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A verdade sobre o Dia das Bruxas

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A verdade sobre o Dia das Bruxas

Halloween não passa de uma invenção da indústria de doces dos EUA? Ou é uma antiga tradição celta? Nada disso: a verdadeira história da festa do terror é ainda mais interessante.Figuras sombrias perambulam pela noite no dia 31 de outubro, véspera do Dia de Todos os Santos. Caretas horripilantes, mascarados nas sombras. Eles estão prestes a bater à sua porta… é Halloween, o Dia das Bruxas, a feliz noite do terror, cheia de assombrações e de diversão.

É comum afirmar que esse evento, exportado dos Estados Unidos para muitos países, é puramente comercial, como o Papai Noel da Coca-Cola ou as rosas no Dia dos Namorados. A indústria do Halloween não se cansa de vender abóboras de plástico e máscaras assustadoras ao redor do mundo.

Os pagãos celtas comemoravam o Samhain, um festival semelhante ao Dia de Ação de Graças para marcar a colheita do início dos “dias frios”, que, na Europa, antecedem a chegada do inverno em dezembro. Já a Igreja, que dominava a cultura europeia na época medieval, comemorava o Dia de Todos os Santos, bem em 1º de novembro.

O termo Halloween deriva da frase em inglês All Hallows Eve – a noite anterior ao Dia de Todos os Santos. A véspera da comemoração cristã era um momento de vigília para lembrar e rezar pelos mortos.

Segundo a crença cristã, eles estão esperando o Juízo Final, que vem acompanhado da ressurreição de Jesus Cristo. No início da Cristandade, acreditava-se que esse dia chegaria logo. O que não aconteceu.

Pobres almas no purgatório

“E aí a gente começou a se perguntar cada vez mais: o que acontece realmente com as almas? O que elas fazem? Será que podemos dar algum sentido a esse tempo até o Juízo Final?”, explica a antropóloga cultural Dagmar Hänel.

Dessa forma surgiu o conceito de purgatório, uma espécie de estação intermediária entre a morte e a eternidade, em que cada um começa a processar seus pecados e se purificar.

Havia então uma conexão entre o lado de cá, a vida, e as pobres almas no além. “Essa crença está presente em todas as religiões: pode-se influenciar a vida após a morte, e vice-versa. Por isso rezamos o terço, fazemos o bem e damos esmolas. Tudo isso tem efeito direto no sofrimento das pobres almas no purgatório”, explica Hänel.

Na Idade Média, os fiéis iam de casa em casa na noite anterior ao Dia de Todos os Santos para pedir oferendas. Em algumas áreas rurais da Alemanha esse hábito ainda perdura. Jovens solteiros andam pelos vilarejos, rezam, cantam, abençoam e em troca recebem – exigem – dinheiro ou comida. Nos EUA, esses costumes se tornaram brincadeiras de criança: “trick or treat”, “gostosuras ou travessuras”.

Tradição que desapareceu na Europa

Com o avanço do iluminismo eclesiástico no século 18 e começo do 19, as Igrejas se tornaram cada vez mais céticas em relação aos antigos costumes, até mesmo proibindo alguns, conta a antropóloga Hänel.

Ao mesmo tempo a industrialização gerou redes sociais mais densas, portanto, não havia mais a necessidade de recolher tantas doações aos mais pobres. “O contexto do costume desapareceu. Os costumes têm algo a ver com a necessidade, eles não existem por diversão, mas porque se precisa deles.”

Com as leis sociais estabelecidas pelo chanceler do Império alemão Otto von Bismarck no fim do século 19, essa necessidade desapareceu ainda mais. O Estado passou a ser o responsável por cuidar dos pobres. E foi assim que um costume simplesmente se extinguiu.

“Migração reversa transatlântica”

Mas a tradição não estava completamente morta. Imigrantes irlandeses levaram o costume consigo para a América no século 19. Eles não tinham muitas posses, mas preservaram sua cultura. Lars Winterberg, especialista em antropologia histórica e etnologia europeia, acredita que o Halloween tenha sido primeiramente celebrado nos bairros de imigrantes das grande cidades.

