélulas eram do tamanho das nossas águias, e os escorpiões, dos nossos cães. Os paleontólogos chamam esse fenômeno de “gigantismo paleozóico” e discutem suas causas. Alguns vêem o efeito de um excesso de oxigénio na atmosfera durante o Carbonífero (entre 358 milhões e 298 milhões de anos atrás). Outros observam que os artrópodes, os primeiros animais a emergir das águas, há muito que não sofrem com a concorrência no acesso aos recursos vegetais. Sozinhos no bar, eles teriam aproveitado muito.

eu’Artropleura é um exemplo emblemático. Desde 1854 e a descoberta na Grã-Bretanha dos primeiros segmentos fósseis da criatura, a centopéia gigante fascina. Como ele viveu? O que ele estava comendo? E já, quem exatamente era essa criatura segmentada e alongada de quase 3 metros? Isso ocorre porque o termo “centopéia” não é científico.

Os miriápodes – seu nome correto – possuem subfilos que escondem mais de cinco mil espécies agrupadas em quatro classes. Para citar os dois principais, os anglo-saxões escolheram centopéias et milípedes. Simples e claro – mesmo que este último não tenha necessariamente dez vezes mais segmentos que o primeiro.

Paisagem perturbada

Como é frequentemente o caso, o francês, por falta de um nome comum, baseia-se em nomes científicos, nomeadamente quilópodes e diplópodes. A diferença entre os dois? Quanto ao corpo, essencialmente o facto de estes últimos apresentarem dois pares de patas por segmento, enquanto os primeiros apenas têm uma… Por esta razão, face aos fósseis exumados, Artopleura havia sido claramente classificado entre os diplópodes.

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Um artigo publicado na quarta-feira, 9 de outubro, na revista Avanços da Ciência por uma equipa internacional coordenada pelo laboratório de geologia de Lyon, está a abalar a paisagem. Não só o gigante rastejante não é um simples diplópode, mas toda a árvore filogenética das centopéias terá de ser revista.

Os paleontólogos franceses conseguiram, de facto, trazer à luz dois nódulos encontrados nas operações de mineração de carvão em Montceau-les-Mines (Saône-et-Loire), no início da década de 1980. Na altura, paleontólogos amadores, retransmitidos por académicos. , tinham compreendido que os fósseis de 4 centímetros de comprimento, que tinham partido em dois, escondiam uma Artropleura juvenil. Mas não se tratava de continuar com o salame, sob o risco de destruir tudo. Muito menos penetrar na rocha para ler o seu interior – nenhuma técnica permitia isso. As pedras estavam, portanto, adormecidas nas reservas do Muséum d’Autun (Saône-et-Loire).

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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.

“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”

A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.

O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.

 

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)

 

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Propeg — Universidade Federal do Acre

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Propeg — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.

 

Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:

 



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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre

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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre

A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.

Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.

Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.

Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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