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A Rússia é responsável? – DW – 27/12/2024

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Dois dias depois de um avião da Azerbaijan Airlines (AZAL) ter caído em Aktau, Cazaquistãoo Azerbaijão parece estar a aumentar a pressão sobre a Rússia. Embora ainda esteja em curso uma investigação no Cazaquistão, os resultados preliminares foram divulgados à imprensa. À medida que um ataque acidental de mísseis de defesa aérea russos se torna a principal teoria por trás do acidente, cada vez mais autoridades do Azerbaijão apelam à Rússia para que admita a responsabilidade.

O que aconteceu na manhã de Natal?

O voo J2-8243 da Azerbaijan Airlines caiu na quarta-feira em um campo perto de Aktau, no oeste do Cazaquistão. Dos 67 passageiros a bordo, 38 morreram e 29 foram hospitalizados, alguns com ferimentos graves.

O avião não deveria pousar em Aktau. A aeronave decolou de Baku na manhã de quarta-feira e estava prestes a pousar em Grozny, na Rússia, uma área que recentemente foi fortemente alvo de drones ucranianos, quando algo aconteceu que alguns sobreviventes descreveram mais tarde como uma colisão com um pássaro.

Vídeos do pouso de emergência perto de Aktau mostram o avião ganhando altitude, depois descendo bruscamente antes de cair no chão e pegar fogo. Outros vídeos mostraram a aeronave destruída no campo.

Além dos danos causados ​​pela queda, os vídeos mostram a fuselagem repleta de pequenos buracos. Alguns especialistas, incluindo aqueles com quem a DW conversou, dizem que esses buracos podem ser atribuídos a um ataque dos sistemas antiaéreos da Rússia.

Investigação em andamento

O Cazaquistão lançou uma investigação sobre as causas do incidente. Uma comissão de investigação criada pelo primeiro-ministro do país inclui, entre outros, um vice-primeiro-ministro e a liderança de vários ministérios. A comissão estaria colaborando com o Azerbaijão.

Nenhum funcionário do governo anunciou quaisquer resultados da investigação ainda. O presidente do Senado, Maulen Ashimbayev, disse na quinta-feira que não sabia o que causou a tragédia. Ele também chamou a teoria de um ataque do sistema antiaéreo russo de especulação. “Divulgar tais alegações não é certo e é antiético”, comentou Ashimbayev.

Esta reação corresponde às palavras do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Ele se recusou a comentar as alegações sobre o ataque do sistema de defesa aérea russo. Em vez disso, ele convocou as partes esperem até que a investigação no Cazaquistão seja concluída.

Reações em Baku

Em Baku, as autoridades parecem menos pacientes. Fontes do governo do Azerbaijão vazaram os resultados preliminares da investigação à imprensa. De acordo com a Euronews e a Reuters que citam as suas fontes, o avião pode ter sido atingido por engano pelo sistema russo de mísseis de defesa aérea Pantsir-S, e a comunicação da aeronave “foi paralisada” pelos sistemas de guerra eletrónica quando se aproximou de Grozny.

“Ninguém afirma que isso foi feito de propósito. No entanto, tendo em conta os factos estabelecidos, Baku espera que o lado russo confesse o abate do avião do Azerbaijão”, citou uma fonte da Reuters.

Num outro artigo publicado pelo website de notícias local Day.Az na sexta-feira, as fontes do gabinete do Presidente do Azerbaijão recusaram abruptamente aceitar qualquer ajuda oferecida pelas autoridades chechenas.

“Estamos prestando e continuaremos a prestar a assistência necessária aos nossos cidadãos. O Azerbaijão exige o reconhecimento do facto, um pedido de desculpas e o pagamento de compensações apropriadas”, disse uma fonte.

Aumentam as alegações de que fogo antiaéreo causou queda de avião

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AZAL suspende voos para algumas regiões russas

Enquanto isso, a Azerbaijan Airlines suspendeu vários voos de Baku para sete cidades em Rússia a partir de 28 de dezembro. Estas são áreas afetadas por ataques de drones ucranianos e onde os sistemas de defesa aérea russos estão ativos.

Em comunicado oficial, a companhia aérea afirmou que o avião que caiu na quarta-feira sofreu “interferência física e técnica externa”.

Depois que crescentes sinais de irritação do lado do Azerbaijão se tornaram públicos, as autoridades da aviação russa divulgaram mais detalhes sobre as circunstâncias que levaram à queda do avião.

O chefe da agência federal de transporte aéreo da Rússia, Dmitry Yadrov, disse na sexta-feira que o chamado plano Tapete foi implementado antes da queda do avião AZAL devido a um ataque de drone ucraniano.

Isso significa que o aeroporto de Grozny foi fechado para partidas e chegadas e todas as aeronaves foram obrigadas a deixar a área.

De acordo com Yadrov, os pilotos tentaram, sem sucesso, pousar em Grozny duas vezes. Ele mencionou que a área estava coberta por uma densa neblina. A tripulação então supostamente se recusou a considerar opções alternativas de pouso na Rússia e voou para Aktau, mas o avião caiu na área costeira.

Blogueiros pró-Kremlin admitem ataque russo

Embora a mídia estatal russa pareça disposta a evitar mencionar a possibilidade de um míssil russo atingir o avião, os blogueiros militares pró-Kremlin no Telegram parecem não ter dúvidas sobre o que aconteceu.

Os canais militares mais populares do Telegram, como Rybar, Yuri Podolyaka e Alex Parker, escrevem que o ataque ao sistema antiaéreo russo parece ser a causa mais provável do acidente.

“Mas tenho certeza de que os chechenos conseguirão evitar a responsabilidade e ninguém será punido”, diz um post no canal Alex Parker.

Editado por: Rob Mudge

Autoridades: acidente no Cazaquistão provavelmente devido a fogo russo

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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