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a atormentada história da “Villa Suzette”, propriedade da família Sassou-Nguesso

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a atormentada história da “Villa Suzette”, propriedade da família Sassou-Nguesso

Villa Suzette, em Vésinet (Yvelines), em novembro de 2024.

O grande edifício branco está localizado a cerca de cem metros da estação Vésinet, um subúrbio nobre de Yvelines. “Villa Suzette”, indica uma placa de mármore selada junto ao portal. Segundo um site que lista todas as casas opulentas da cidade, esta casa na Avenida Maurice-Berteaux foi assim batizada por Suzanne de Zara, uma das primeiras moradoras da residência. Este artista teria vivido ali no início do século XX.e século.

A Villa Suzette tem hoje outros proprietários famosos: a família de Denis Sassou-Nguesso, presidente da Congo-Brazzaville. Em julho de 1983, comprou-o por 3 milhões de francos (o equivalente a mais de 1 milhão de euros hoje). Após a derrota nas eleições de 1992, retirou-se lá por algum tempo para se preparar para o seu regresso e recuperar o poder em 1997, após quatro meses de guerra civil.

Um refúgio de paz longe de Brazzaville mas que, segundo a associação Sherpa e outras ONG, foi adquirido graças ao dinheiro desviado das receitas petrolíferas congolesas. Em 2007, estas organizações apresentaram uma queixa aos tribunais franceses por desvio de fundos públicos. Neste caso denominado “ganhos ilícitos”, em que os magistrados procuram saber se os bens franceses de vários líderes africanos (Congo, Gabão, Guiné Equatorial, etc.) foram constituídos com dinheiro público desviado, familiares do presidente congolês foram indiciados.

Para os investigadores, a Villa Suzette teria sido adquirida graças a esses desfalques. De acordo com o despacho de apreensão criminosa de bens imóveis, documento de seis páginas que O mundo pude consultar, o bom “foi financiado com o produto de vários crimes”como cumplicidade na ocultação de desvio de fundos públicos, lavagem de dinheiro, uso indevido de ativos corporativos, quebra de confiança, etc.

Apreendida pela justiça francesa em agosto de 2015, a casa ainda hoje é habitada e ainda pertence à família do presidente congolês. “O caso está em andamentoexplica Jean-Marie Viala, advogado da família Sassou-Nguesso. As apreensões criminais não são ordens de condenação. Ninguém foi julgado ou condenado neste caso. »

“Douramento em todos os lugares”

Mais de quatro décadas após a sua aquisição por Denis Sassou-Nguesso, a Villa Suzette não revelou todos os seus segredos. “Comprei em 1983 e resolvi colocá-lo no nome do meu irmão, um agricultor da aldeia que não tinha condições de pagar tal alojamento, declarou o presidente congolês em entrevista ao semanário L’Express em julho de 2009. É um bem familiar. Mandei meus filhos para estudar na França. Lá eles passaram por uma provação: às vezes não havia aquecimento nem água. » Em Fevereiro de 2002, Denis Sassou-Nguesso decidiu renovar completamente esta villa de 500 m².

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Conselheiro diplomático de Emmanuel Macron apresenta a sua demissão

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Conselheiro diplomático de Emmanuel Macron apresenta a sua demissão

Emmanuel Bonne, conselheiro diplomático de Emmanuel Macron, durante a 60ª Conferência de Segurança de Munique, 18 de fevereiro de 2024.

“Emmanuel Bonne tem a confiança do Presidente da República e deixará o cargo quando quiser” : assim reagiu o Eliseu, domingo, 12 de janeiro, ao anúncio da renúncia do principal conselheiro diplomático de Emmanuel Macron. O sherpa do presidente, que chefia a célula diplomática no Eliseu, disse: segundo informações reveladas na véspera por A Cartada sua vontade de deixar o cargo, embora ainda permanecesse na manhã de segunda-feira a incerteza sobre a realidade desta saída.

Esta não é a primeira vez que Emmanuel Bonne ameaça deixar cargos que ocupa desde maio de 2019, uma longevidade recorde. A sua decisão parece ter sido tomada, segundo as nossas informações, para expressar a sua indignação após um incidente ocorrido pouco antes da partida de Emmanuel Macron e dos seus assessores para Londres, quinta-feira, 9 de janeiro. O Chefe de Estado jantou à noite com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, para falar sobre a situação na Ucrânia e no Médio Oriente, ao mesmo tempo que tenta ultrapassar as marcas deixadas pelo Brexit na relação bilateral.