Essa tradição teria continuado na nova situação de vida dos imigrantes irlandeses. “A integração raramente funciona como uma via de mão única. Há sempre uma mistura da cultura imigrante com a da sociedade hospedeira.”

Foi assim que a tradição do Halloween se espalhou pelos EUA. No início, era um evento mais para as crianças, mais tarde se tornaria algo mais “adulto”, com as primeiras festas, decorações e fantasias.

Durante e após a Segunda Guerra Mundial, a festividade acabou retornando à Europa: os soldados americanos estacionados na Alemanha celebravam o Dia das Bruxas, os alemães só observavam. Ele se tornou mais atraente quando invadiu a Europa na forma de filmes e séries.

Diferentes tipos de terror

O que impulsionou a popularidade foi o filme Halloween – O regresso do mal. Um clássico do terror, após o qual a festa jamais seria a mesma. Pois hoje em dia ela mistura tudo: zumbis, morte, diabos, bruxas, vampiros, demônios, fantasmas e brincadeira de criança. Até mesmo os irlandeses tradicionais festejam o Halloween à moda americana.

O etnólogo europeu Jörg Fuchs, da Universidade de Würzburg, acha isso um absurdo. “O Halloween está voltando para a Irlanda. Lá eles comemoram uma festa americana com raízes irlandesas, mas com design americano.”

A Alemanha também é contagiada pelo vírus do Halloween: há abóboras com rostos assustadores nas vitrines de lojas, muitos promovem festas do Dia das Bruxas em 31 de outubro, o público jovem é que mais se deixa contagiar.

Substituto do Carnaval?

Quando o Dia das Bruxas se tornou popular na Alemanha, nos anos 1990, parecia que a indústria do Carnaval tentava forçar a ideia sobre os alemães. Fuchs tem uma teoria interessante a respeito.

“Em 1991, a parada da Segunda-Feira das Rosas [Segunda-Feira de Carnaval no oeste da Alemanha] foi cancelado devido à guerra do Iraque. Foi uma catástrofe para a indústria carnavalesca. Buscando uma segunda fonte de renda, considerou-se que festa se poderia estabelecer no decorrer do ano. Desde então há um boom comercial [do Halloween].”

Mas muitos na Alemanha continuam não dando bola para o Dia das Bruxas. Até porque há uma alternativa, especialmente na região do vale do Reno, no oeste, onde o Carnaval é comemorado com mais intensidade. A festa começa em 11 de novembro e dura até a Quarta-Feira de Cinzas. E também com base numa velha tradição cristã.

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Cagliari x AC Milan Palpites

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Escudo de Cagliari e AC Milan na disputa da Série A.

Cagliari x AC Milan se enfrentam em partida válida pela 12ª rodada da Série A 2024. 

O duelo acontecerá neste sábado (09), às 14:00 (horário de Brasília), em Cagliari, no Estádio Unipol Domus.

As equipes de Cagliari e AC Milan chegam para o confronto da rodada onde está na fase intermediária da competição da elite italiana.

Veja o nosso palpite, onde assistir e veja as prováveis escalações para o confronto de hoje.


Prognóstico

AC Milan vence

Melhor Odd

1.62

Bônus

Bônus R$1 000



Histórico de Cagliari x AC Milan: O AC Milan leva a vantagem

  • Ao longo da história, os times se enfrentaram por 12 vezes, sendo que o AC Milan leva a vantagem com 10 vitórias e o Cagliari tem 0 vitórias e 2 empates.
  • Analisando as escalações do Cagliari e AC Milan, é de suma importância falar que o mandante tem o 3º pior ataque e o visitante a 4ª melhor defesa da competição.
  • Na Série A 2024, o AC Milan tem uma diferença de 8 pontos para o Cagliari.

Cagliari – Fugir do rebaixamento

O Cagliari vem muito pressionado e há 1 ponto para entrar no rebaixamento e qualquer que seja o resultado que não for a vitória, corre grande risco de entrar na degola da tabela.

