MUNDO
A defesa aérea russa derrubou o avião do Azerbaijão no Cazaquistão? | Notícias da guerra Rússia-Ucrânia

PUBLICADO
6 meses atrásem
Kyiv, Ucrânia – Autoridades de defesa aérea russas poderiam muito possivelmente ter atingido um jato de passageiros do Azerbaijão sobre a Chechênia depois de entrarem em pânico durante um ataque de drone ucraniano, disseram analistas e especialistas da Ucrânia, Cazaquistão e Azerbaijão à Al Jazeera.
Moscovo também pode ter agravado o que um especialista descreveu como um “crime” ao não deixar o avião danificado aterrar nas proximidades e, em vez disso, forçá-lo a voar para o Cazaquistão.
A análise destes especialistas surge em meio a relatórios de montagem citando autoridades não identificadas do Azerbaijão e outros analistas apontando o dedo para a Rússia pelo acidente, no qual pelo menos 38 pessoas morreram.
O Kremlin afirmou que o voo AZAL 8432 com 67 passageiros a bordo atingiu um bando de pássaros na manhã de quarta-feira, depois de entrar no espaço aéreo russo para pousar em Grozny, capital administrativa da Chechênia.
Mas em poucas horas, fotos e vídeos do avião surgiram, aparentemente mostrando buracos profundos e múltiplas marcas na cauda.
Os danos são semelhantes aos causados por um ataque do Pantsir-S1, um sistema de defesa da era soviética que a Chechênia usa para repelir ataques de drones ucranianos, dizem especialistas. Na altura, as forças de defesa aérea chechenas estavam a repelir um ataque de drones ucranianos, alegando terem abatido “todos eles”.
“Nenhum pássaro pode causar tais danos; é absurdo e criminoso reivindicar tal coisa”, disse um especialista em segurança da aviação do Cazaquistão à Al Jazeera.
Ele insistiu no anonimato porque as autoridades cazaques prenderam o blogueiro Azamat Sarsenbayev por 10 dias depois que ele tirou fotos e gravou vídeos no local do acidente.
“O facto de terem prendido o blogueiro mostra que estavam a seguir uma instrução do Kremlin”, disse Alisher Ilkhamov, chefe da Due Diligence da Ásia Central, um think tank com sede em Londres, à Al Jazeera.
Enquanto isso, o avião foi “exposto a interferências e falsificações de GPS” que são rotineiramente usadas contra ataques de drones, de acordo com o Flightradar24, um serviço internacional de rastreamento de voos.
As autoridades da aviação russa não permitiram que o avião pousasse em nenhum dos vários aeroportos próximos, forçando os pilotos a sobrevoar o tempestuoso Mar Cáspio para tentar pousar na cidade de Aktau, no oeste do Cazaquistão. O avião caiu perto do aeroporto de Aktau.
“Eles queriam considerar isso um ataque a pássaros, mas no final o blogueiro cazaque arruinou seus planos”, disse Ilkhamov.
O Cazaquistão tem sido durante décadas um dos aliados mais próximos da Rússia na Ásia Central, e o seu presidente Qasym-Jomart Toqayev convidou as forças russas a ajudar o seu governo reprimir uma revolta popular em 2022.
Até agora, o Kremlin recusou-se a comentar as crescentes acusações de que a Rússia poderia ter estado envolvida na queda do avião.
“Não tenho nada a acrescentar”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas em Moscovo, na sexta-feira. “Não nos sentimos no direito de dar avaliações, não faremos isso.” Moscou alertou contra especulações sobre as causas da queda do avião, pedindo que os investigadores sejam autorizados a concluir suas investigações primeiro.
Mas se a defesa aérea russa derrubasse o avião, o Kremlin e o líder da Chechênia, Ramzan Kadyrov, “quebrariam todas as regras internacionais que podiam”, de acordo com Ihor Romanenko, ex-vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, que se concentrou na defesa aérea para décadas.