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Podemos reduzir sofrimento animal, diz ativista – 13/01/2025 – Folha Social+

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Podemos reduzir sofrimento animal, diz ativista - 13/01/2025 - Folha Social+

Victória Pacheco

Em 2014, a ativista Leah Garcés, 46, se viu diante de seu maior inimigo. Ela viajou horas para se reunir com Craig Watts, criador de frangos que fornecia anualmente mais de 700 mil animais de corte a uma das maiores processadoras de aves dos Estados Unidos.

“Estava certa de que se tratava de uma emboscada. Antes de sair, falei a meu marido para me buscar naquele endereço, caso não retornasse. Provavelmente estaria morta em meio aos dejetos de aves”, conta ela.

Mal imaginava Garcés que Watts se tornaria um aliado na luta por melhores condições em granjas de frangos e suínos.

Insatisfeito com o contrato que mantinha desde jovem com a Perdue Farms, o fazendeiro de um condado pobre da Carolina do Norte se afundou em dívidas solicitando empréstimos para criar aves e cumprir exigências da empresa ao longo da vida.

Naquele mesmo ano, ele permitiu que Garcés e sua equipe fizessem filmagens na fazenda. O vídeo mostrando animais amontoados, doentes e com partes do corpo em carne viva ganhou repercussão nacional na imprensa americana e aumentou a pressão por mudanças nos criatórios.

À Folha a ativista colombiana-americana, presidente da ONG Mercy for Animals e autora do recém-lançado livro “Transfarmation: The Movement to Free Us from Factory Farming” (sem tradução no Brasil) conta como trabalha para reduzir o sofrimento animal.

Em seu novo livro, você propõe redesenhar o sistema alimentar para torná-lo mais justo. Como fazer isso na prática?

O livro traz histórias de fazendeiros que desejam se livrar de contratos abusivos com a indústria da carne. Não são os produtores, mas, sim, as empresas que buscam a manutenção de um sistema que explora pequenas propriedades e famílias.

Trabalhamos com essas pessoas para transformar suas granjas em estufas, para que elas possam produzir cogumelos, microverdes [pequenos vegetais ricos em nutrientes] e até cânhamo [planta da mesma espécie da maconha, cannabis sativa, que não apresenta efeitos entorpecentes, devido ao baixo teor de THC (tetrahidrocanabinol), podendo ser empregada para fins industriais e alimentícios].

No Projeto Transfarmation, ajudamos de oito a dez fazendeiros por ano a fazer essa transição. Já estabelecemos polos na Carolina do Norte e em Iowa. Polos semelhantes poderiam ser criados em países como o Brasil ou a Índia, que têm sistemas parecidos.

Como você convence fazendeiros que divergem de seu ponto de vista?

A Mercy for Animals conta com uma rede de fazendeiros aliados. Nosso trabalho é divulgado no boca a boca. Não precisamos ensinar a eles que o atual sistema é ruim. Eles já sabem disso. Estão vivendo endividados.

Quando lançamos o projeto, cerca de 200 nos escreveram imediatamente querendo saber mais sobre a iniciativa, pois se sentiam presos em um sistema em que não queriam estar. Eles não queriam mais andar no meio de frangos mortos e doentes, nem ter que matar para obter seu sustento.

Qual é o papel da indústria nessa transformação?

O papel da indústria é abraçar essa mudança. Empresas estão sempre evoluindo para atender às demandas dos consumidores.

Ao me encontrar com Jim Perdue, presidente de uma grande produtora de frango nos Estados Unidos [Perdue Farms], ele me disse: “Somos uma indústria de proteína, não de frango. Se consumidores pedem um tipo diferente de proteína [como a vegetal], vamos produzi-lo.”

Se conseguirmos encontrar formas de empresas continuarem lucrando, pagando seus acionistas e funcionários, sem usar animais, acredito que elas adotarão essa ideia.

De que maneira as mudanças propostas pela Mercy For Animals podem ser implementadas em países com diferentes percepções culturais sobre o consumo de carne?

A cultura não permanece a mesma. Não assistimos mais a lutas de gladiadores. Em breve, touradas devem acabar. Um dia, a criação intensiva de animais estará nessa mesma categoria.

Além disso, se não reavaliarmos a produção e o consumo de carne, laticínios e ovos, não alcançaremos as metas climáticas. Companhias e governos estão começando a se dar conta disso. Há, inclusive, cidades nos Estados Unidos incentivando [a produção de] alimentos à base de plantas.

É possível garantir que esse tipo de alimento esteja disponível para todos?