Desempenho Atual

Jogo do Cagliari hoje, vem como azarão pelas casas de apostas mesmo que esteja jogando em seus domínios e com a torcida. 

O clube vem de três derrotas consecutivas no campeonato da elite italiana e isso explica o porquê de estar com o terceiro pior ataque pois não tem um jogo propositivo.  

E assim o clube não consegue reagir na partida seja para buscar o empate ou de virar o resultado. Como mandante em eventos oficiais, só conseguiu vencer uma partida.

Já os desfalques são: Yerry Mina e Michel Adopo, ambos expulsos no último jogo.

Últimos 5 Jogos

Prováveis Escalações do Cagliari

  • S. Scuffet, Goleiro 
  • T. Augello, Defesa 
  • S. Luperto, Defesa 
  • Y. Mina, Defesa
  • G. Zappa, Defesa 
  • M. Adopo, Meia
  • A. Makoumbou, Meia
  • Zito, Meia 
  • G. Gaetano, Atacante 
  • N. Zortea, Atacante 
  • R. Piccoli, Atacante

Técnico: Davide Nicola

AC Milan – Encostar no G6

O AC Milan vem fazendo um começo de temporada boa e vem para mais esta rodada para encostar no G6 que é o Juventus. 

Desempenho Atual

Milan hoje, além de estar bem na competição, é um time forte e com uma carta de jogadores importante e expressivo.

O clube vem com as atenções divididas com a Champions League, onde vem bem com 4 vitórias nos últimos cinco jogos.

O clube na competição nacional também vem de vitória e com isso, vem bem motivado por ter superado um clube grande que foi o Real Madrid, conseguindo 9 finalizações no alvo.

Sobre os desfalques, o clube não relatou nenhuma falta para a partida.

Últimos 5 Jogos

Prováveis Escalações do AC Milan

  • M. Maignan, Goleiro 
  • Emerson, Defesa 
  • M. Thiaw, Defesa 
  • F. Tomori, Defesa
  • T. Hernandez, Defesa 
  • Y. Fofana, Meia
  • Y. Musah, Meia
  • C. Pulisic, Meia 
  • T. Reijnders, Atacante 
  • R. Leão, Atacante 
  • A. Morata, Atacante

Técnico: Paulo Fonseca

Estatísticas Cagliari x AC Milan – AC Milan em busca da terceira vitória seguida

Algumas estatísticas interessantes para Cagliari x AC Milan são:

  • A última vitória em casa do Cagliari contra o AC Milan foi em 2017.
  • O Cagliari não conseguiu marcar em 4 dos seus 6 jogos em casa pela Série A, nesta temporada.
  • No último confronto, o AC Milan venceu por 4 gols.
  • O Cagliari perdeu 3 jogos consecutivos.

Palpite e Prognóstico para Cagliari x AC Milan – Vitória do AC Milan

Os dois times chegam nesta rodada pela Série A e vamos ver se o AC Milan vai encostar no G6. 

O AC Milan está jogando fora de casa e tem o favoritismo das casas de apostas, além de ter uma campanha mais consistente.

Com isso, o AC Milan é a nossa indicação de aposta para vencer o jogo contra o Cagliari na Itália.

Cagliari x AC Milan Palpites

Aposta

PalpiteMelhor Odd

Resultado Final

AC Milan vence

1.62 na Betano

Sugestões de Mercados para Cagliari x AC Milan

Segue abaixo, algumas sugestões de Mercado para Cagliari x AC Milan que podem te auxiliar.

  1. Escanteios exatamente 10 – pagando 8.00 na bet365
  2. Total de gols mais de 2,5 – pagando 1.70 na Betano
  3. Ambos marcam – sim – pagando 1.75 na betway 

Onde Assistir Cagliari x AC Milan

A partida entre Inter de Cagliari x AC Milan vai passar em:

  • TV: Sem transmissão: Sem transmissão;
  • Streaming Ao Vivo: Disney+ Premium.