“Eles cometeram um crime. Eles ficaram assustados, pensando que talvez fosse uma provocação”, disse ele, atribuindo a negligência à “psicose” de Kadyrov em relação aos recentes ataques de drones ucranianos que atingiram e danificaram instalações militares em Grozny.
Quanto à decisão russa de não permitir que o avião aterrasse no seu território, Romanenko disse: “Eles queriam afogar estas pessoas cansadas, stressadas e feridas”.
Entretanto, alguns meios de comunicação russos afirmaram que foram os drones ucranianos que danificaram o avião, enquanto os canais de televisão administrados pelo Kremlin insistiram que os pássaros e o nevoeiro causaram a queda.
“Eles estão delirando. Foram estilhaços que danificaram” o avião, disse à Al Jazeera Andrey Pronin, pioneiro no uso de drones nas forças armadas ucranianas e que dirige uma escola para pilotos de aeronaves não tripuladas em Kiev.
Baku não anunciou oficialmente os resultados da sua investigação, mas uma série de autoridades e especialistas do Azerbaijão insistiram que a defesa aérea russa causou o acidente.
Em 2014, um avião de passageiros da Malásia caiu sobre áreas controladas pelos separatistas no sudeste da Ucrânia.
Todos os 283 passageiros e 15 tripulantes morreram, e uma investigação liderada pelos holandeses concluiu dois anos depois que um míssil russo Buk derrubou o avião. Vários separatistas disseram a este repórter, dias após o ataque, que derrubaram o avião confundindo-o com um avião militar ucraniano.
A queda do avião no Azerbaijão não “cortará” os laços entre Moscou e Baku, mas já prejudicou a imagem da Rússia no país Cáspio, rico em petróleo, disse um analista baseado em Baku.
“Baku dificilmente optará por romper os laços com Moscovo, mas o incidente terá, sem dúvida, um impacto negativo nas relações bilaterais”, disse Emil Mustafayev, editor-chefe da revista Minval Politika, à Al Jazeera.
“Além disso, a Rússia corre o risco de perder os últimos vestígios da sua autoridade entre o público no Azerbaijão”, disse ele. “Mesmo aqueles que apoiavam Putin hoje veem a Rússia com desdém devido às suas tentativas de esconder a verdade e evitar a responsabilidade pela tragédia.”
O governante checheno Kadyrov é um ex-homem forte separatista cujas políticas com mão de ferro na província montanhosa do norte do Cáucaso, de maioria muçulmana, muitas vezes desprezam as leis federais russas.
O líder tem sido um dos mais veementes apoiantes da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia e afirmou que os militares chechenos lideram a guerra.
Mas a análise da Al Jazeera mostrou que a sua papel no conflito era mínimo e consistia principalmente em assustadores militares étnicos russos e policiamento das áreas ocupadas por Moscou.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
Leia mais notícia boa
- Menino autista imita cantos de pássaros na escola e vídeo viraliza no mundo
- Cidades apagam as luzes para milhões de pássaros migrarem em segurança
- Três Zoos unem papagaios raros para tentar salvar a espécie
Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
Leia Mais: Só Notícias Boas
Relacionado
MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO
1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
Leia mais notícia boa
A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
Relacionado
MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO
1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
Leia mais notícia boa
Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
- Economia e Negócios7 dias ago
O novo rico de Wall Street – Financial Optimized Access
- Economia e Negócios7 dias ago
Comprar engajamento no Instagram é bom? Até que ponto é útil?
- CULTURA6 dias ago
Exposição sobre presídios acreanos é levada para Assembleia Legislativa do Acre para Audiência Pública do plano Pena Justa
- ACRE5 dias ago
BANCO DA AMAZÔNIA LANÇA EDITAL DE R$ 4 MILHÕES PARA APOIAR PROJETOS DE BIOECONOMIA NA REGIÃO AMAZÔNICA
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login