Arroz e feijão são alimentos nutritivos e deliciosos que compõem a base nutricional da maioria dos países. O problema é que governos subsidiam a criação de gado.

Se opções de alimentos à base de plantas recebessem os mesmos subsídios que gado, milho e soja, seria possível diminuir seus preços para a população. O mesmo ocorre com alimentos orgânicos.

Considerando que mudar o sistema de produção exigiria apoio do governo e da indústria, o quão escaláveis são as soluções que propõe?

Nos Estados Unidos, já conseguimos mudar 40% da produção de ovos para o modelo livre de gaiolas por meio de nossas campanhas, com a meta de alcançar 60% até 2030. Também eliminamos gaiolas de gestação para suínos.

Estamos obtendo o compromisso de empresas, uma a uma, de mudarem suas práticas, o que leva à adaptação dos produtores e a uma transformação gradual em todo o sistema.

Em países como Brasil e Estados Unidos, onde o controle corporativo domina o sistema alimentar, ao mudar as políticas corporativas, altera-se também a forma de produção. Em outros lugares, como o México, a ação governamental tem mais peso —recentemente, o bem-estar animal foi incluído na constituição.

Seu objetivo é acabar com a produção de carne?

Na Mercy for Animals, nossa meta é um mundo onde animais não sejam mais explorados para alimentação, o que pode levar 300 anos para acontecer. Até lá, podemos reduzir o sofrimento e os danos causados pela produção de carne, laticínios e ovos.

Pressionamos empresas e governos a eliminar as práticas mais cruéis, como gaiolas e celas, permitindo que animais possam bater as asas, se mexer e botar ovos em ninhos.

Leah Garcés, 46

É presidente da Mercy For Animals, organização global que combate a exploração de animais na produção de alimentos. Com quase 20 anos de experiência, ela liderou campanhas em 14 países, fez com que mais de 300 empresas se comprometessem com o bem-estar animal e liderou mais de 80 investigações em fazendas industriais. Garcés é mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento pelo King’s College London.





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Noiva “acha” vestido dos sonhos por R$ 200 em brechó e arrasa no casamento

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A cachorrinha Promise, que mora com a tutora Mary nos EUA, arruma a casa direitinho e tem 8 milhões de seguidores. - Foto: @my_aussie_gal

Esta noiva, que estava sem dinheiro, encontrou o vestido dos sonhos em um brechó, depois de rodar praticamente todas as lojas que conhecia. A surpresa veio com o preço: US$ 25, menos de R$ 200. Ao final, entre ajustes e limpeza da peça, ela gastou cerca de R$ 450 e ficou linda!

A fonoaudióloga Julia Webber, de 26 anos, mora na Flórida, nos EUA, queria algo “simples e elegante” e conseguiu. E pensa que ela escondeu dos convidados que comprou o vestido num brechó?



“No casamento, comecei a contar às pessoas o custo e a reação ao verem ao vivo foi de uma incrível descrença”, ninguém acreditava, contou.

Ajudar outras noivas sem grana

Acompanhada pela mãe e pelas irmãs, a jovem entrou no brechó Hospice of Palm Beach County Foundation Resale Shop, e imediatamente viu o vestido. “A vida é imprevisível”, disse ela.

Depois de brilhar no casamento, Julia compartilhou a descoberta do vestido nas redes sociais.

Ela quer ajudar outras noivas sem dinheiro como ela. E, agora, planeja “passar” o vestido para outras jovens que têm casamento marcado.

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Vestiu como uma luva

Além do preço baixo, Julia disse que ficou impressionada como ele vestiu bem. “Eu fechei o zíper e ele serviu como uma luva. Eu soube imediatamente que era o tal vestido.”

Foi realmente um achado: “Era completamente para ser”, ressaltou. “Todos tiveram a mesma reação”, comemorou Julia.

Mais que isso: “Tinha uma etiqueta novinha em folha.” Ou seja: o vestido jamais tinha sido usado.

“Eu amei o bordado”, disse Julia.

De acordo com a noiva, um vestido novo de casamento, na loja mais conceituada da sua cidade, custa até US$ 3.000, cerca de R$ 18 mil, informou o GNN.

Ela se casou, em dezembro, com o amor da sua vida, Michael, que conheceu ainda na escola.

Ele chorou ao ver a amada caminhando em direção ao altar. Não é para menos!

Veja:

Julia e Michael no grande dia e felizes! Foto: SWNS/GNN Julia e Michael no grande dia e felizes! Foto: SWNS/GNN



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