Ficha Técnica do Confronto entre Cagliari x AC Milan

  • Partida: Cagliari x AC Milan – Série A 2024/25
  • Data: 09/11/2024
  • Horário: 14:00 (Horário de Brasília)
  • Local: Estádio Unipol Domus, em Cagliari, na Itália
  • Transmissão: Disney+ Premium
  • Árbitro: Michael Fabbri

O confronto aqui é para decidir a 12ª rodada da Série A, onde o mandante é o favorito para vencer a partida.

Vale a pena conhecer o campeonato italiano e os melhores palpites da Série A e acompanhe nossas dicas de apostas!

Jogue com responsabilidade! Apostas são proibidas para menores de 18 anos!



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Cada jogo de futebol tem a sua história – 09/11/2024 – Tostão

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Cada jogo de futebol tem a sua história - 09/11/2024 - Tostão

Na coluna anterior, escrevi que no futebol moderno é necessário, ao mesmo tempo, correr e pensar. Evidentemente, é preciso saber o momento de correr para a frente, de pressionar, de chegar ao gol, e o de correr para trás, recuar e fechar os espaços na defesa. Assim é na vida. Tudo tem o seu tempo certo, de agir e de refletir, transpirar e inspirar, acelerar e cadenciar.

O Botafogo, dos times brasileiros, é o melhor, o mais compacto, intenso, que sabe o momento de pressionar e de atacar e defender em bloco. Assemelha-se às melhores equipes europeias.

É o time brasileiro que, recentemente, fez as melhores contratações na relação custo-benefício. Será que John Textor, dono da SAF, entende muito de futebol ou possui uma excelente equipe de olheiros?

O Botafogo é elogiado por atuar com quatro atacantes: Igor Jesus, Luiz Henrique, Almada e Savarino. Não são quatro atacantes na prancheta. São quatro que estão sempre perto do gol. Quem ataca é atacante. O time que atua com quatro no ataque, distantes dos dois do meio-campo, que estão longe dos quatro defensores, como vários times brasileiros e até a seleção, tendem a ser ineficientes.

Se não quiser ser eliminado nas quartas de final da Copa de 2026, Dorival Júnior terá de organizar o time taticamente para enfrentar fortes seleções. Ganhar do Chile e do Peru é fácil.

Não há mais sentido em analisar a estratégia de um time pelo desenho tático na prancheta, pois os jogadores não param de correr, ocupando várias posições e funções em campo.

Na vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, o time carioca avançava em bloco na maior parte do tempo para pressionar e recuperar a bola, enquanto o Cruzeiro priorizava o recuo para tentar fechar os espaços na defesa. O Cruzeiro não parece um time dirigido por Fernando Diniz, pois não tenta nem sair da defesa para o ataque trocando passes.

Filipe Luís, que inicia a carreira de treinador, já demonstra, como disse o brilhante comentarista Carlos Eduardo Mansur, do SporTV, capacidade de mudar as estratégias durante as partidas de acordo com o momento e o adversário, uma grande dificuldade da maioria dos treinadores, acostumados a repetir o que foi planejado e ensaiado.

Ele segue o modelo de Artur Jorge, técnico do Botafogo, que dirige o segundo time da sua carreira, já que tinha sido técnico apenas do Braga, de Portugal, por duas temporadas. Os jovens, estudiosos, perfeccionistas, são a esperança no futebol e em qualquer atividade, apesar da epidemia de idiotices que assola o mundo.

Neste domingo (10), Atlético-MG e Flamengo decidem o título da Copa do Brasil. Será que Filipe Luís, por ter a vantagem de dois gols, vai manter a maneira de jogar, pressionando em bloco para recuperar a bola, ou vai recuar a marcação, atrair o Galo para contra-atacar? Será que o Atlético-MG, em casa, vai tentar sufocar o Flamengo desde o início, como quer o torcedor, mesmo correndo o risco de deixar muitos espaços na defesa?

