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Acre registra ano livre de transmissão vertical de HIV entre mãe e bebê

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Cássia Veras

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), tem avançado na luta contra a transmissão vertical do HIV, que é a passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. Este ano, o estado não registrou nenhum caso desse tipo de transmissão. A conquista reflete o sucesso de estratégias implementadas pela gestão em combater a infecção por HIV, especialmente entre gestantes.

Este ano, o Acre não apresentou nenhum caso de transmissão de HIV entre mãe e bebê. Foto: Marcos Vicentti/Secom

O Comitê de Investigação e Eliminação da Transmissão Vertical da Sesacre, reativado recentemente, tem desempenhado um papel crucial ao monitorar e investigar os casos potenciais de transmissão, não apenas de HIV, mas também de sífilis e hepatites virais.

Nos últimos 10 anos, o Acre manteve uma média baixa de transmissão vertical do HIV, com exceção de 2018, quando foram registrados três casos. Nos anos seguintes, essa média foi de dois casos por ano, caindo para um caso por ano a partir de 2021. Em 2024, a redução foi ainda mais acentuada, com nenhum caso registrado até o momento.

Paralelamente, houve uma queda notável no número de gestantes diagnosticadas com HIV. Em 2022, 17 casos foram registrados, enquanto em 2024 esse número caiu para apenas seis. Essa redução é atribuída aos esforços da Atenção Primária à Saúde, que tem atuado de forma proativa no pré-natal, promovendo a captação precoce de gestantes e investindo na prevenção.

Secretário de Saúde, Pedro Pascoal. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

O secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, destacou a importância desses resultados: “A diminuição dos casos de transmissão vertical do HIV e o fato de não termos nenhum caso registrado em 2024 são conquistas expressivas. Isso evidencia o impacto das ações coordenadas pela Sesacre e o comprometimento com a saúde da população. A continuidade desse trabalho e o fortalecimento das ações de prevenção e cuidado são fundamentais para manter esses índices em queda e proteger as novas gerações”, declarou.

Ações nas regionais

A Sesacre, por meio do Núcleo Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) tem realizado uma série de ações em diversos municípios do Acre, com o objetivo de intensificar a prevenção e a conscientização sobre o HIV e outras ISTs.

Essas iniciativas incluem testagem da população, distribuição de panfletos informativos e campanhas de conscientização. Jozadaque Beserra, coordenador do Núcleo, resumiu essas atividades: “Estamos realizando um trabalho abrangente de testagem e prevenção em várias regiões do estado. Nosso foco é alcançar o maior número de pessoas possível para promover a conscientização e reduzir os índices de infecções, garantindo que a população esteja informada e protegida”

Ação de panfletagem realizada pelo Núcleo de IST´s da Sesacre. Foto: Luan Martins/Sesacre

Beserra destacou ainda que essas ações, alinhadas com políticas de saúde pública focadas em prevenção e atendimento integral, mostram que a abordagem adotada pelo estado tem resultado em avanços significativos. “Com a continuidade dessas estratégias, espera-se que a transmissão vertical do HIV continue sendo controlada e, eventualmente, eliminada no estado”, pontuou.

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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