NOSSAS REDES

ACRE

A opinião do Guardian sobre o alerta de Biden sobre a oligarquia: Trump e os malfeitores da riqueza | Editorial

PUBLICADO

em

Editorial

UMos aristocratas são “os animais mais difíceis de administrar, de qualquer coisa em toda a teoria e prática do governo. Eles não permitirão que sejam governados”, John Adams avisadoescrevendo após sua presidência. Banir títulos foi insuficiente; alguns ainda se distinguiriam pelo nascimento ou, especialmente, pela riqueza. O problema não era apenas a sua capacidade de comprar favores políticos, mas a aperto que o dinheiro deles tinha na mente das pessoas.

O poder económico e político entrelaçam-se em todo o lado. O medo da influência descomunal dos ricos existiu ao longo da história dos EUA. No entanto, às vezes o relacionamento se torna especialmente rígido e ameaçador. Na quarta-feira, Joe Biden evocou a Era Dourada do século XIX e os barões ladrões – que esmagaram concorrentes, exploraram trabalhadores, compraram juízes e políticos e ostentaram riqueza – na sua advertência contra os oligarcas.

Em suas palavras de despedida no Salão Oval, o presidente falou das suas conquistas: “As sementes estão plantadas, crescerão e florescerão durante as próximas décadas”. É verdade que recebeu crédito insuficiente pelo fortalecimento da economia, pelo investimento verde, pela expansão massiva dos cuidados de saúde e pela gestão do desastre da Covid que herdou de Donald Trump, juntamente com o seu apoio à Ucrânia. Mas o seu descuido para com as vidas palestinianas em Gaza e a sua recusa em afastar-se mais cedo – extraordinariamente, ele ainda mantém que ele poderia ter derrotado Trump – contribuiu para a derrota dos Democratas.

O que ressoou, no entanto, foi a sua chamada de alarme como ele avisou da “perigosa concentração de poder nas mãos de muito poucas pessoas ultra-ricas”, acrescentando: “Uma oligarquia está a tomar forma na América de extrema riqueza, poder e influência que literalmente ameaça toda a nossa democracia, os nossos direitos e liberdades básicos e uma chance justa para todos progredirem.

Como o de Dwight Eisenhower aviso de despedida contra o complexo militar-industrial – citado por Biden – este foi um alerta inesperado e ameaçador para o público americano. A desigualdade está em níveis surpreendentes. O 0,1% da população dos EUA detêm quase seis vezes mais riqueza total que o 50% inferiores. Tanto os democratas como os republicanos lucraram com os super-ricos: pelo menos 83 bilionários apoiou Kamala Harris campanha. Ninguém imagina que todos o fizeram devido a uma preocupação desinteressada pela sua nação.

No entanto, raramente o casamento entre a política e a riqueza foi tão nu e desavergonhado como no caso de Trump. O homem que se enfurece contra as elites montou um gabinete com 13 bilionários. Elon Musk, a primeira pessoa cujo património líquido ultrapassou os 400 mil milhões de dólares, diz que os cidadãos enfrentarão “dificuldades temporárias”como seu departamento de eficiência governamental reduz gastos públicos. “Oilgarcas” já estão colhendo os frutos por apoiar Trump, amigo dos combustíveis fósseis.

Embora vários egos grandes estejam próximos, este casamento provavelmente prosperará sem desafios externos. À medida que a raiva crescia na viragem do século passado, Theodore Roosevelt enfraqueceu os “malfeitores da riqueza”, quebrando a confiança, criando agências reguladoras e colocando a terra fora dos limites da exploração comercial. Muitos americanos anseiam por outro “acordo justo”. Mas a riqueza permite aos seus proprietários moldar a realidade. As ferrovias que enriqueceram os magnatas do século 19 literalmente definir a hora para o qual a nação correu. Agora, o “complexo industrial tecnológico” destacado por Biden e dirigido pelos novos amigos de Trump funciona a um nível ainda mais íntimo, determinando o que os eleitores veem. Em última análise, poderá estar em jogo a questão de quem governará: o povo ou os novos aristocratas da América.

Você tem uma opinião sobre as questões levantadas neste artigo? Se desejar enviar uma resposta de até 300 palavras por e-mail para ser considerada para publicação em nosso cartas seção, por favor Clique aqui.



Leia Mais: The Guardian

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

ACRE

Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

//www.instagram.com/embed.js



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

MAIS LIDAS