Podemos prever e entender as estratégias dos treinadores, conhecer as características técnicas e físicas dos jogadores, mas não podemos antever os detalhes, as emoções e as decisões circunstanciais dos atletas. Cada jogo tem a sua história.


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Júri absolve PM acusado de autor do disparo contra a menina Ágatha

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Júri absolve PM acusado de autor do disparo contra a menina Ágatha

Léo Rodrigues – Repórter da Agência Brasil

Após mais de 12 horas de julgamento, o Tribunal de Júri absolveu o policial militar Rodrigo José de Matos Soares, apontado como autor do disparo de fuzil que matou a menina Ágatha Vitória Sales Félix, aos 8 anos de idade. O caso ocorreu em setembro de 2019, na Comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que já apresentou recurso para recorrer da decisão.

A criança foi atingida nas costas quando estava dentro uma Kombi, retornando de um passeio com a mãe. Na decisão, o júri apontou que o policial mentiu em suas primeiras versões e que foi o autor do disparo, mas considerou que não houve “intenção de matar”.

Pelas redes sociais, o advogado Rodrigo Mondego, responsável pela defesa da família de Ágatha, criticou a sentença.

“O júri confirmou que o policial réu mentiu e realmente foi o autor do tiro que acertou a menina. Mesmo assim absolveu ele. Estou com um sentimento de tristeza e nojo dessa sociedade que aceita mansamente a morte de crianças”, escreveu.

O julgamento teve início na tarde desta sexta-feira (8) e avançou pela madrugada. Diversas testemunhas foram ouvidas. O primeiro depoimento foi de Vanessa Sales, mãe de Agatha, que relatou os últimos momentos com sua filha.

O Tribunal de Júri foi composto por cinco homens e duas mulheres, que foram selecionados mediante sorteio e que ficaram incomunicáveis durante toda o julgamento.

Rodrigo José respondia ao processo em liberdade. Ele havia sido denunciado pelo MPRJ pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. A denúncia foi aceita em dezembro de 2019.

O policial alegou, em sua defesa, que ele e um colega dispararam em reação aos tiros de um dupla que passava de moto. A investigação da Polícia Civil descartou essa versão. Perícia feita no local concluiu que não houve confronto e nem havia outras pessoas armadas no momento do ocorrido.

Conforme a investigação, homens que transportavam uma esquadria de alumínio teriam sido confundidos com bandidos e se tornaram alvo dos tiros de Rodrigo e de outro policial militar. Uma das balas ricocheteou num poste e entrou pela traseira da Kombi.

Absolvições


Rio de Janeiro (RJ), 11/07/2024 – Familiares e amigos de João Pedro, de 14 anos, morto durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em 2020, realizam manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 11/07/2024 – Familiares e amigos de João Pedro, de 14 anos, morto durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em 2020, realizam manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Familiares e amigos de João Pedro, de 14 anos, protestam em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro – Tomaz Silva/Agência Brasil

Os resultados dos julgamentos envolvendo letalidade policial no Rio de Janeiro tem sido alvo de contestações de parentes das vítimas. Em julho desse ano, quando foram absolvidos sumariamente três policiais denunciados pela morte do adolescente João Pedro, familiares organizaram um protesto em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

O menino tinha 14 anos quando levou um tiro nas costas dentro da casa de um tio, durante ação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil do Rio de Janeiro realizada em maio de 2020 na Comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ). Os três policiais eram réus por homicídio e por fraude processual, mas a juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine considerou que os agentes agiram em legítima defesa.

Com as recorrentes absolvições no estado, familiares das vítimas, representados pela Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência de Estado (Raave), chegaram a apresentar ao Ministério Público Federal (MPF) demandas pela federalização dos casos.

Após analisar a questão, o procurador Eduardo Benones assinou uma representação em julho desse ano manifestando-se favoravelmente à transferência de quatro processos para a esfera federal. Ele listou indícios de violações de direitos humanos que teriam ocorrido na tramitação na Justiça estadual.

Seu posicionamento foi encaminhado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, a quem cabe decidir se leva ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o pedido pela federalização dos casos.

 



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