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A maior bola fora de Alexandre de Moraes

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A maior bola fora de Alexandre de Moraes

Matheus Leitão

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de interromper o processo de extradição de um cidadão búlgaro que cometeu crimes na Espanha, pode ser definida como sua maior bola fora.

Ao menos, quando o escopo da análise é o seu protagonismo contra a extrema direita golpista brasileira.

Para pressionar o governo espanhol, o magistrado interrompeu a extradição e também soltou um notório traficante, mandando-o para a prisão domiciliar no Brasil com tornozeleira eletrônica. O búlgaro se chama Vasil Gergiev Vasilev. Ele vive atualmente em solo brasileiro.

Em outubro de 2022, de acordo com a Interpol, o cidadão transportou 52 quilos de cocaína por Barcelona em malas que deveriam ser entregues a um outro criminoso. Depois, conseguiu fugir e parou no Brasil.

Obviamente que o governo espanhol quer Vasil Gergiev Vasilev cumprindo pena em Barcelona. É legítimo e correto, mas Alexandre de Moraes resolveu jogar aos quatro ventos que a Espanha descumpriu o “requisito de reciprocidade” no tratado de extradição que tem com o Brasil ai negar o envio do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio.

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“Em matéria extradicional, é pacífico o entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido da exigibilidade da reciprocidade pelo país requerente, sendo que, a ausência deste requisito obsta o próprio seguimento do pedido”, disse o ministro.

Soltar um traficante por birra quando o motivo é um bolsonarista de terceira linha definitivamente não é bom negócio.

O pior de tudo que isso acontece no meio do fogo cruzado da anistia aos golpistas do 8 de Janeiro e de dezembro de 2022 que tacaram fogo na capital e destruíram as sedes dos Três Poderes.

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Alexandre de Moraes não precisava comprar essa briga e a reação foi péssima. A revista britânica The Economist publicou nesta quarta, 16, que o ministro tem “poderes surpreendentemente amplos” e “excessivos”. E isso saiu mesmo sem que a publicação computasse a decisão de Moraes contra a Espanha.

O ministro do STF já arrumou uma confusão internacional com Elon Musk, hoje assessor direto de Donald Trump, e acabou processado nos Estados Unidos por uma empresa do presidente americano.

Agora arruma mais um alvoroço com um país europeu. Será que vale a pena mesmo esse tipo de stress internacional por um ator menor dentro da grande estrutura golpista da extrema direita no país?



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O novo constrangimento de Lula com a sua base

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O novo constrangimento de Lula com a sua base

Matheus Leitão

O presidente Lula admitiu novamente que será candidato à reeleição em 2026 se estiver com a saúde em dia. Desta vez, a declaração aconteceu em uma reunião com líderes do Congresso Nacional.

É claramente uma mudança na estratégia de comunicação do governo após a chegada do marqueteiro Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação, a Secom. O mandatário evitava completamente de falar disso, mas agora tem repetido o papo exaustivamente nas reuniões.

A popularidade lá embaixo, com a inflação em alta afastando a classe média… e hoje perdendo para Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas e a ex-primeira-dama Michelle, Lula vive sobressaltos de constrangimentos.

O desta semana foi a recusa do deputado Pedro Lucas, do União Brasil, que resolveu simplesmente não aceitar um chamado para assumir o Ministério das Comunicações, algo raríssimo em Brasília.

Todo deputado da base – ou a maioria deles – quer ser deputado.

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Pedro Lucas tem negado publicamente, mas não aceitou o cargo porque o governo tem sido muito mal avaliado pela população. Achou por bem ficar no parlamento e seu partido, mesmo da base, já tem até pré-candidato a presidente.

Isso é um termômetro de que o governo não vai bem. Lula quer buscar essa reeleição, mas não vai ter vida fácil. O presidente é muito competitivo, vai sempre muito bem nas eleições, mas a realidade será bem diferente da última vez em que buscou a reeleição. O ano era 2006 e o mandatário tava com a aprovação nas alturas.



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Alexandre de Moraes determina prisão de Fernando C…

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Alexandre de Moraes determina prisão de Fernando C...

Meire Kusumoto

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira, 24, a prisão do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello.

Collor foi condenado em 2023 pelo Supremo por corrupção na BR Distribuidora. Os ministros entenderam que o ex-presidente recebeu 20 milhões de reais para viabilizar irregularmente contratos da estatal com a UTC Engenharia.

Na decisão desta quinta, Moraes pede que o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, convoque uma sessão virtual extraordinária do plenário para que os demais ministros referendem sua decisão. O pedido de prisão, no entanto, deve ser cumprido imediatamente.

Barroso marcou a sessão para esta sexta-feira, 25, de 11h às 23h59.

 



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Câmara cassa mandato de Chiquinho Brazão, acusado…

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Câmara cassa mandato de Chiquinho Brazão, acusado...

Meire Kusumoto

Acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco, o deputado Chiquinho Brazão teve seu mandato cassado nesta quinta-feira, 24, pela Mesa Diretora da Câmara, por excesso de faltas a sessões da Casa. A decisão foi publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O documento justifica a cassação afirmando que Brazão incorreu na hipótese prevista no artigo 55 da Constituição Federal, que prevê a perda de mandato do parlamentar “que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada”.

Brazão está preso desde março do ano passado por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle. Após a operação que prendeu Brazão, seu irmão Domingos Brazão e o ex-delegado Rivaldo Barbosa no âmbito das investigações do caso, um processo de cassação foi aberto para retirar o mandato de Chiquinho. A cassação chegou a ser aprovada no Conselho de Ética, mas não foi pautada em plenário.



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